Dois cursos d’água foram afetados pelo vazamento de resíduos armazenados em uma barragem pertencente ao grupo Gerdau, em Ouro Preto, na região central de Minas Gerais. Segundo a empresa, o acidente ocorreu na manhã de 28 de agosto.
Técnicos da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) verificaram que o material poluente, composto por água e rejeitos de minério de ferro, verteu da Barragem de Alemães e atingiu o córrego dos Alemães e o Ribeirão Mango, na altura do distrito de Miguel Burnier, segundo a Agência Brasil.
Até a manhã desta quarta-feira, nem o volume de material que vazou, nem uma estimativa sobre a quantidade de resíduos que pode ter chegado aos cursos d’água tinham sido divulgados. Especialistas estão avaliando se parte do sedimento mineral se acumulou no fundo e nas margens do córrego ou do ribeirão.
A Gerdau informou que a dispersão do “pequeno volume de rejeitos”, que passou pelo extravasor operacional da Barragem dos Alemães, foi rapidamente contida graças ao uso de boias. Ainda segundo a empresa, o vazamento não tem qualquer relação com a estrutura ou segurança do empreendimento.
De acordo com a Feam, a Barragem de Alemães é uma das estruturas existentes em Minas Gerais que devem ser descaracterizadas por não mais se enquadrar nos novos critérios de funcionamento.
Em nota, a Feam informou que está apurando a dimensão do prejuízo ambiental, e que irá autuar a Gerdau. Segundo a fundação, a empresa, assim que identificou o vazamento, adotou medidas que o interromperam na tarde do dia 28. A barragem tinha sido vistoriada dois dias antes do vazamento, garante a Feam.
O Senado aprovou substitutivo da Câmara ao PL 550/2019, com medidas para reforçar segurança de barragens na exploração mineral. O texto amplia regras de fiscalização e exige Plano de Ação Ambiental. O projeto vai a sanção presidencial.