Rio cobra ação para tirar indústria da estagnação

Reindustrialização necessita de políticas claras, revisão de incentivos, queda de juros e inovação, defende Rio Indústria

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Plataforma no campo de Papa-Terra
Plataforma no campo de Papa-Terra (foto Petrobras)

O crescimento de apenas 0,1% da produção industrial brasileira em abril, revelado pelo IBGE – na comparação com abril de 2024, houve queda de 0,3%, interrompendo 10 meses de alta – escancara um setor que segue patinando em 2025, lamenta a Rio Indústria (Associação de Indústrias do Estado do Rio de Janeiro). “A aparente estabilidade, na verdade, traduz a falta de condições estruturais para um crescimento robusto e sustentável da indústria nacional, travada por juros altos, excesso de importações e um sistema tributário que penaliza quem produz.”

Embora o IBGE só vá divulgar a produção industrial regional na próxima quarta-feira (11), o Estado do Rio de Janeiro vem registrando desempenho acima da média nacional em alguns segmentos, como o extrativista, mas isso não significa um cenário confortável. A indústria fluminense também sente os reflexos de um ambiente econômico adverso e pouco estimulante à produção.

“Não há mais espaço para nos iludirmos com variações mínimas. Estabilidade com custo alto, baixa confiança e falta de competitividade não é avanço, é um alerta. Precisamos de políticas claras de reindustrialização ou a estagnação será permanente”, afirma Sérgio Duarte, presidente da Rio Indústria.

A Associação defende medidas urgentes para aliviar a carga sobre o setor produtivo, como a revisão de incentivos que favorecem importações, uma política industrial voltada à inovação e produtividade e maior previsibilidade econômica.

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Segundo a entidade, manter a indústria viva é vital para garantir empregos, arrecadação e soberania econômica. “Ou damos condições para a indústria crescer, ou seremos um país cada vez mais dependente do que vem de fora”, alerta Duarte.

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