A Rússia planeja reduzir significativamente a exportação de petróleo e derivados para a Europa e redirecionar o volume para a Ásia, disse o vice-primeiro-ministro russo Alexander Novak nesta quinta-feira. A Rússia exportou cerca de 40 milhões de toneladas de petróleo bruto e derivados para a Ásia e cerca de 180 milhões de toneladas para a Europa em 2022, disse Novak a repórteres durante um evento de energia. “Este ano, 140 milhões de toneladas de petróleo e derivados irão para o Oriente. Cerca de 80-90 milhões de toneladas permanecerão no Ocidente”, disse ele.
Relato da empresa de consultoria e pesquisa Energy Aspects Amrita Sen e Christopher Haines publicado pela agência Bloomberg nesta semana fala que a Europa enfrenta uma dura batalha com a Ásia no mercado de petróleo bruto.
O artigo diz que as refinarias de petróleo na Europa, além de verem interrompidas as entregas da Rússia, também enfrentaram uma perda de volumes do Iraque e a decisão dos países da Opep+ de reduzir a produção em 1,6 milhão de barris.
Por sua vez, as refinarias de petróleo na Ásia, particularmente na China, estão agora aumentando a demanda por petróleo do tipo produzido pela Rússia e pelo Curdistão iraquiano – o chamado óleo de acidez média e teor médio de enxofre. Essa matéria-prima compõe a principal componente das refinarias asiáticas.
No final do ano passado, a União Europeia anunciou dois tetos de preços para produtos petrolíferos originários ou exportados da Rússia. O preço máximo vai de US$ 45 a US$ 100 por barril. A Rússia disse que não iria respeitar a decisão.
Em resposta a essas medidas, a Rússia parou de fornecer petróleo para países que estabeleceram limites de preços e reorientou o fornecimento para o mercado asiático. China e Índia representaram até 91% de tais exportações em março.
Com Agência Xinhua
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