Secovi: vendas de imóveis novos em São Paulo aumentam 28,9% em um ano

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Em janeiro, foram lançadas 956 unidades residenciais na cidade de São Paulo, 67,4% a menos que em dezembro e 75,1% a mais que em janeiro de 2015Antônio Cruz/Agência Brasil
As vendas de imóveis novos na cidade de São Paulo chegaram a 950 unidades em janeiro, um aumento de 28,9% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Na comparação com o mês de dezembro, quando foram vendidas, 2.865 unidades houve queda de 66,8%, de acordo com os dados do Sindicato da Construção de São Paulo (Secovi-SP).
De acordo com a entidade, em valores de negócios houve redução de 5,4% em janeiro na comparação com o mesmo período do ano passado, ao passar de R$ 411,6 milhões para R$ 389,5 milhões.
– A queda do Valor Global de Venda está relacionada às dificuldades ocasionadas pela crise político-econômica, que atrapalha o ambiente de negócios e faz com que as empresas, para fazer caixa, ofereçam imóveis com condições mais atrativas e até com desconto no preço – disse o vice-presidente de Incorporação, Emilio Kallas.
Segundo os dados, foram lançadas 956 unidades residenciais na cidade de São Paulo no mês de janeiro, volume 67,4% inferior a dezembro (2.935 unidades) e 75,1% superior ao mesmo mês de 2015.
– No ano passado, o mercado imobiliário passou por um ajuste, já previsto pelo Secovi-SP, com redução de 37% dos lançamentos, o que significou 12,5 mil unidades a menos do que em 2014. Esta fase de ajustes poderá se prolongar, criando incógnitas em relação ao comportamento do mercado em 2016 – diz o Secovi-SP.
Em janeiro, predominaram as vendas de imóveis de dois dormitórios, com 563 vendas, 526 lançamentos, oferta final de 10.154 unidades. Imóveis com área entre 45 m² e 65 m², em média, lideraram os lançamentos (500 unidades) e vendas (481 unidades).
O melhor desempenho de comercialização, medido pela relação das vendas com a oferta, foi registrado para os imóveis com preços abaixo de R$ 225 mil. Das 950 unidades comercializadas, 484 (51%) tinham preço entre R$ 225 mil e R$ 500 mil. Esse tipo de imóvel também foi responsável pela maioria (60%) dos lançamentos no mês.

Crédito imobiliário acumula R$ 3,2 bilhões em fevereiro
No mês de fevereiro, os financiamentos foram fortemente afetados pelo menor número de dias úteis decorrentes do feriado de Carnaval. Com isso, o volume de empréstimos para aquisição e construção de imóveis somou R$ 3,2 bilhões, queda de 2,7% em relação a janeiro e de 50,3% sobre fevereiro do ano passado.
No primeiro bimestre de 2016, foram financiados R$ 6,5 bilhões, montante inferior ao ano passado, quando totalizou R$ 15,6 bilhões (-58,3%).
No acumulado de 12 meses (março de 2015 a fevereiro de 2016), foram destinados R$ 66,5 bilhões à aquisição e construção de imóveis com recursos das cadernetas de poupança do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), o que mostra queda de 40,3% em relação ao apurado no mesmo período do ano anterior.
Em fevereiro de 2016, 14,7 mil imóveis foram financiados nas modalidades de aquisição e construção. Esse resultado se mostra positivo em relação a janeiro, com expansão mensal de quase 9%. Entretanto, em termos anuais, houve queda de 49,2%.
No acumulado do ano, foram financiados 28,2 mil imóveis, recuo de 61,2% em relação ao mesmo período de 2015, quando 72,6 mil unidades obtiveram financiamento.
Tomado um período mais dilatado, o financiamento imobiliário viabilizou a aquisição e a construção de 297,1 mil imóveis em 12 meses, até fevereiro de 2016, em queda de 43,4% relativamente aos 12 meses anteriores.
Em fevereiro de 2016, os saques nas cadernetas de poupança continuaram superando os depósitos: a captação líquida foi negativa em mais de R$ 6,7 bilhões.
Sazonalmente, fevereiro registra alguma recuperação em relação a janeiro – período caracterizado por saques mais expressivos, devido à maior concentração de despesas pessoais. Mas neste ano a recuperação se limitou à redução do ritmo das saídas de recursos da poupança.
A captação líquida negativa de fevereiro pode ser explicada por diversos fatores. Primeiro, o menor número de dias úteis, afetando a captação de depósitos. Segundo, nos feriados de Carnaval as pessoas tendem a ter mais gastos, especialmente com viagens e eventos em geral. Soma-se a isso uma conjuntura econômica instável, marcada elevação no desemprego, levando várias pessoas a sacarem recursos para quitar dívidas.
Outro ponto relevante em desfavor das cadernetas – um fato que já vem acontecendo há algum tempo – é a disponibilidade de aplicações mais rentáveis, devido à manutenção da taxa básica de juros em 14,25% ao ano.
Nesse cenário, o saldo manteve a tendência de queda registrada no mês anterior, encerrando fevereiro em R$ 499,3 bilhões.

Com informações da Agência Brasil

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