Ronaldinha

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Internada no Hospital Sírio-Libanês, onde submeteu-se a uma patelectomia – cirurgia para reabilitação da patela (rótula) do joelho esquerdo -, a governadora do Maranhão, Roseana Sarney, comparou-se a Ronaldinho: “Isso é coisa de craques. Veja o Ronaldinho.” Resta saber se a governadora, que se licenciou por 15 dias do governo do estado, também espera estar a postos para a Copa de 2002, quando o país realizará eleições para decidir o sucessor do presidente FH.

Amadores
Sem vocação para pitonisa, esta coluna espera, porém, não estar assistindo a um replay das rusgas da oposição em 90. Naquela ocasião, vaidades e objetivos eleitoreiros inviabilizaram a união para a eleição ao governo do estado depois da engenharia política que permitira o palanque único para enfrentar Collor no segundo turno. O resultado é conhecido. Com a birra do PT, que negou apoio à candidatura Brizola, este acabou nos braços dos náder e cadornas, opção pela qual pagou altíssimo desgaste político. Como corolário, o Rio amargou o Governo Marcello Alencar, sobre o qual se dispensa comentários. Agora, espera-se que a irresponsabilidade e a fragilidade da oposição não chegue ao ponto de jogar novamente o governo do estado nas mãos de um dos muitos candidatos do neoliberalismo.

Trocado
Prestes a ser incorporado pela Bovespa, a Bolsa de Bahia, Sergipe e Alagoas é mais uma prova da pouca capilaridade, para citar o ex-ministro Magri, do mercado acionário brasileiro. A bolsa nordestina tem movimento diário de R$ 10 mil, pouco mais do que salário de muitos dos turbinados yuppies do mercado financeiro.

Bom garoto
Também na política, não raro a emenda é pior do que o soneto. Diante das críticas do vice-diretor do FMI, Stanley Fischer, ao Congresso brasileiro, qualificado por ele de “populista”, o líder do governo, deputado Arnaldo Madeira (PSDB-SP), ponderou que as afirmações seriam injustas, porque o parlamento acabara de aprovar uma lei de responsabilidade fiscal mais draconiana do que a em vigor na maioria dos outros países. Então está combinado: para Madeira, o puxão de orelhas do FMI é injusto, porque o tucanato já introjetou de tal forma os interesses da banca que não precisa mais esperar o chefe mandar.

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Real
Acostumadas a investir muito em marketing e pouco em instalações, empresas do mundo virtual começam a encarar problemas reais. O site de vendas Submarino se prepara para o início de operação do novo centro de distribuição da empresa – investimento de R$ 8 milhões, com 12 mil m² de área. Antes mesmo disso, porém a empresa comemora a redução do prazo de envio de seus produtos, de 14 dias no Natal para até quatro dias. As reclamações que circulavam pela unida comunidade da Internet eram tantas que o Submarino ameaçava ir mais fundo do que imaginavam seus criadores.

Editais deficientes
Empresas interessadas em explorar o Projeto SAC – Serviço de Atendimento ao Consumidor, da Secretaria municipal de Fazenda, terão que reservar no mínimo 5% das vagas para portadores de deficiência física. A exigência atende a Lei 2.816/99, de autoria do vereador Otávio Leite, líder do PSDB na Câmara. O Diário Oficial do Município publicou, no dia 11, errata da concorrência pública, já que o primeiro edital não cumpria a lei. Editais da Fundação Parques e Jardins e do Riozoo, lançados recentemente, continuam descumprindo a legislação, denuncia Leite.

Déficit calórico
Os quase 20 mil alunos da Escola estadual República, integrante do sistema estadual Fundação de Apoio ao Ensino Técnico (Faetec), tiveram cortado o lanche que recebiam aos sábados, quando a carga horária é menor. Como o almoço e o lanche de segunda a sexta-feira foram mantidos, a medida deve ser entendida como a contribuição dos adolescentes ao ajuste fiscal acertado pelo Governo Garotinho com Malan & Cia.

Sem o doutor Pangloss
Globalização é assim mesmo. É preciso o ministro Pedro Malan e o presidente do Banco Central, Armínio Fraga, se deslocarem para a matriz e se depararem com manifestantes que protestam em inglês contra a especulação financeira para sofrerem um choque de realidade. Aqui, a mídia “chapa branca” não permite aos doutores Malan e Fraga enxergarem a realidade sem lente cor-de-rosa.

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