Riqueza privada deixou Estados mais pobres

Estados europeus teriam € 3,6 trilhões para investir em serviços públicos se mantida proporção da riqueza da década de 1990.

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Pacotes de notas de euros
Pacotes de notas de euros (foto CE)

Levantamento recente da ONG britânica Oxfam mostra que problemas fiscais nos Estados Nacionais têm origem em perdas tributárias que deixam governos mais pobres. “Embora a riqueza tenha explodido nas mãos de poucos, os governos europeus ficaram relativamente mais pobres, com a maior parte da nova riqueza indo para bolsos privados em vez de orçamentos públicos. Na década de 1990, os governos detinham cerca de 10% da riqueza total – agora, esse número é quase a metade, com apenas 6%.”

Com base nos dados mais recentes disponíveis, a Oxfam estima que, se os governos tivessem mantido essa parcela, os países da UE teriam € 3,6 trilhões adicionais em 2023 para investir em serviços públicos.

O bolo aumentou, mas a fatia do governo diminuiu – deixando menos para escolas e hospitais e acumulando dívidas para as gerações futuras, enquanto mais vai para as mãos dos super-ricos. A riqueza não está fluindo para baixo, está explodindo para cima.

Chiara Putaturo, vice-diretora da Oxfam UE e consultora em desigualdade e impostos

“Precisamos de uma reformulação urgente das regras tributárias na Europa para garantir que todos as cumpram e paguem sua parcela justa de impostos. A UE precisa de novos recursos para financiar seu orçamento e combater a crise climática, cumprir suas promessas de ajuda e combater a desigualdade. Para isso, a UE deve adotar um plano para tributar os super-ricos, e os países da UE não devem esperar – eles podem agir agora, aumentando os impostos sobre a renda e a riqueza dos super-ricos em casa”, conclamou Putaturo.

Reforma tributária: deixa pra depois

A pesquisa “Reforma Tributária do Consumo: Governança, Tecnologia e Perspectivas”, produzida pela empresa de consultoria KPMG, analisou o nível de maturidade das empresas do setor financeiro diante da mudança no sistema tributário brasileiro, que entra em vigor, em etapas, a partir de janeiro de 2026.

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O resultado parece comprovar que o brasileiro gosta de emoção: os dados levantados junto a 35 empresas revelam que 86% ainda não consolidaram a análise dos impactos financeiros; 51% não têm plano de ação estruturado; 72% não dispõem de orçamento formalizado para a transição; e apenas 31% classificam a reforma como prioridade máxima.

Novo logo do Instituto Preservale, do Vale do Café
Novo logo do Instituto Preservale

Vale do Café em 3 tempos

Tomou posse nesta quinta-feira a nova diretoria do Instituto Preservale, que congrega as fazendas e toda a cadeia produtiva do Vale do Café, no Estado do Rio de Janeiro. Nestor Rocha é o presidente. A reunião, conduzida por Bayard Boiteux, apresentou o plano de trabalho 2025–2027 da entidade, que tem 3 áreas de atuação: turismo, preservação e empreendedorismo.

O Preservale também apresentou o conselho de notáveis que vai assessorar a diretoria, entre os quais (obviamente por generosidade dos diretores) este escriba.

Rápidas

Oficinas de audiovisual serão realizadas de 3 a 19 de novembro em 3 escolas públicas de Niterói. Promovidas pelo Coletivo Aeroplano, apresentarão aos estudantes os fundamentos da linguagem cinematográfica *** A ABRH-SP realiza em 11 de novembro, na AmCham São Paulo, o CHRO Fórum 2025, com o tema “Batidas Humanas na Era da IA” *** O Grupo Fleury reuniu 631 voluntários para realizar a ação “Domingo Rosa” em 2025, com a doação de mais de 11,4 mil exames de análises clínicas e de imagem. Foram 1.389 pessoas atendidas em 21 unidades da empresa.

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