Chefe da filial de Paris do Bank of China (BOC) Pan Nuo (2E) e o embaixador chinês na França Zhai Jun (3E) tocam o sino da listagem de títulos climáticos denominados em Renminbi em Paris, França, 28 nov, 2017. (Xinhua/Han Bing)
Beijing, 25 abr (Xinhua) — Os títulos chineses têm um valor relativamente forte para os investidores, em comparação com os outros, na escala global, informou Xinhua Finance citando Wang Chunying, porta-voz e vice-chefe da Administração Estatal de Divisas (SAFE) em 22 de abril.
Wang fez as observações em uma coletiva de imprensa sobre recebimentos trimestrais de divisas e dados de pagamento realizada em 22 de abril, dizendo que na história da abertura do mercado de títulos da China, o spread de rendimento não foi o único fator ou mesmo o fator dominante que afeta o investimento estrangeiro nos títulos chineses.
Em 2018, os spreads de rendimento entre os títulos do tesouro chinês e os títulos comparáveis do governo dos EUA também apresentaram quedas para mínimos históricos, porém os fluxos de capital relacionados ao investimento em títulos em geral resultaram em influxo líquido de capital e não sofreram choques significativos do spread reduzido, afirmou Wang.
Do ponto de vista do investimento de portfólio, a autonomia relativamente forte de macropolíticas da China e os ciclos econômicos e políticos que não são sincronizados com as principais economias desenvolvidas, como os Estados Unidos, são úteis para que os ativos denominados em Renminbi (RMB) se tornem uma importante classe principal de ativos com desempenho de mercado independente, observou Wang.
Durante 2019 e 2021, o indicador que reflete a correlação entre os índices de títulos do tesouro chinês e os índices de títulos do governo dos EUA ficou em torno de 0,2, sugerindo quase nenhuma ligação entre eles e, sob tais circunstâncias, os títulos do tesouro chinês denominados em RMB ofereceram aos investidores globais um valor preferível para seu investimento de portifólio.
Atualmente, as nações estrangeiras geralmente optam por diversificar os seus investimentos, quando a adequação das reservas e as condições de liquidez permitem a operação e gestão dos seus ativos de reserva. Wang disse que a demanda por títulos denominados em RMB pelos bancos centrais estrangeiros expandiu continuamente, e os mesmos sempre foram os principais contribuintes para acrescentar detenções de títulos denominados em RMB domésticos.
Até o final de março, o investimento dos bancos centrais estrangeiros em títulos da China representava 58% do total de detenções estrangeiras de títulos da China, segundo dados da SAFE. Além disso, o RMB entrou na cesta de DES (Direito Especial de Saque) do FMI com uma ponderação de 10,92%, enquanto a sua participação nas reservas globais de divisas ficou em 2,79% no último trimestre de 2021, indicando espaço para novos aumentos.
No futuro, a SAFE aderirá à reforma e abertura e manterá a consistência e estabilidade das políticas de gestão cambial para facilitar o investimento estrangeiro no mercado de valores mobiliários da China, segundo Wang.
A longo prazo, o mercado financeiro da China continuará a se abrir e os investidores globais necessitarão dos ativos da China. A tendência de investidores estrangeiros investirem no mercado de títulos da China no longo prazo não mudará, acrescentou Wang. Fim
Leia também:
SAFE: Fluxos de capital transfronteiriço para China recuperam em março