Em plena campanha defendida pelo ministro Paulo Guedes por uma reforma administrativa tendo como alvo os servidores, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), cobrou o envio da proposta pelo governo Jair Bolsonaro ao Congresso. Tentando minimizar o tom do governo, afirmou que o parlamento não vai perseguir os servidores públicos.
“A reforma administrativa que nós queremos não vai perseguir os servidores, cortar o salário, não é isso. Queremos olhar o serviço público nos próximos 10 anos, com melhor qualidade, com modernização, menos burocracia e que possamos atender as áreas fundamentais – saúde, educação e segurança -, que a gente possa atender melhor o cidadão”, declarou Maia, em entrevista ao Jornal da Tropical, da TV Tropical RN/Record TV.
ONU contesta vetos de Bolsonaro
A Organização das Nações Unidas (ONU) contestou os vetos do presidente Jair Bolsonaro em projeto que busca proteger comunidades indíginas e quilombolas diante da pandemia do coronavírus, segundo Jamil Chade no UOL. A entidade internacional afirma que o Brasil precisa adotar “medidas afirmativas concretas” para lidar com estes grupos vulneráveis e se diz “preocupada” diante da ingerência.
A declaração está expressa em uma carta da ONU para a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, que havia solicitado uma opinião da organização. O documento é assinado por Jan Jarab, representante regional para América do Sul do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. Bolsonaro sancionou, com vetos, a lei com medidas de proteção a povos indígenas durante a pandemia do coronavírus. Dentre os trechos vetados está o que prevê a execução de ações para garantir “a oferta emergencial de leitos hospitalares e de terapia intensiva” e que a União seja obrigada a comprar “ventiladores e máquinas de oxigenação sanguínea”.
Engajamento e respeito a Cuba
Foi criada nos Estados Unidos a Aliança pelo Engajamento e Respeito a Cuba, uma iniciativa surgida da indignação com a decisão do governo Donald Trump de endurecer as sanções contra o país caribenho em meio à pandemia de Covid-19, fato que foi explicado à agência cubana Prensa Latina por uma das fundadoras da aliança, Medea Benjamin, que sustentou já serem as punições das administrações norte-americanas a Cuba suficientemente ruins em tempos normais, “mas agora são simplesmente más e cruéis”, informa o site Cuba Hoje. Benjamin, que é cofundadora da organização feminista e pacifista Codepink, acrescentou, em declarações por e-mail, que também há indignação com o fato de o Congresso dos EUA não fazer nada para impedir isso.
Argentina dificulta importação
A Argentina tem retardado a emissão das chamadas licenças não automáticas de importação, necessárias para a entrada de um produto no país que precisa de uma autorização mais burocrática para ser tramitada. O assunto já é tratado por técnicos do governo Jair Bolsonaro como foco de tensão na relação comercial com a administração de Alberto Fernández. A informação é da Folha de São Paulo. No fim do mês de junho de 2020, o Itamaraty contabilizava 112 casos em que os argentinos superaram o limite estabelecido por regra da Organização Mundial de Comércio (OMC), que estabelece um prazo máximo de 60 dias para que a autorização seja processada, de um total de 234 pedidos que aguardavam liberação. Além do mais interlocutores no governo disseram ao jornal que em algumas ocasiões Buenos Aires demorou até 90 dias para dar uma resposta às solicitações de importadores, acrescenta a reportagem.
Acordo que elimina paz
O Secretário-Geral do Comitê Executivo da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Saeb Erekat, declarou que o acordo para normalizar as relações entre Israel e os Emirados Árabes Unidos acaba com a solução de dois Estados e elimina qualquer possibilidade da paz.
Erekat descreveu o acordo entre Israel e os Emirados Árabes Unidos como uma tentativa desesperada de salvar o plano de Trump no Oriente Médio.
Erekat também indicou que os Emirados Árabes Unidos cortaram seu relacionamento com a Palestina desde 2014, e que a decisão de anexação de Israel foi interrompida antes da declaração dos Emirados-Israelenses.