O município do Rio de Janeiro confirmou, nesta quinta-feira, sua quinta morte por dengue neste ano. O caso foi registrado em Guaratiba, na Zona Oeste da cidade, e a vítima é um homem de 55 anos, afetado pelo tipo grave da doença, também conhecido como dengue hemorrágica.
Desde o início do ano, já foram registrados 73 mil casos prováveis da doença no município. No entanto, segundo o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, o número de casos “vêm caindo, com muita velocidade, nos últimos dias”.
“Na última semana, vemos o número de casos despencando. A gente começa a ter a certeza de que houve uma antecipação da onda. Os meses de janeiro e fevereiro foram muito quentes, com muita chuva. Normalmente, o número maior de casos acontece no mês de abril e maio, diferente do que aconteceu esse ano”, disse Soranz.
Nas últimas três semanas, houve uma redução no número de casos. Da 10ª semana epidemiológica (3 a 9 de março) para a 11ª semana (10 a 16 de março), houve queda de 37,5%.
O secretário acredita que será possível começar a desmobilização dos polos de atendimento a pacientes com dengue nos próximos dias. “Muito provavelmente em uma ou duas semanas, a gente inicia o fechamento dos polos de dengue e sai da situação de emergência”, afirmou. “E a gente possa cuidar da nova doença que está dominando o panorama epidemiológico que é a influenza.”
A cidade do Rio começa nesta quinta a vacinar os grupos prioritários contra a influenza: pessoas com mais de 60 anos, crianças de seis meses a seis anos de idade, aqueles que têm comorbidades, pessoas com deficiência, indígenas e quilombolas, além de profissionais de educação, de saúde e de forças de segurança.
Em relação à vacinação contra a dengue, o secretário disse que foram imunizadas 96 mil crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, ou seja, 27% do público-alvo (354 mil). No momento, segundo ele, só há 30 mil doses do imunizante em estoque, o que impede uma aceleração na campanha de vacinação.
Em São Paulo, no último dia 5, o governador Tarcísio de Freitas decretou estado de emergência por dengue em São Paulo. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, até segunda-feira, foram confirmados cerca de 138 mil casos da doença em São Paulo. Em decorrência disso, muitas notícias têm circulado nas redes sociais associando alguns remédios e tratamentos caseiros na prevenção e tratamento da doença.
O uso inadequado de medicamentos podem levar a complicações graves do quadro, como hemorragias e até mesmo o comprometimento dos órgãos do paciente. Na presença dos sintomas da dengue, é fundamental buscar atendimento médico imediato para receber orientações adequadas e um tratamento específico para a doença.
“A automedicação é uma prática comum, mas perigosa, especialmente quando se trata de doenças como a dengue. O uso indevido de medicamentos pode mascarar os sintomas reais da doença e dificultar o diagnóstico correto por um profissional de saúde e aumentar o risco de complicações e efeitos colaterais prejudiciais”, ressalta o infectologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Igor Maia Marinho.
A prevenção da dengue é fundamental, especialmente em regiões onde houve um aumento nos casos. Atualmente, oito estados (Espírito Santo, Acre, São Paulo, Santa Catarina, Goiás, Rio de Janeiro e Minas Gerais) e o Distrito Federal declararam estado de emergência devido à disseminação da dengue. As razões para esse aumento são diversas, incluindo mudanças climáticas durante a estação chuvosa e a circulação de diferentes sorotipos do vírus da dengue.
Em 2024, cerca de um milhão de casos de dengue foram relatados no Brasil, especialmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, de acordo com o Ministério da Saúde.
“As medidas de prevenção são: evitar água parada e qualquer recipiente que possa se transformar em criadouro de mosquitos transmissores do vírus (Aedes aegypti), uso de telas em janelas e de repelentes, além da vacinação contra a doença”, finaliza Marinho.
Com informações da Agência Brasil
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