O Governo do Rio de Janeiro anunciou nesta quinta-feira uma série de medidas para conter despesas e enfrentar a situação de crise no estado. Entre as ações, determinadas em cinco decretos do governador em exercício Francisco Dornelles, está a suspensão dos programas sociais Renda Melhor e Renda Melhor Jovem, a fusão de secretarias, a reavaliação de gastos operacionais em pelo menos 30% e a transferência de imóveis para o fundo previdenciário do estado.
A expectativa do governo estadual é de que o corte reduza as despesas em R$ 1 bilhão a R$ 2 bilhões por ano, mas o déficit é de cerca de R$ 19 bilhões. Os cinco decretos estaduais entram em vigor em 1º de julho.
Os cortes incidem sobre a parcela do orçamento destinada a custeio e investimento, que equivale a R$ 7,3 bilhões. Os pagamentos do Renda Melhor serão feitos até setembro. Segundo o secretário da Casa Civil, Leonardo Espíndola, a suspensão é temporária e, no caso do Renda Melhor Jovem, não atinge os atuais beneficiários. O Renda Melhor funciona como complemento do Bolsa Família no Rio, e o estado planeja economizar R$ 200 milhões com a suspensão.
O número de secretarias do Estado do Rio de Janeiro foi reduzido de 25 para 20 com a reforma anunciada por Dornelles.
Além disso, o governo do estado anunciou que está em discussão um recorte de renda para que apenas usuários mais pobres mantenham o direito ao Bilhete Único Estadual.