Rio tem mais de 1 milhão de pessoas buscando trabalho

Taxa de desemprego medida pelo IBGE no primeiro trimestre do ano no estado é de 11,6%

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Carteira de trabalho (Foto: ABr/arquivo)
Carteira de trabalho (Foto: ABr/arquivo)

O Estado do Rio de Janeiro tem mais de 1 milhão de pessoas buscando trabalho. É o estado com o maior percentual de pessoas procurando emprego por dois anos ou mais. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (Pnad), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa de desemprego medida pelo IBGE no primeiro trimestre do ano no Rio é de 11,6%.

Por outro lado, levantamento da Associação Brasileira do Trabalho Temporário (Asserttem) prevê a criação de cerca de 470 mil vagas temporárias para o quarto trimestre de 2023, um aumento de 5% em relação ao mesmo período do ano passado.

“Depois de um pequeno recuo nos números do terceiro trimestre, nossa esperança é que essas vagas sejam recuperadas nos meses de outubro, novembro e dezembro”, afirma o presidente da associação, Marcos de Abreu. “Acreditamos que, se o cenário for favorável, as indústrias podem acelerar suas contratações para atender a alta demanda de consumo do período, devido às datas sazonais como Dia das Crianças, Black Friday e Natal”, completa.

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Segundo ele, o mercado de trabalho brasileiro encontra-se em uma trajetória favorável, caracterizada pelo aumento da empregabilidade e de efetivações celetistas. “Vivemos uma realidade de falta de mão de obra qualificada. Assim, quando a empresa encontra este profissional, ela o efetiva. E, consequentemente, verificamos um aumento da empregabilidade ao invés da contratação de temporários”, explica.

A entidade destaca uma alta na taxa de efetivação média dos temporários, que passou de 20% para 22% neste último trimestre do ano.

De acordo com o presidente da Asserttem, neste quarto trimestre as contratações devem ser puxadas pelo setor da indústria (55%), seguido pelo de serviços (30%) e comércio (15%).

O resultado do terceiro trimestre registrou um recuo de 3,34% em relação ao mesmo período de 2022, ao gerar 608.800 vagas temporárias nos meses de julho, agosto e setembro.

“O terceiro trimestre de 2022 foi muito bom em relação a geração de vagas temporárias. Em 2023 a nossa expectativa era manter os números do ano passado, mas tivemos uma pequena retração, pois o período de férias em julho não provocou o aumento de vagas que esperávamos, o que prejudicou o resultado do trimestre”, sinaliza Abreu.

Além disso, segundo ele, é no terceiro trimestre que as indústrias costumam acelerar suas contratações pensando no final de ano.

“Mas, a realidade mostrou que o setor está trabalhando com cautela, sentindo o comportamento do mercado. O recuo do dólar, por exemplo, pode ter impactado às exportações brasileiras e, com isso, gerado cautela por parte das indústrias. Além disso, a China – maior importadora de produtos brasileiros – reduziu muito as importações, o que tem impactado o mercado como um todo”, conclui.

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