A Fitch foi obrigada a revisar a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) global em 2020, de queda de 4,6% para contração de 4,4%, devido a recuperação econômica mais rápida que a prevista, pois a China voltou ao nível anterior da pandemia, e as vendas no varejo de EUA, França e Reino Unido agora ultrapassam as de fevereiro. Especificamente sobre o Brasil, a Fitch abandonou a expectativa de queda de 7% na atividade para recuo de 5,8% em 2020, destacando indicadores econômicos melhores que o esperado e a gradual reabertura da economia. Em comunicado emitido nesta terça-feira, a agência classificadora de risco ressalta que não acredita em uma “recuperação em V” da economia global, pois vislumbras choques no desemprego na Europa; empresas cortando investimentos e o distanciamento social continua a restringir diretamente os gastos do setor privado. De acordo com a Fitch, o ritmo de reabertura econômica começa a desacelerar em todo o mundo. Como o coronavírus ainda não contido, distanciamento social e restrições ainda vão arrastar mais a atividade global e terão reflexo no próximo ano, com a agência estimando crescimento de 3,2% antes projetado para aumento de 3,2%.
A Fitch revisou para cima a projeção para o PIB dos Estados Unidos em 2020, de queda de 5,6% para contração de 4,6%. Os EUA devem levar 18 meses, contando a partir do ponto mais baixo de atividade, registrado em abril, para retomar o nível do PIB do quarto trimestre de 2019, porque o setor de transporte e lazer, que corresponde a 10% do PIB americano, ainda não passou pela recuperação vista na indústria e comércio varejista no país.
A revisão da Fitch para a Zona do Euro foi alterada de uma queda de 9% para contração de 8%. Além disso, a agência reduziu sua estimativa para o tombo na atividade do Reino Unido, de -11,5% para -9%. A zona do euro deve levar 30 meses, contando a partir do ponto mais baixo de atividade, registrado em abril, para retomar o nível do PIB do quarto trimestre de 2019, segundo cálculos da agência de classificação de risco. E traça dois cenários desesperadores: o desemprego aumentará significativamente no segundo semestre na zona do euro e no Reino Unido, à medida que os subsídios ao emprego são reduzidos.
XP volta a recomendar Petrobras
A utilização das refinarias da Petrobras passou de 56% em abril para 75,5% em junho, ficando mais perto do nível de 76,3% registrado em janeiro. Além disso, o Supremo Tribunal Federal (STF) manteve a eficácia do Decreto 9.355, de abril de 2018, que estabelece regras para a cessão de direitos de exploração pela Petrobras. O texto permite que a Petrobras venda blocos de petróleo sem licitação.
A XP Investimentos voltou a fazer a cobertura da Petrobras com recomendação de compra e estabeleceu preços alvo de R$ 30 para s preferenciais e R$ 29 para as ordinárias, o que significa potencial de ganho de 28%. Segundo os analistas da instituição, o risco-retorno para as ações da empresa é positivo, pois a estatal está se tornando mais resiliente a um ambiente de preços baixos de petróleo. Isso ocorre graças à sua exposição ao pré-sal, que tem baixos custos de produção, e a iniciativas para ganhos de eficiência anunciadas pela empresa.
Além disso, a XP vê um potencial de geração de valor entre R$ 89 a R$ 115 bilhões com a execução do plano de venda de ativos que não são o foco da companhia, entre refinarias, ativos de gás natural e termelétricas. “Por fim, notamos que as ações da Petrobras negociam a um desconto em termos de múltiplos de -15% em relação aos níveis históricos e -37% em relação a pares globais.
Inflação acelerada favorece emergentes
Inflação acelerada pode ser uma aliada para os emergentes. A alta dos preços ao consumidor no mundo todo, como muitos analistas começam a prever, levaria uma proporção ainda maior dos rendimentos reais de títulos soberanos abaixo de zero. Isso aumentaria o valor do universo cada vez menor de dívidas com retorno ainda positivo, a grande maioria de países em desenvolvimento.
Estudo da Bloomberg sobre 46 mercados de títulos ao redor do mundo relevou que apenas 18 deles têm rendimentos de títulos de 10 anos mais altos do que o índice de inflação esperado no próximo ano. E 90% deles são emergentes.
Está acabando a Wall Street virtual
Quando voltaremos aos escritórios reais? Quase seis meses após o coronavírus esvaziar os escritórios em Nova York, executivos do JP Morgan Chase têm discutido como convencer funcionários a voltar para a cidade e outros lugares onde a Covid-19 desacelerou. O banco já pediu a alguns novos analistas que se dirigissem a escritórios em Nova York e Londres para se apresentarem pessoalmente após o treinamento em sala de aula online. O Goldman Sachs aconselhou novos contratados a ficarem perto de seus escritórios, caso sejam chamados. E a Blackstone incentivou profissionais de investimento a retornar.
O difícil vai ser convencer os brasileiros.
Ações da Tesla caem mais 19%
Desde o final da semana passada, as ações da Tesla Inc. não param de cair. O motivo para isso foi a não inclusão desses títulos no S&P 500, decisão que interrompeu a alta que vinha sendo registrada por tais títulos. Mas porque a Tesla foi preterida? Até agora, o motivo foi o mais tolo possível, ou seja, que enquanto a Etsy Inc, a Teradyne e a Catalent lutaram para permanecer, a fabricante de veículos elétricos nem se preocupou.
Agosto foi fraco para a Invepar
A Invepar divulgou o desempenho dos seus negócios em agosto. No segmento de rodovias, a Lamsa, operadora da Linha Amarela no Rio de Janeiro, teve queda de 18% no tráfego em relação ao mesmo mês de 2019. A CRT (Rio-Teresópolis) teve queda de 14%, enquanto a CLN, que administra a rodovia BA-099, mostrou alta de 11% no período. A concessionária ViaRio, que administra a via Transolímpica, teve recuo de 10%. No aeroporto de Guarulhos, a quantidade de passageiros caiu 69%, com queda de 61% nos pousos e decolagens. No metrô do Rio, as linhas 1 e 2 apresentaram queda de 62% nos passageiros transportados; a linha 4 recuou 65%.
Oi pode subir pouco
O avanço para a venda da Oi Móvel vai proporcionar ganhos, mas não suficientes para deixar ninguém rico. Segundo a Agora Investimentos, a ação ainda tem espaço para subir 14% em relação ao fechamento da última sexta-feira.