Rio assina parceria com Embratur para monitorar dados do turismo

Estradas e aeroportos estão preparados para movimento no Carnaval; em SP, hotéis devem movimentar R$ 105 milhões no Carnaval

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Passageiros no saguão do Aeroporto Santos-Dumont, no Rio de Janeiro
Saguão do Aeroporto Santos-Dumont, no Rio de Janeiro (Foto: Tânia Rêgo/ABr)

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, e o secretário de Desenvolvimento Urbano e Econômico, Chicão Bulhões, assinaram ontem parceria da Prefeitura do Rio com a Embratur para implementar um monitoramento de dados em estatísticas do turismo carioca. A assinatura do documento ocorreu durante o evento “Turismo que Transforma”, no Terminal 2 do Aeroporto Internacional Tom Jobim, e contou com a presença dos ministros do Turismo, Celso Sabino, e de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, e do presidente da RIOgaleão, Alexandre Monteiro, além de representantes do setor de turismo.

“A gente tem muito orgulho de sempre começar esses projetos pelo Rio e aqui pelo Galeão, que graças ao Governo Federal voltou a ter grande relevância. É muito importante para a economia esse trabalho que a Embratur pode fazer no exterior para trazer mais turistas para o Brasil. A gente precisa investir no turismo e acreditar nisso como motor de desenvolvimento da nossa economia, para a geração de emprego e atração de riquezas”, afirmou o prefeito Eduardo Paes.

A parceria é inédita e visa a construir a primeira iniciativa baseada nas orientações da ONU Turismo (antiga OMT) para o Monitoramento da Sustentabilidade do Turismo, que servirá como base futura para outras cidades turísticas no Brasil que passarão a contribuir com a Embratur na geração de inteligência.

O evento foi realizado pela Embratur para comemorar o recorde histórico de receitas do turismo internacional, que injetou R$ 34,5 bilhões na economia brasileira em 2023, e incluiu a assinatura de acordos para ampliar a malha aérea internacional da cidade.

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“O recorde anterior era de 2014, o ano da Copa do Mundo, quando recebemos muitos turistas internacionais e tivemos uma arrecadação de US$ 6,8 bilhões. Em 2023, sem Copa do Mundo, a gente bateu US$ 6,9 bi. Isso é geração de emprego e de renda, com o Galeão lotado e a porta de entrada do Brasil sendo o Rio de Janeiro. Há uma perspectiva, em 2024, de um crescimento ainda maior no turismo”, disse Freixo.

As mudanças no setor aeroportuário carioca já resultaram em aumento do número de voos no aeroporto internacional. Segundo a RIOgaleão, só no período de festas de fim de ano de 2023, houve aumento de 85% no movimento de passageiros em relação a 2022. De acordo com o estudo sobre a recuperação do Galeão, em 10 anos haverá um impacto de R$ 50,6 bilhões e vai gerar 684 mil empregos para o Estado do Rio.

De hoje a Quarta-feira de Cinzas, os aeroportos operados pela Infraero esperam receber 118 mil passageiros e as estradas de todo o país também estão com o fluxo de veículos aumentados por causa do Carnaval. Segurança e fluidez são os principais focos das iniciativas de órgãos do governo e concessionárias de transporte de passageiros.

A partir das programações apresentadas pelas companhias aéreas, nos 14 principais aeroportos operados pela Infraero, há uma estimativa de 1.134 voos para o período.

No Rio de Janeiro, o Aeroporto Santos-Dumont é o que deve receber o maior impacto no aumento do fluxo de pessoas. São esperados 101,5 mil passageiros em 906 voos programados. A orientação é que os passageiros cheguem para os voos domésticos com, pelo menos, 1h30 de antecedência do horário de embarque.

Em São Paulo, levantamento realizado pela Federação de Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares do estado (Fhoresp), em parceria com o Instituto de Desenvolvimento, Turismo, Cultura, Esporte e Meio Ambiente (IDT-CEMA), apurou que os quatro dias de Carnaval de 2024 vão movimentar quase R$ 105 milhões nos hotéis do estado de São Paulo, que devem ter taxa de ocupação de até 90%, no período. A análise engloba a capital, o litoral paulista e as cidades do interior do estado paulista.

As projeções têm como base o total de Unidades Habitacionais na Hotelaria (UHs) – que chega a 191 mil no estado. A partir deste número, aplicam-se os valores médios das diárias a serem cobrados entre sábado (amanhã, dia 10) e a terça-feira).

A estimativa do setor hoteleiro no estado segue tendência do país. De acordo com Bruno Omori, diretor de Hospitalidade e Jogos da Fhoresp, o Carnaval deste ano poderá injetar R$ 9 bilhões na Economia, o que representa aumento de 10% em relação ao ano passado:

“Tivemos um ótimo Carnaval em 2023 no setor de hotelaria. Por isso, acreditamos num crescimento contínuo, que pode chegar a 3%, neste ano. Tudo indica que isso vai acontecer diante do movimento ocorrido no segmento, nos últimos dias”, pontua.

Segundo pesquisa da Fhoresp e do IDT-CEMA, hotéis de regiões denominadas “de Interior e de Lazer” devem movimentar a maior fatia dos quase R$ 105 milhões previstos – R$ 41,6 milhões, o que corresponde a 57,3 mil unidades de hospedagem.

Só na capital, o segmento hoteleiro tem estimativa de faturar R$ 32,7 milhões na folia do momo, em razão dos desfiles das escolas de samba e, também, dos tradicionais blocos Carnavalescos.

Apesar do montante ser expressivo, o setor espera, porém, uma taxa de ocupação de 57%, de acordo com o diretor-executivo da Fhoresp, Édson Pinto:

“As atividades no Sambódromo do Anhembi são as que mais impactam, positivamente, a hotelaria na capital. Para se ter ideia, este equipamento tem capacidade para abrigar, de uma só vez, 45 mil pessoas. Ocorre que, aproximadamente 20% desse total vêm de fora da capital e se hospedam nos hotéis e em endereços similares da cidade. É uma dinâmica diária quê indiscutivelmente movimenta a economia do setor.”

Já o litoral paulista terá a maior taxa de ocupação durante o Carnaval de 2024, de acordo com o estudo. A Baixada Santista poderá alcançar 90%, já que muitos turistas devem procurar as praias como destino para os dias de folia. No entanto, trata-se de região com menor participação em valores: R$ 18 milhões do total a ser movimentado no setor hoteleiro, no período.

Com informações da Agência Brasil

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