Indicadores recentes sugerem que a atividade econômica continuou a se expandir em um ritmo sólido. Os dados são do Fed. Desde o início do ano, as condições do mercado de trabalho têm melhorado em geral, e a taxa de desemprego aumentou, mas continua baixa. A inflação progrediu em direção ao objetivo de 2% do Fomc, mas continua um pouco elevada.
O comitê busca atingir o máximo de emprego e inflação na taxa de 2% no longo prazo. O comitê julga que os riscos para atingir suas metas de emprego e inflação estão aproximadamente equilibrados. A perspectiva econômica é incerta, e o comitê está atento aos riscos para ambos os lados de seu mandato duplo.
Em apoio às suas metas, o comitê decidiu reduzir a faixa-alvo para a taxa de fundos federais em 1/4 ponto percentual para 4, 25% a 4, 5%. Ao considerar a extensão e o momento de ajustes adicionais à faixa-alvo para a taxa de fundos federais, o comitê avaliará cuidadosamente os dados recebidos, a perspectiva em evolução e o equilíbrio de riscos. O comitê continuará reduzindo suas participações em títulos do Tesouro e títulos lastreados em dívidas de agências e hipotecas de agências. O comitê está fortemente comprometido em apoiar o emprego máximo e retornar a inflação ao seu objetivo de 2%.
Ao avaliar a postura apropriada da política monetária, o comitê continuará monitorando as implicações das informações recebidas para a perspectiva econômica. O comitê estaria preparado para ajustar a postura da política monetária conforme apropriado se surgirem riscos que possam impedir a obtenção das metas do comitê. As avaliações do comitê levarão em conta uma ampla gama de informações, incluindo leituras sobre as condições do mercado de trabalho, pressões inflacionárias e expectativas de inflação, e desenvolvimentos financeiros e internacionais.
Votando a favor da ação da política monetária estavam Jerome H. Powell, presidente; John C. Williams, vice-presidente; Thomas I. Barkin; Michael S. Barr; Raphael W. Bostic; Michelle W. Bowman; Lisa D. Cook; Mary C. Daly; Philip N. Jefferson; Adriana D. Kugler; e Christopher J. Waller. Votando contra a ação estava Beth M. Hammack, que preferiu manter a meta da taxa de fundos federais em 4,25% a 4,75%.
Segundo Sidney Lima analista da Ouro Preto Investimentos, “o corte de juros pelo Fed, dentro das expectativas, tem como objetivo estimular a atividade econômica nos EUA, reduzindo custos de crédito para empresas e consumidores. No contexto global, essa redução tende a diminuir o apelo dos títulos americanos, o que pode levar a uma migração de recursos para mercados emergentes, como o Brasil, e essa movimentação pode ajudar a aliviar a pressão sobre o dólar, que opera em níveis elevados.”
“No entanto, a valorização ou desvalorização do real depende de diversos fatores internos, como a condução das políticas fiscal e monetária, além da confiança dos investidores no ambiente econômico brasileiro. Se os capitais externos realmente forem atraídos, o impacto positivo poderá refletir no custo de importação, com possível contribuição para a moderação da inflação. Mas vale lembrar, que um ambiente fiscal sólido e atrativo será fundamental para converter esse cenário global em benefícios consistentes para a economia doméstica.”
Matéria atualizada às 16h55 para acréscimo de opinião do analista