Qual salário mínimo comprava mais Big Mac, o de 1995, ainda no início do Plano Real, ou o de 2025, 30 anos depois? Um pequenino e quase escondido post do UOL respondeu à pergunta: em 1995, um salário mínimo (R$ 100) comprava 41 Big Mac (R$ 2,42 cada). Hoje, com o piso salarial (R$ 1.518) pode comprar 63 Big Mac (R$ 23,90).
O índice Big Mac foi inventado pela revista britânica The Economist para medir se as taxas de câmbio de mercado para moedas de diferentes países estão supervalorizadas ou subvalorizadas. Ele utiliza o Big Mac vendido pelo McDonald’s, pois usa os mesmos ingredientes em todo o mundo. É uma forma divertida de destacar as diferenças no poder de compra (PPC) de cada moeda.
Em fevereiro de 2025, a Suíça liderava o índice Big Mac, que custa o equivalente a US$ 8. Em segundo lugar aparecia a Argentina (US$ 6,95), o que comprova a sobrevalorização de sua moeda e indica uma possível crise provocada pelo populismo cambial de Javier Milei. Nos EUA, o sanduíche custava US$ 5,79; no Brasil, o valor cobrado era equivalente a US$ 4,02.
No Brasil, a diferença entre o poder do salário mínimo na aquisição de um Big Mac em 30 anos mostra a valorização do piso salarial: compra-se hoje 22 Big Mac a mais, alta de cerca de 50%. Para uma (pseudo) elite que não quer empregada doméstica na Disney, aviões cheios, ou mesmo uma corriqueira barca que liga o Rio a Niterói sendo utilizada pela população menos abonada, a ideia de ver quem ganha salário mínimo frequentando o McDonald’s é quase motivo de ir a protesto em Copacabana.
A coluna adverte
Evite comer Big Mac (e outras comidas ultraprocessadas) e dê preferência a comida de verdade.
Bandidos de estimação
Um otimista poderia dizer que reunir 18 mil pessoas numa manifestação, hoje em dia, pode ser considerado uma vitória. Dito isto, é pouco mais de 3% dos 500 mil esperados por Bolsonaro no ato pela impunidade.
Empreendedores da Uber
O Brasil é o líder mundial em número de motoristas e viagens da Uber. Com 1,4 milhão de motoristas cadastrados, consolidou-se como o maior mercado da empresa norte-americana.
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Pânico na Faria Lima
Dos 7 índices de ações lançados pela Bolsa de Valores B3 em 2024, apenas um está no azul: justamente o que cobre as ações das empresas estatais.
Rápidas
As centrais sindicais realizam, nesta terça-feira, protesto contra os juros altos, a partir das 10h, em frente à sede do Banco Central, na Avenida Paulista *** A escolha de não ter filhos inspirou a jornalista e doutoranda em Psicologia pela UFRRJ Amanda Dantas a escrever o livro Sem filhos, sem culpa! O lançamento será neste sábado, 17h, no Cozy Restaurante – Cozinha Afetiva, em Itaipava, Petrópolis – RJ *** O Dia Mundial da Síndrome de Down (21), terá uma ação no Teatro Popular Oscar Niemeyer, em Niterói (RJ), que receberá a 2° Edição do Festival Din Down Down 2025: A Desinvenção da Deficiência, realizado pelo Instituto Gingas. Será no sábado, 14h *** Neste sábado, às 16h, o Espaço Cultural Sesc Flamengo (Rua Marquês de Abrantes, 99, RJ) receberá o espetáculo circense Titânia, que faz uma homenagem à força feminina. A apresentação é gratuita e com intérprete de libras, estrelada por Erika Mesquita *** Nesta quinta-feira, 14h, acontecerá o evento “Elas & Negócios”, idealizado por Edineia Dutra e Lacyone Vasquez, com o propósito de fortalecer o empreendedorismo feminino em Niterói. Inscrições pelo Sympla *** Asociación de las Américas de Supermercados (Alas) realizará assembleia nessa terça-feira, no Lagune Barra Hotel, reunindo lideranças do setor de supermercados de 16 países da América Latina, incluindo Fábio Queiroz, presidente da Asserj e 1º VP da Alas.