Pesquisa realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP) com 1.031 paulistas apontou que mais de um terço (37%) dos entrevistados disse que pretende comprar alguma peça de vestuário para presentear familiares e amigos, enquanto 18% responderam que querem adquirir brinquedos e 15%, cosméticos. Esse resultado não é trivial, já que a maior parte dos participantes da pesquisa (23%) alegou que, de fato, também gostaria de ganhar roupas na ocasião, enquanto 11% esperam receber perfumes.
O estudo ainda mostra uma queda, na cidade, na intenção de compra para o Natal em 2023: 57% vão comprar presentes para a data – número que era de 60% em 2022, quando a Federação fez a mesma pergunta aos paulistanos. Filhos, mães e companheiros serão os mais presenteados. Por outro lado, agora, há uma quantidade maior de gente que pretende gastar mais do que no mesmo período do ano passado. Naquela ocasião, 32% dos ouvidos diziam estar dispostos a pôr a mão no bolso para comprar um presente. Hoje, a margem é de 37%.
Para a Fecomércio-SP, a inflação controlada e a Selic em queda, além do mercado de trabalho aquecido, contribuem para a recomposição da renda das famílias por meio dos salários. Com isso, o consumo tende a crescer. Para o empresariado, isso se verá nas receitas. O estudo mostra que o tíquete médio de compras em 2023 deverá ser de R$ 600, enquanto foi de R$ 587 no ano passado. Tudo isso mesmo considerando que, agora, metade (53%) dos paulistanos ressalte que não usará recursos do décimo terceiro salário para comprar presentes de Natal – em 2022, a taxa era de 43%.
Ainda segundo o estudo, a proximidade com o Natal faz a Black Friday, no fim de novembro, ser a ocasião para muitas pessoas anteciparem a compra do presente natalino. A pesquisa da Fecomércio-SP captou como esse fenômeno cresceu neste ano: 42% dos paulistanos usaram a data para esse objetivo. Em 2022, a margem foi de 26%. Da mesma forma, muita gente na cidade espera pelas liquidações de janeiro, quando as lojas voltam a oferecer descontos visando gerir os estoques. Na pesquisa, quase metade (45%) dos ouvidos aguarda pelos saldões, número que foi de 41%, em 2022, e de 37%, em 2021. A Fecomércio-SP ouviu 1.031 pessoas entre os dias 4 e 5 de dezembro, na cidade de São Paulo. A margem de erro do estudo é de três pontos porcentuais.
Além disso, cálculos da federação mostram que, em 2023, com mais gente empregada no setor formal, o 13º deste ano não apenas será maior como terá um impacto ainda mais significativo sobre o varejo paulista: cerca de R$ 86,1 bilhões serão injetados na economia do Estado – um montante 13,6% maior do que o do ano passado. Em números absolutos, é um incremento de R$ 10,3 bilhões.
Se a maior parte desse valor será destinada à quitação de dívidas e para lidar com despesas comuns dessa época do ano, como IPTU, IPVA e gastos escolares, muita gente vai usar o dinheiro extra para ir às compras também. Na perspectiva da Federação, a tendência é que os recursos destinados ao consumo aumentem 23% em 2023 na comparação com o mesmo período do ano passado.
“Números como esses reforçam outra perspectiva: dezembro será o melhor da história do comércio paulista em temos de faturamento. O setor deve somar receitas na ordem dos R$ 119,7 bilhões no período, o que representa uma alta de 5% em comparação ao mesmo mês do ano passado”, diz a entidade.
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