Rio de Janeiro decreta situação de emergência

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Em virtude do coronavírus, o estado do Rio de Janeiro entrou hoje em situação de emergência. Foi publicado na edição desta terça-feira do Diário Oficial do estado o decreto nº 46.973 , que "reconhece a situação de emergência na saúde pública do estado do Rio de Janeiro em razão do contágio e adota medidas enfrentamento da propagação decorrente do novo coronavírus (Covid-19)". As medidas foram anunciadas ontem pelo governador Wilson Witzel.
O texto define medidas temporárias para prevenir o contágio. Ficam suspensos por 15 dias os eventos e atividades com a presença de público, inclusive feiras e reuniões em salões de festa; atividades em cinema e teatro; visita nas unidades prisionais e transporte de detentos para a realização de audiências; visita a pacientes internados nas redes pública e privada diagnosticados com Covid-19; e as aulas nas redes pública e privada, inclusive de nível superior, com a devida regulamentação em 48 horas pelos secretários de Educação e de Ciência e Tecnologia.
Também foram suspensos por 15 dias o curso dos prazos de processos administrativos e a circulação de linhas de ônibus interestaduais com origem em estados que estejam com o contágio comunitário do vírus confirmado ou com a situação de emergência decretada.
O decreto traz como recomendação que ocorra a restrição por 15 dias do funcionamento de bares, restaurantes, lanchonetes e congêneres a 30% da capacidade, mantendo o serviço de entrega e de retirada; os que ficam no interior de hotéis e pousadas devem atender apenas os hóspedes; academias e centros de ginástica devem ser fechados, assim como os shoppings centers.
Estão excluídos das recomendações os supermercados, farmácias e serviços de saúde que funcionam dentro dos shoppings. Os estabelecimentos de alimentação dos shoppings podem funcionar, mas devem reduzir em 30% o horário de atendimento.
Ainda como recomendação, o decreto pede que a população deixe de frequentar praias, lagoas, rios e piscinas públicas e que seja restrita a operação aeroportuária e a atracação de navios de cruzeiro com origem em estados ou países onde há confirmação de coronavírus.
O texto determina o funcionamento irrestrito dos serviços de saúde e a redução pela metade da capacidade de lotação e ônibus, barcas, trens e metrôs. O transporte coletivo deve circular, quando possível, com as janelas abertas. O decreto também proíbe por 15 dias o uso do passe livre estudantil nos transportes.
O artigo 2º do texto determina que servidores ou empregados públicos e contratados por empresas que prestam serviço para o estado do Rio de Janeiro que apresentarem os sintomas respiratórios da doença devem informar a administração pública e seguir os protocolos determinados pela Secretaria de Saúde. Este regramento deverá ser publicado em 48 horas.
O Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL-Rio) e o Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro (SindilojasRio), atendendo ao pleito do comércio lojista do Rio de Janeiro, encaminhou carta a Witzel com o pedido de suspensão do prazo de pagamento do ICMS por 120 dias, para que passado o ápice da pandemia do novo coronavírus possa o contribuinte cumprir com suas obrigações. Documento com semelhante teor, pedindo a suspensão de pagamento do I SS e do IPTU, também por 120 dias, foi enviado ao prefeito Marcelo Crivella, nesta terça-feira, 17 de março.

Na carta ao governador, as entidades do comércio requisitam que seja criada uma linha de crédito especial para que possibilite aos lojistas honrar pagamentos junto aos fornecedores e empregados, e relativos a aluguéis e condomínios, considerando a previsão apresentada pela secretaria de Estado de Saúde de que o quadro tende a agravar-se nas próximas semanas.

Nos dois documentos, o SindilojasRio e o CDL-Rio que, juntos, representam mais de 15 mil lojistas, argumentam que um dos efeitos do quadro atual será a falta de liquidez para as empresas que, mesmo com os negócios em queda, terão que honrar com o pagamento dos salários de seus empregados e dos impostos.

De acordo com Aldo Gonçalves, presidente do CDL-Rio e do SindilojasRio, embora ainda seja cedo para avaliar o impacto, "com a fuga do consumidor, as vendas podem recuar a números inimagináveis, com o consequente fechamento de lojas e ceifando grande número de empregos."

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Com informações da Agência Brasil

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