SEG – Beneficiários de planos de saúde batem maior número do ano

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Em março, pela primeira vez no ano, os planos de saúde médico-hospitalares voltaram a superar a marca de 47 milhões de beneficiários em todo o país. De acordo com a Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (Iess), o saldo de mais de 233 mil vínculos no período entre março de 2019 e o mesmo mês deste ano fez com o que setor voltasse a ultrapassar o número, algo não registrado desde dezembro. O que representa um ligeiro aumento de 0,5% no acumulado do ano.
José Cechin, superintendente-executivo do Iess, comemora a marca, mas reforça, que o comportamento para o restante do ano ainda é difícil de ser estimado. "Claro que é uma marca relevante e ficamos felizes em saber que mais brasileiros têm alcançado o sonho de contar com plano de saúde. No entanto, devemos ter cautela com o futuro em função do impacto do coronavírus na economia nacional e na oferta de empregos, que influencia diretamente na posse de um plano privado", comenta. "Vale lembrar que a quarentena e as ações para minimizar o impacto da Covid-19 começaram em meados de março e os resultados serão registrados nas próximas análises", alerta.
A análise mostra que alguns indicadores econômicos já mostram que março foi um mês com os primeiros impactos econômicos da pandemia. A Pesquisa Mensal Industrial, divulgada em maio, apontou que a atividade industrial retraiu 9,1% frente a fevereiro de 2020, sendo a maior queda desde 2018.
A boa performance ocorreu em diferentes segmentos. No período de 12 meses encerrado em março deste ano, houve incremento de beneficiários em todas as faixas etárias analisadas na publicação. O aumento continua sendo puxado pela faixa de 59 anos ou mais, que registrou crescimento de 1,8%. Entretanto, as faixas de 0 a 18 anos e de 19 a 58 anos também tiveram ligeira melhora de 0,2% e 0,3%, respectivamente.
Além disso, nenhuma das regiões do país registrou queda no número de beneficiários de planos médico-hospitalares. Com exceção da Região Sul, que permaneceu estável, todas as demais tiveram avanço. O destaque fica para o Centro-Oeste, com 1,8% de aumento, o que representa um total de 57,5 mil novos vínculos. Em números absolutos, a Região Sudeste teve a melhor performance, com 141,6 mil beneficiários, crescimento de 0,5%. A Região Norte ganhou 10,2 mil novos contratos, ou 0,6%, e o Nordeste registrou um leve crescimento de 0,3%, que corresponde a 19,7 mil novos vínculos.
Segundo o Iess, o mês de março teve o melhor resultado nos últimos 12 meses, com saldo positivo de mais de 111 mil novas vidas. A boa performance se justifica pela queda no rompimento de contratos com planos de saúde no mês de março, de mais de 100 mil beneficiários em relação aos quatro meses anteriores.
"Continuaremos atentos às mudanças no cenário brasileiro buscando auxiliar na tomada de decisão. Para superar esse delicado momento, precisaremos de um empenho conjunto da sociedade e dos setores público e privado", conclui José Cechin.
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Coronavírus – O setor de seguros será muito afetado pelas consequências da pandemia do novo coronavírus neste ano de 2020, e também em 2021, mas as perspectivas são de gradual retomada, com o fortalecimento de sua credibilidade e de suas condições de atendimento à população. O desempenho resiliente das seguradoras brasileiras nada fica a dever ao de outros países, mostrando o alto padrão de eficiência que alcançaram, ao colocar rapidamente a imensa maioria de funcionários em regime de trabalho remoto, com assistência remota e tecnologia para manter o atendimento a todos os clientes. O futuro ainda guarda muitas incógnitas, mas uma coisa é certa: todos sairão mais digitais, criativos e com produtos desenvolvidos para atender a antigas e novas demandas dos consumidores na era pós-Covid-19.
Essas foram as principais mensagens transmitidas durante o webinar "Pandemia e o Mercado de Seguros no Mundo", realizado pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg). Participaram, coordenando o debate, o presidente da CNseg, Marcio Coriolano, e os CEOs de três grandes seguradoras multinacionais: Edson Franco, da Zurich Minas Brasil Seguros; José Ferrara, da Tokio Marine Seguradora e Luis Gutiérrez, da Mapfre Seguros. Os quatro executivos integram o Conselho Diretor da CNseg.
"O nosso setor segurador será duramente afetado por esta crise epidemiológica e econômica. Assim como os mercados de seguros do mundo todo. O ponto de partida aqui do nosso webinar é exatamente mostrar que os seguros não são uma 'jabuticaba' brasileira. Ao contrário, os fundamentos são os mesmos, globalmente. E todos os países estão sendo afetados da mesma maneira, defendendo os mesmos conceitos e buscando soluções semelhantes. O que varia é a estrutura e funcionamento e o grau de maturidade dos seguros em cada país."
Essa foi a síntese da abertura de Marcio Coriolano no encontro que contou com a participação remota de mais de 1.100 pessoas.
A ideia dos debatedores foi trazer aos mais de mil participantes sobre como outros países estão lidando com a situação. "Os fundamentos do setor de seguros são universais e isso é importante para que possamos observar e trocar experiências para enfrentar essa ameaça mundial absolutamente imprevista", afirmou Coriolano.
A Global Federation of Insurance Associations (GFIA), uma organização mundial que reúne as seguradoras, foi citada pelo presidente da CNseg pela publicação de uma declaração na qual afirma que a indústria de seguros global a principal força estabilizadora que o mundo tem hoje, ao repor financeiramente perdas seguradas. O órgão multinacional também reforçou que em face à pandemia, todos os seguradores implementaram planos de continuidade de negócios, que incluem cuidar dos funcionários, colocando todos em teletrabalho; garantir atendimento aos clientes e flexibilizar indenizações nos seguros de vida, mesmo com exclusão de pandemias; até disponibilizar um elevado volume financeiro para doações dedicadas a ajudar a conter a Covid-19.
Marcio Coriolano também comentou que a GFIA admite flexibilização de coberturas, mas sem abrir mão do fundamento universal das exclusões de pandemias, sem o que as representadas poderiam simplesmente falir. Aproveitou para citar o posicionamento da Association of British Insurance (ABI), a CNseg britânica, que reforça a urgência de defesa da solvência dos mercados. "A ABI esclarece que nenhum país é capaz de oferecer cobertura total para todo mundo e que o envolvimento dos governos neste momento tem de ser ativo, como temos observado aqui com o executivo federal garantindo liquidez para os mercados, renda para os pobres e empréstimos para a recuperação de empresas. Com o nosso setor não pode ser diferente", esclareceu.
A primeira lição que fica, segundo Edson Franco, da Zurich, é que não é hora de negacionismo ou minimização do problema. "O momento é de uma crise sem precedentes. As consequências econômicas, com recessão e desemprego recorde, afetam a todos. E todos sabemos que é uma crise que não estará contida dentro de 2020. Vai se arrastar para 2021. Na comparação com outros países percebemos que não somos tão diferentes assim. A resposta demanda ações de governos, empresas e individuais. Nossa responsabilidade social é importante e vemos isso em todo o setor nas centenas de ações divulgadas. As empresas devem dar sim a sua contribuição e nós como indivíduos podemos contribuir de forma material, financeira e de respeito ao próximo. A história é uma ótima professora. Já o pânico, um péssimo conselheiro. "
Segundo Luis Gutiérrez, da Mapfre, nos vários mercados onde o grupo atua, seguradoras, corretores e prestadores de serviços dão uma resposta muito positiva desde o início da crise. "Ninguém estava pronto para uma situação que afeta todos os países e todos os setores econômicos. Os governos divulgam medidas financeiras para apoiar a sociedade. Na Espanha sofremos muito com tantas mortes e por isso sentimos a obrigação de flexibilizar o pagamento do seguro de vida, mesmo com a exclusão nas apólices. Todos adotam flexibilizações. O Brasil está sofrendo os mesmos efeitos e adota as mesmas ações de outros países."
José Ferrara resumiu a atuação do Grupo Tokio, que atua em 46 países do mundo. "Todos os países asiáticos estão fechados, com exceção da China que retoma as atividades desde meados de abril, mas mesmo assim preserva os grupos de riscos. Todos atuam com horário flexível para garantir o distanciamento social de dois metros entre as pessoas”. Ele contou também que a matriz da empresa anunciou dia 4 de maio um fundo mundial para ajudar todos os países onde a Tokio Marine tem presença. O volume de ajuda que o grupo local tiver possibilidade de oferecer à sociedade, a matriz colocará 50% mais. "Tenho certeza de que é um bom funding para todos os países em que opera."
Sobre a inserção do país no contexto internacional, Ferrara foi enfático: "No Brasil, a indústria securitária não deve nada para a indústria bancária. Todos nós conseguimos colocar todos os funcionários em trabalho remoto. Tudo funcionando bem. Não só as seguradoras. Os corretores também conseguem operar em teletrabalho com as ferramentas que as seguradoras colocaram à disposição deles. Uma mudança de comportamento. Se os corretores pensavam que a tecnologia iria substituí-los agora eles sabem que veio mesmo foi para ajudar todos nós a vendermos mais.
"De acordo com os estudos locais e internacionais, o seguro não vive se não houver previsibilidade. "Todos os países visam preservar as cláusulas, a despeito de soluções flexíveis que têm sido adotadas como foi no seguro de vida. Nenhum país pode sair rasgando contratos, pois isso pode afetar a solvência das empresas", voltou a afirmar Marcio Coriolano.
Todos foram unânimes em lembrar que em menos de uma semana o setor de seguros estava operando em trabalho remoto, sem qualquer prejuízo para funcionários e consumidores. Isso demostra o quão preparada a indústria de seguros está.
Essas primeiras abordagens, foram sucedidas de questões endereçadas aos convidados por Marcio Coriolano, que agrupou os temas mais frequentemente colocados pelo público para as perspectivas pós-Covid: o crescimento do mercado, o novo consumidor, os novos produtos e o papel do corretor de seguros.
José Ferrara espera uma queda entre 5% e 10% nas vendas da companhia em 2020, com retomada significativa já em 2012. "Em automóvel há uma queda natural por conta das vendas de carros novas, com recuo de 70% segundo dados da indústria automobilística. O que se vende neste ano são caminhões, tratores e equipamentos agrícolas. Mas todos sabem que o mercado de veículos leves tem tudo para se recuperar. Com certeza, o Brasil vai ser a bola da vez, e sair de 6% para 12% na penetração de seguros no PIB", afirmou.
Luis Gutiérrez afirmou ser muito difícil saber. "Vai depender do impacto do confinamento. Qual vai ser a evolução do seguro do jeito que conhecemos? Quais as oportunidades de um mercado emergente, levando-se em consideração que há um grande núcleo da população que não tem acesso. O brasileiro está mais disposto a escutar sobre seguro. Mas tem de ter uma oferta ativa. Venda consultiva, que análise as necessidades do cliente e não oferte o produto que tem pronto. É preciso questionar: o consumidor precisa disso? Escutemos os clientes para saber quais são as suas demandas. Temos de pensar que o mundo está mudando. E precisamos mudar junto para crescer”.
Edson Franco também afirmou ser muito difícil saber qual será o percentual de queda nas vendas em 2020. "Não sabemos a extensão, a duração da quarentena, ou se teremos agravamento de lockdown (confinamento). Naturalmente, hoje todos nós estamos fazendo as nossas projeções e dependendo do mix de cada seguradora o impacto será diferente. O efeito em resultado acaba sendo amortecido, mas tende a durar mais tempo. Nos cabe ser realistas no planeamento e otimistas na execução. Vamos nos planejar para diferentes cenários”.
Marcio Coriolano lembrou que no ano passado o setor avançou 12,2% em termos nominais, o que significa e 8,7% em termos reais. "A maioria dos setores econômicos não conseguiu isso", ressaltou. Em fevereiro deste ano, na análise de 12 meses, o setor cresceu 12,7%. "É certo que a partir do segundo semestre veremos uma outra tendência. Mas o setor vai ter o benefício do carregamento de contratos feitos no ano passado, o que vai nos ajudar a ter um bom desempenho no primeiro semestre. Mas o segundo semestre é a grande incógnita, pois ainda não sabemos o tamanho da queda da produção, emprego e renda, que são os combustíveis dos seguros, nem quanto tempo vai durar o distanciamento" comentou.
Marcio Coriolano encerrou o debate, que se estendeu por quase 1 hora e 15 minutos dado a importância do tema e das perguntas. Ao agradecer aos convidados e público que assistiu, emendou: "Sou um apaixonado pelo mercado de seguros. Tenho confiança de estar num setor que continua sendo construído com dedicação e competência. Tenho muito orgulho do nível de qualificação que o setor chegou nos dias de hoje. Entrou nesta crise já tendo enfrentado a recessão recente e sabendo que o 'mimimi' acabou. O consumidor está empoderado e mais consciente de sua posição privilegiada no mercado, e os corretores estão fortalecidos pela sua luta e ação dos últimos anos para enfrentar este novo cenário desafiador".
O vídeo do webinar já está disponível em: https://youtu.be/6V2Y3BDXmeU.
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DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL

Bate-papo virtual – A Associação das Mulheres do Mercado de Seguros (AMMS) promove hoje, a partir das 18 horas, um bate-papo virtual sobre o tema "Personal Branding", comandado pela especialista no assunto, Vera Lorenzo.
O evento é gratuito e aberto a todos os gêneros.
Para participar, é preciso baixar – caso já não o tenha – o app ZOOM na loja de aplicativos. A inscrição pode ser feita neste link
Durante essa webinar, Vera Lorenzo vai falar sobre capacitação profissional refletindo sobre determinados comportamentos, como traçar objetivos profissionais entre outros aspectos fundamentais que vão te ajudar a gerir o seu próprio caminho e alavancar sua carreira.
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SEGURO CIDADÃO

Maio Amarelo – O Movimento Maio Amarelo nasce com uma só proposta: chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo.
O objetivo do movimento é uma ação coordenada entre o poder público e a sociedade civil. A intenção é colocar em pauta o tema segurança viária e mobilizar toda a sociedade, envolvendo os mais diversos segmentos: órgãos de governos, empresas, entidades de classe, associações, federações e sociedade civil organizada para, fugindo das falácias cotidianas e costumeiras, efetivamente discutir o tema, engajar-se em ações e propagar o conhecimento, abordando toda a amplitude que a questão do trânsito exige, nas mais diferentes esferas.
O Sindicato dos Corretores de Seguros do Rio Grande do Sul (Sincor-RS) apoia incondicionalmente o Maio Amarelo, tendo em vista o dever de todo o corretor de seguros de proteger e orientar seus segurados quanto a segurança no trânsito.

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