De acordo com o estudo feito pela HomeHub, plataforma de tecnologia imobiliária que atua por meio de franquias conectadas em rede, com uma operação no modelo “figital” (físico e digital), em 2021, a venda de imóveis residenciais na cidade do Rio de Janeiro apresentou crescimento de 38%, em comparação com 2020, com 44,3 mil unidades vendidas, somando aproximadamente R$ 32,5 bilhões em negócios.
Já no quarto trimestre de 2021, o crescimento nas vendas de imóveis na Zona Sul foi de +14%, em comparação ao mesmo período de 2020, totalizando 2.636 unidades vendidas, com um valor geral de vendas estimado de R$ 3,4 bilhões. Todavia, na Barra e no Recreio houve uma queda de -12%, com um total de 1.810 unidades, registrando aproximadamente R$ 2,1 bilhões.
Apesar da queda registrada na Barra e no Recreio no último trimestre, o desempenho do mercado em 2021 é motivo de comemoração no setor.
De acordo com a última pesquisa da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), o crédito imobiliário no país alcançou a marca de R$ 189,4 bilhões financiados ao considerarmos os últimos 12 meses até novembro do ano passado. Com isso, podemos notar que mesmo com a inflação em alta, com o IPCA acumulando 10,74% nos últimos 12 meses e com a consequente alta dos juros, as pessoas têm recorrido ao crédito imobiliário para comprar o seu imóvel, é o que aponta os números do setor frente aos anos anteriores.
Ao analisar a participação dos principais bairros da Zona Sul do Rio de Janeiro referente às vendas acumuladas em 2021, o crescimento registrado foi de 53% em relação ao mesmo período de 2020, somando 9.696 unidades. Se comparado com os últimos 5 anos, o melhor resultado obtido, segundo a pesquisa. Os bairros com maior participação no total de transações foram Copacabana com 25,4%, seguido por Botafogo 13,1%, Flamengo com 12,9%, Leblon 9,1%, Ipanema 8,8% e Laranjeiras 7,1%. Todos os demais bairros analisados, juntos, somaram 23,7%.
Em 2021, todos os bairros analisados no estudo tiveram crescimento expressivo nas vendas, em relação ao mesmo período do ano anterior, sendo: Urca +162%, Flamengo +134, Leme +114%, Gávea +102%, Glória +84%, Santa Teresa +82%, Catete +80%, São Conrado +70%, Lagoa +58%, Jd. Botânico +52%, Botafogo +50%, Laranjeiras +46%, Humaitá +44%, Barra +40%, Jd. Guanabara +38%, Copacabana e Ipanema +37%, Recreio +31% e Leblon +21%.
Já em São Paulo, a Pesquisa do Mercado Imobiliário, realizada pelo Departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), apresentou em novembro de 2021 resultados positivos em relação ao mesmo mês de 2020 na maioria dos indicadores. Contudo, quando são comparados com os dados do mês de outubro, os resultados foram inferiores.
Em novembro de 2021, foram comercializadas 4.909 unidades residenciais novas na cidade de São Paulo, resultado 13,3% acima do apurado no mesmo mês de 2020, quando foram vendidas 4.331 unidades, mas 11,6% abaixo do apurado em outubro (5.555 unidades).
Em termos de valores monetários, o VGV (Valor Global de Vendas) de novembro do ano passado foi de R$ 2,8 bilhões, um aumento real de 10,9% em relação a novembro de 2020 (R$ 2,5 bilhões) – valores atualizados pelo INCC-DI. Imóveis de quatro ou mais dormitórios e com valores acima de R$ 1,5 milhão foram os destaques.
Imóveis econômicos, enquadrados nos parâmetros do programa Casa Verde e Amarela, responderam por 42,1% das vendas em unidades e participaram com 15% de VGV (Valor Global de Vendas). No acumulado do ano (janeiro a novembro de 2021) foram comercializadas 57.472 unidades, um aumento de 34,9% em relação ao mesmo período de 2020 (42.618 unidades).
No mês de novembro de 2021, foram lançadas 6.297 unidades, uma redução de 8,4% frente aos resultados de outubro (6.876 unidades) e aumento de 34,0% em relação aos dados de novembro de 2020 (4.698 unidades).
Imóveis de um dormitório destacaram-se com 3.335 unidades lançadas – 53% do total lançado na cidade de São Paulo -, com valor médio de R$ 419 mil.
No penúltimo mês de 2021, foram registradas 5.172 unidades lançadas de Médio e Alto Padrão (MAP), que corresponderam a 82% do total de lançamentos no mês.
De janeiro a novembro, a cidade de São Paulo registrou o lançamento de 62.736 unidades – alta de 67,8% em relação ao volume apurado no mesmo período de 2020 (37.394 unidades).
O ano de 2022 será desafiador, de acordo com os especialistas do Secovi-SP, porque haverá eleições para presidente, governadores, senadores e deputados e, na cidade de São Paulo, revisão do Plano Diretor Estratégico (PDE), que terá de ocorrer até 31 de julho.
Com os resultados apresentados em novembro de 2021, as perspectivas de fechamento do ano ficaram praticamente inalteradas, de acordo com o Secovi-SP, com lançamentos entre 70 mil e 75 mil unidades, equivalente ao crescimento entre 17% a 25%, respectivamente, em relação a 2020. Para vendas, a previsão é que sejam comercializadas de 60 mil a 65 mil unidades, com variação de 17% a 26% frente à comercialização do ano anterior.
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