Scania pretende sair da Argentina

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A Scania, fabricante de caminhões, ônibus e veículos industriais, pretende fechar a fábrica de Tucumán, na Argentina por causa da crise econômica e da competitividade internacional. Leif Oestling, presidente da empresa, anunciou que está pessimista a curto prazo em relação à situação argentina, de vez que melhor que a desvalorização seria a flutuação do peso, o que ajudaria a companhia a melhorar a relação de custos entre Argentina e Brasil.
Segundo o executivo, se a Argentina não sair de sua profunda crise econômica e abandonar sua paridade com o dólar, então a Scania não terá recursos para permanecer no país. E que ainda seriam enfrentados anos complicados antes da mudança da conjuntura econômica. Enquanto isso, o país se auto-exclui por seu nível de preços, com dólar muito forte e taxas de juros entre 15 e 16%, que  prejudicam qualquer tipo de exportação.
Atualmente a companhia opera fábricas na Suécia, na Argentina, no Brasil, na França, na Holanda, no México e na Polônia, mas abastece a América Latina com a produção das unidades do Brasil e da Argentina, onde produz caminhões e peças que são exportadas para o mercado brasileiro. A solução encontrada é transferir a fabricação dos componentes para Europa. O grupo sueco emprega 24 mil trabalhadores, mas nos últimos meses passou a ter na Argentina apenas 900 funcionários.  Os problemas, segundo Oestling, não estão relacionados com a dimensão do quadro de pessoal da fábrica de Tucumán e sim com o baixo volume de vendas.

Ambev mantém planos de crescimento
A AmBev, ao contrário da Scania, mantém os planos para o crescimento no mercado argentino. Também, sua participação no mercado é mínima, apenas 2,6% do volume de vendas, o que não altera nenhuma de suas perspectivas. Além disso, o único produto comercializado pela empresa brasileira é a cerveja de marca Brahma: apenas 2,1 milhões de hectolitros anuais, comparados aos 80 milhões de hectolitros de cerveja e refrigerante distribuídos em todo o mercado brasileiro.
A Ambev, no entanto, garante que cresce a sua participação no mercado argentino e passou de 14,7% no final do ano passado para 18% atualmente, pois investiu no sistema de distribuição, principalmente na Grande Buenos Aires e já atinge a 80% dos pontos de venda.
Conclusão: poucos argentinos gostam da Brahma.

Tellabs registra queda de 95% nos lucros
A Tellabs Inc, fabricante de equipamentos de telecomunicações, revelou que o lucro operacional no segundo trimestre sofreu redução de 95%, de vez que a desaceleração da economia continua a afetar este mercado. O lucro caiu de US$ 163 milhões, ou US$ 0,39 por ação, para US$ 10 milhões, ou US$ 0,02 por ação. Por incrível que pareça, depois que a companhia revisou a previsão de lucros no mês passado, os analistas passaram a esperar que não seria apresentado nem lucro nem prejuízo no trimestre, segundo a Thomson Financial/First Call.
As vendas líquidas baixaram de US$ 785,5 milhões para US$ 509,4 milhões, enquanto as receitas antes dos itens extraordinários caíram 35,5%, de US$ 801 milhões para US$ 516 milhões. Incluindo despesa de reestruturação no valor de US$ 262 milhões, a Tellabs teve prejuízo de US$ 174 milhões, ou US$ 0,43 por ação, contra lucro de US$ 157,1 milhões, ou US$ 0,38 por ação no mesmo período do ano passado.
Depois de tal desempenho, a companhia não forneceu metas para o terceiro trimestre nem para o ano fiscal de 2001.

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