Reserva Caiçara recebe projeto de pesquisa para preservação de jacarés

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O Rio de Janeiro possui farta fauna e flora, e existem diversas iniciativas para preservar a natureza, que nem sempre tomamos conhecimento. Uma delas é o trabalho de pesquisa com o Jacaré de papo amarelo (Caiman latirostris), que se encontra sediado na Reserva Caiçara, local de atividades de lazer entre a praia da Reserva e a Lagoa de Marapendi.

Em um espaço instalado entre o mar e a lagoa, interessados podem participar de um roteiro que consiste em um tour pela Lagoa de Marapendi, proporcionando a oportunidade de conhecer este cantinho ainda pouco visitado, em comparação aos destinos turísticos mais tradicionais, como também, permite a contribuição com o trabalho de pesquisa científica que já acontece há mais de 20 anos no complexo lagunar de Jacarepaguá.

As atividades, estudos e monitoramento da população de jacarés é coordenada e dirigida pelo mestre em Ciências Biológicas (comportamento de crocodilianos) e doutor em Ecologia e Evolução, biólogo, Ricardo Freitas. Como presidente e coordenador do Instituto Jacaré Ltda e da EcoCaiman ong, o profissional desenvolve um importante trabalho na região como um dos únicos pesquisadores especializados com a espécie no estado do Rio de Janeiro. E durante todo o estudo, o projeto com jacarés sempre foi licenciado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio/ Ibama).

Sempre aos sábados ocorre o passeio, que, cumprindo todos os protocolos de segurança no combate ao Covid-19 busca pensar na proteção de todos envolvidos. Durante o passeio é possível se sentir parte do projeto de conservação, vivenciando momentos do trabalho de pesquisa, como a soltura dos animais na lagoa, de forma que vivenciem a experiência de se sentir em um mini safari, contemplando a natureza, e aprendendo ainda mais sobre os ambientes naturais e sua biodiversidade, tudo isso, dentro da cidade carioca.

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Ricardo comenta que infelizmente as pessoas não têm muito conhecimento sobre os jacarés, muito menos sobre a triste realidade que esses animais vêm enfrentando no Complexo Lagunar de Jacarepaguá. Para ele, é preciso que a população entenda a necessidade da interação entre o animal e a espécie humana. “O projeto é de suma importância para contribuir com as pesquisas, a conservação da espécie e ainda para desmistificar algumas questões como a crença de que o jacaré local é um predador do ser humano, quando na verdade, nós é quem somos um predador da biodiversidade. Precisamos aprender mais sobre eles, para cuidarmos da nossa natureza”, conta o especialista.

O gestor do espaço, parceiro do projeto Alexandre Carneiro, comenta que se entristece com pessoas sem conhecimento que pensam que os animais estão sendo explorados de forma indevida, e avalia que é preciso que as pessoas tenham conhecimento das formas de conservar e preservar a fauna e a flora, para que possam contribuir com iniciativas como esta. “Este importante trabalho firma nosso compromisso como morador da região, em ajudar na preservação da natureza. Que mais pessoas possam ter o desejo de se envolver com causas ambientais”, conta.

Existem várias formas de ajudar, e uma delas é se engajar com atividades em apoio ao Instituto Jacaré Ltda e a EcoCaiman ONG. No passeio, o valor cobrado é de R$ 40, por pessoa, e o valor arrecadado destina parte para o biomonitoramento e conservação da espécie na cidade do Rio de Janeiro.

Mais informações: Instagram @institutojacare / @ecocaimam

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