Os rios Tietê e Pinheiros, que cortam São Paulo, receberão um investimento de R$ 9,5 bilhões por meio de uma parceria público-privada (PPP) para lidar com a grave poluição desses cursos d’água, anunciou o governo paulista na segunda-feira.
O Governo de São Paulo abriu uma consulta pública para lançar a PPP que visa a limpeza e revitalização de rios ao longo de um período de 15 anos. O projeto busca atrair empresas privadas para executar serviços que tradicionalmente são de responsabilidade do estado.
A concessionária selecionada será responsável por diversas atividades, como a remoção de sedimentos acumulados nos leitos dos rios, a eliminação de macrófitas (plantas aquáticas que bloqueiam o fluxo de água) e a eliminação de detritos flutuantes.
Além disso, será responsável pela operação de barreiras de controle, manutenção de áreas verdes e desenvolvimento de um plano de paisagismo para melhorar a relação entre os rios e a população de São Paulo.
De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de São Paulo, a remuneração da empresa será atrelada a indicadores de desempenho.
“Esta parceria público-privada representa um marco na recuperação do Rio Tietê (…) É um modelo que alia infraestrutura moderna, sustentabilidade e eficiência empresarial para enfrentar um desafio histórico da capital paulista”, afirmou a secretária Natália Resende.
A iniciativa amplia o Programa Integra Tietê, que, com início em 2023, busca a meta de universalização do tratamento de esgoto até 2029.
A PPP abrangerá um total de 182,9 quilômetros do Rio Tietê e 27,6 quilômetros do Rio Pinheiros, incluindo a Represa Guarapiranga. As obras de limpeza e manutenção abrangerão não apenas as calhas, mas também as barreiras e margens de ambos os rios.
O Tietê, símbolo histórico de São Paulo, tornou-se um dos rios mais poluídos do país ao longo do século 20 devido à industrialização descontrolada e ao crescimento urbano.
Com informações da Agência Xinhua
















