Quantos dos empresários tupiniquins que costuma mobilizar a retórica de empresa socialmente responsável prescreveriam o artigo do mega investidor estadunidense Warren Buffett, conclamando os congressistas dos Estados Unidos de pararem de “mimar os super-ricos”? Traduzindo em termos práticos, Buffett defende que os muito ricos paguem mais impostos, enquanto a classe média e os pobres teriam sua carga tributária aliviada.
Leitura mais barata
Ano passado, o brasileiro comprou mais livros do que em 2009. Com isso, o faturamento do setor industrial cresceu 8,12%, para R$ 4,5 bilhões, puxado pelo avanço de 13,12% no número de exemplares vendidos. Os dados fazem parte da pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe/USP), por encomenda do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) e da Câmara Brasileira do Livro (CBL). O maior número de leitores, porém, não deve ser buscado num suposto aumento do amor dos brasileiros pelo livro, mas à queda do preço médio por unidade, de 4,42% entre 2009 e 2010: “É gratificante observar que o preço do livro no Brasil vem mantendo tendência de queda. Isso estimula o crescimento do número de leitores e desenha um futuro com mais educação, cultura e efetivo desenvolvimento”, celebra a presidente da CBL, Karine Pansa.
Leitura oficial
Embora comemore os números do passado, a CBL ressalva que eles estão longe de serem motivo de euforia. Isso porque, quando se desconta a inflação medida pelo IPCA Livro, de 5,35%, o crescimento real do faturamento do setor foi apenas 2,63% superior ao de 2009. Além disso, acrescenta a entidade, desconsideradas as compras feitas pelo governo e por entidades sociais, o crescimento cai para 2,99%, abaixo da variação da inflação do setor.
Mercado maior
A pesquisa constatou ainda que o total de exemplares vendidos cresceu de 387.149.234, em 2009, para 437.945.286, em 2010. Ano passado, foram publicados 54.754 títulos, mais 24,97% sobre a 2009, sendo 18.712 títulos novos. Os números apontam para um aumento da diversidade da oferta. O estudo detectou também que o mercado do setor editorial, em 2009, era maior do que o detectado na edição anterior, R$ 4,2 bilhões e não R$ 3,3 bilhões como aferido anteriormente.
Questão de aparência
Setenta percento das empresas de comércio eletrônico investem contra a ação de hackers para “proteger a marca”, mostra pesquisa realizada pela Trustwave em parceria com uma empresa do grupo Visa. A preocupação com o os dados do consumidor parece, portanto, ser secundária. E deve diminuir ainda mais. Com a desculpa de remover os dados da rede interna para maior proteção, as empresas que vendem pela Internet planejam aumentar a terceirização do armanezamento dos dados. Com isso, reduzem custos, mas não necessariamente aumentam a segurança do comprador.
O relatório está no link www.cybersource.com/2011PSReport/.
Fome
As vendas nos hipermercados e nos supermercados de produtos alimentícios, bebidas e fumo cresceram 2,7% em junho, em relação a igual mês do ano passado, segundo dados do IBGE. Apostando na manutenção desse crescimento, a empresa carioca Ki Doguinho mira num aumento das vendas de fim de ano, tendo como alvos eventos caseiros e corporativos: “Esperamos criar uma média de 30% a 50% empregos a mais”, prevê Ingrid Santiago, gerente de marketing da empresa.
Tempo das diligências
Uma professora, aprovada na primeira fase do concurso para o município do Rio de Janeiro, recebeu em sua casa, terça-feira, convocação para fazer prova oral e apresentação de títulos. A correspondência, postada nos Correios dia 5o, levou nada menos que 11 dias para chegar às mãos da concursanda. Detalhe: a prova aconteceu sábado, dia 13, e a candidata só não foi eliminada por falta porque a Prefeitura fez também a convocação via mensagem de celular.