SEG – Consumidor deve ficar atento a reajustes de planos em 2021

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ANS. Foto: divulgação
ANS. Foto: divulgação

Em razão da pandemia de coronavírus, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) determinou a suspensão dos reajustes dos planos de saúde, em agosto de 2020, com duração até dezembro. Em janeiro de 2021, no entanto, mesmo com a pandemia ainda em curso e a economia se recuperando, os usuários terão que começar a arcar com os reajustes que ficaram represados.
O índice máximo, autorizado pela ANS e que vale para planos individuais regulamentados (contratados a partir de 2 de janeiro de 1999 ou adaptados à Lei nº 9.656/98), é de 8,14% e deverá ser recomposto em 12 parcelas, mediante informação descritiva nos boletos de cobrança. Estão sujeitos à aplicação desse percentual cerca de oito milhões de usuários (17% do total de beneficiários). O índice é o máximo que pode ser aplicado pelas operadoras, que podem praticar percentuais mais baixos, mas nunca mais altos.
Para o advogado Leandro Nava, sócio do escritório Nava Sociedade de Advocacia e especialista em Direito do Consumidor, é preciso ficar atento ao que chegará explicitado nas cobranças a partir de janeiro de 2021. “A ANS determinou que os valores relativos à suspensão dos reajustes de setembro a dezembro de 2020 deverão ser diluídos em 12 parcelas iguais, sucessivas, de janeiro a dezembro de 2021. Um número inferior de parcelas pode ser negociado, desde que seja interesse do usuário”, alerta. Um prazo maior do que os 12 meses também poderá ser negociado, desde que acordado entre as partes. “A Agência ainda determinou que os boletos de cobrança deverão conter o valor da mensalidade, o valor da parcela relativa à recomposição e a informação de qual parcela se trata, se é a primeira, a segunda, a terceira e assim por diante”, exemplifica.
O reajuste máximo, de 8,14%, determinado pela ANS, refere-se ao período de maio de 2020 a abril de 2021 e observou a variação de despesas assistenciais entre 2018 e 2019, período anterior à pandemia. A expectativa é que para 2021 haja uma variação para baixo, já que houve redução no número de atendimentos, como cancelamento de consultas, cirurgias eletivas e exames não emergenciais. “Mas é preciso ficar atento ao que a ANS vai divulgar lá na frente, e ao comportamento das operadoras de planos de saúde. Importante lembrar que o consumidor pode e deve reportar suas insatisfações e denúncias à própria ANS, aos órgãos de defesa do consumidor e aos profissionais do Direito”, conclui.
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Maior crescimento anual de beneficiários em 2020 – O total de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares cresceu 0,5% nos 12 meses encerrados em outubro. Em 2020, esse é o maior crescimento no intervalo anual registrado pela Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), divulgada pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (Iess). Com isso, o setor atingiu 47,2 milhões de vínculos com planos de saúde, o que representou um leve crescimento em relação ao apurado em setembro, quando o segmento voltou a ultrapassar as 47 milhões de vidas.
Segundo José Cechin, superintendente-executivo do IESS, o avanço de 0,5% na comparação com outubro do ano passado significa aproximadamente 225 mil vínculos a mais. “Esse número pode ser resultado de duas tendências: de um lado, a pandemia do novo Coronavírus pode ter levado o brasileiro a notar a importância de se contar com um plano de assistência médica. De outro, a economia nacional segue tentando retomar as atividades, empregar mais pessoas e contratar planos de saúde”, comenta. “Com isso, reforça-se a tendência de crescimento, ainda em ritmo lento, registrada a partir de julho por toda a economia e, consequentemente, o segmento médico-hospitalar”, completa.
Na análise anual, a faixa etária de 59 ou mais foi a que registrou o aumento mais expressivo, com avanço de 3,0%. Na trimestral, no entanto, os brasileiros entre 19 e 58 anos foram maioria. Os cerca de 258 mil beneficiários a mais levaram a um aumento de 0,9% no período. Em outubro de 2020, 38,1 milhões (80,7%) de beneficiários médico-hospitalares possuíam um plano coletivo. Desse total, 83,6% eram do tipo coletivo empresarial e 16,4% do tipo coletivo por adesão.
“O avanço de 0,6% entre os planos coletivos resulta da criação de novas vagas de emprego. Isso, somado ao fato de que nesta modalidade, os coletivos por adesão tiveram aumento de 2,1% em 12 meses. São os planos viabilizados para grupos de pessoas de acordo com a sua categoria profissional ou área de atuação e vinculadas aos sindicatos e entidades de classe”, reforça José Cechin.
No período de 12 meses encerrado em outubro, a Região Centro-Oeste registrou o melhor desempenho dos planos de assistência médica. Os mais de 78 mil novos beneficiários levaram ao crescimento de 2,4%. Já em números absolutos, a região Sudeste teve o crescimento mais significativo com mais de 124 mil vínculos a mais, aumento de 0,4%. Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal foram as que tiveram o maior crescimento entre as 18 unidades federativas que registraram avanço no número total no período assinalado.
O total de beneficiários de planos de saúde exclusivamente odontológicos avançou 3,8% nos 12 meses encerrados em outubro de 2020, com aproximadamente 960 mil novos vínculos. Com o crescimento, o setor atingiu 26,3 milhões de vidas, o maior já registrado em toda a série histórica.
A NAB consolida os mais recentes números de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares e exclusivamente odontológicos, divididos por estados, regiões, faixas etárias, tipo de contratação e modalidade de operadoras.
O boletim completo está disponível em https://bit.ly/NAB_IESS.
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Seguro de bicicleta tem crescimento de 162% durante a pandemia
Segundo os dados divulgados pela Datafolha, cerca de 38% dos brasileiros que não possuem um veículo próprio, acreditam que a bicicleta é o meio mais seguro para se locomover durante a pandemia da Covid-19. Entre janeiro a julho, as vendas de bicicleta saltaram 30,6% no Brasil.
Como medida para evitar transportes e ambientes com aglomerações, as pessoas começaram a investir em bicicletas para lazer, exercícios e locomoção.
Devido à alta procura por bicicletas, o mercado de seguros nesse segmento teve um crescimento de 162% durante o segundo trimestre do ano.
“Normalmente o primeiro trimestre do ano para a indústria de seguros de bicicleta costuma ser aquecido devido às compras de fim de ano, mas a mudança de hábito dos brasileiros fez a procura disparar no segundo trimestre”, comenta o diretor comercial da Seguralta, Nilton Dias.
A corretora oferece essa modalidade de seguro com coberturas que contemplam roubo, furto, assistência 24horas, quebra de bicicleta, acidente e responsabilidade civil. O seguro cobre todos os modelos de bicicleta, sejam profissionais ou os modelos mais simples. O valor do seguro varia do modelo, do valor, das coberturas e das assistências que o assegurado deseja contratar.
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Seguro de obra de arte – Apesar da ausência de dados, alguns estudos apontam que o mercado de obras de arte pode ser interessante para a economia brasileira. Marchands, galeristas, colecionadores, leiloeiros e artistas movimentam o setor. Segundo dados da FGV Projetos, 80% das operações envolvendo obras de arte estão concentradas na região sudeste do país, sendo 79% das vendas realizadas em galerias e 21% em leilões. O mesmo estudo aponta que o mercado mundial de obras de arte movimenta cerca de US$ 60 bilhões ao ano. O Brasil representa 1% do todo, com cerca de R$ 600 milhões.
Mesmo com galerias fechadas por conta da pandemia, as vendas de obras de arte não pararam no país. O setor foi um dos que precisou se adaptar ao meio digital e oportunidades foram descobertas. Paralelo a esse mercado e ainda pouco explorado no Brasil, está o segmento de seguros de obras de arte. Uma das referências no setor é a Energy Broker – empresa de consultoria, corretagem e administração de seguros, parte do Energy Group – que oferece proteção para exposições, coleções, galerias e obras de arte.
De acordo com Ricardo Valencia, diretor de Commercial Lines da Energy Broker, o seguro oferece coberturas exclusivas para danos materiais e perdas motivadas por causas externas em objetos e obras de arte, como pinturas, esculturas, veículos de colecionadores, desenhos, aquarelas, gravuras, litografias, entre outras expressões artísticas. Também estão contempladas proteções contra incêndios, roubos e/ou furto qualificado, transporte nacional e internacional (prego a prego). Segundo o executivo, a Energy Broker detém cerca de R$ 75 milhões em objetos de arte segurados no Brasil e espera que esse número possa crescer até 50% em 2 anos.
O seguro de obras de arte da Energy Broker atende de maneira completa coleções corporativas e particulares, curadores, exposições públicas ou privadas, galerias, instituições culturais, museus, universidades e transportes. “A perda de objetos de arte pode representar um prejuízo considerável ao dono, principalmente quando se trata de obras antigas que não têm como ser recuperadas. De maneira geral, o valor do seguro está relacionado a quanto o colecionador pagou pela peça, sempre respeitando as alterações de mercado e as valorizações que as peças têm ao longo dos anos. As avaliações são realizadas por especialistas em obras de arte, que reconhecem e precificam os objetos levando em conta a técnica utilizada na criação da obra, seu tamanho, valor histórico e outros detalhes específicos, como a afeição do proprietário pelo bem. Então, chega-se a um consenso para a precificação”, explica o executivo.
Valencia avalia que a contratação de um seguro para proteção de obras de arte reflete profissionalismo por parte de quem mantem acervos, visto que se trata de patrimônios culturais insubstituíveis. “Há exemplos recentes de locais que sofreram com incêndios e perderam anos de história. As pessoas que gostam de arte e que entendem seu valor, sabem que não podem ser displicentes com essas obras e têm consciência de que contratar um seguro é uma forma de preservar a memória e deixar um legado cultural para as gerações futuras”, finaliza.
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DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL

Capacitação – A Swiss Re Corporate Solutions, unidade de seguros do Grupo Swiss Re, que apresenta ao mercado a Academia Digital, plataforma inovadora que visa a capacitar o corretor de seguros. Com cursos gratuitos e abertos a todos os corretores cadastrados na seguradora, o objetivo da academia é ser um facilitador no dia a dia do corretor, capacitando-o para realizar as vendas com mais qualidade e atender melhor seus clientes.
A Academia Digital oferece treinamentos completos para todos os seguros comercializados pela Swiss Re Corporate Solutions e oferece capacitação para todos os corretores cadastrados na seguradora. O primeiro curso disponibilizado foi a Certificação em Seguros Agro e já é possível observar resultados positivos nas vendas dessa linha da Swiss Re Corporate Solutions que, em conjunto com outras iniciativas da companhia, tem ajudado a expandir a base de novos corretores comercializando o produto pela primeira vez.
A plataforma de treinamentos faz parte de um processo maior de transformação de negócio da seguradora, que envolve um forte investimento em tecnologia, produtos e processos em diversas frentes. Neste ano uma nova divisão foi criada para coordenar e otimizar os esforços em plataformas de cotação, otimização de processos e competências digitais, para acelerar o crescimento no segmento de médio mercado e melhorar a experiência de corretores e clientes em todo o Brasil.
O módulo de Seguro Agro já conta com mais de 2.500 inscritos e 2 mil treinamentos concluídos com certificados emitidos. Com nota NPS de 93 dos corretores que concluíram os treinamentos, em uma escala de 0 a 100, a Academia Digital disponibilizará ainda outros módulos até o fim de 2020: Patrimonial – Compreensivo Empresarial (Empresarial Digital) e Transportes de Carga.
Os avanços na distribuição através da Bradesco Seguros, que já responde por quase 30% da operação local, combinados com as melhorias na consistência e qualidade das ofertas de seguros feitas pela Swiss Re Corporate Solutions, trazem impactos positivos para a companhia, que espera superar a marca de R$ 750 milhões em prêmios emitidos neste ano e atingir seu melhor resultado desde o início da joint venture no Brasil.
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SEGURO CIDADÃO

Libras e compromisso com a diversidade – Segundo o IBGE, mais de 10 milhões de pessoas têm algum problema relacionado à surdez no Brasil, o que representa quase 5% da população. Nesse grupo, 2,7 milhões de indivíduos não ouvem nada. Apesar dos números significativos, a acessibilidade digital em libras ainda é pouco difundida entre empresas e organizações. A fim de facilitar o acesso dessa comunidade a informações, a Tokio Marine acaba de lançar em seu site um tradutor virtual de Língua Brasileira de Sinais (Libras). A iniciativa reforça o compromisso da companhia com a diversidade.
A área de Tecnologia da Tokio Marine, em parceria com a startup brasileira Hand Talk, desenvolveu uma funcionalidade no site da Seguradora que permite, com apenas um clique, que o usuário ative uma janela de acessibilidade para o Tradutor de Libras. A ferramenta apresenta o usuário ao Hugo, um avatar digital intérprete da língua de sinais, que realiza a tradução dos textos de todas as páginas do endereço eletrônico. Para tanto, basta que o usuário faça a seleção com o mouse do conteúdo ao qual deseja ter acesso.
“Além de ser parte da nossa estratégia corporativa, é um orgulho para a equipe de TI disponibilizar soluções para a construção e manutenção de uma Companhia cada vez mais diversa e plural. Com a tradução em Libras no site, podemos contribuir para a autonomia e inclusão da comunidade surda no universo do seguro” afirma o diretor de Tecnologia da Tokio Marine, Wilson Leal.
De acordo com dados da Federação Mundial dos Surdos (WFD), chega a 80% o número de deficientes auditivos de todo o mundo que não compreendem a linguagem escrita e se comunicam apenas por meio da língua de sinais. Diante disso, o executivo ressalta a importância das iniciativas de romper barreiras de comunicação e de ampliar a oferta de serviços a uma parcela da população ativa nos meios digitais e com diversas demandas por proteção.
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ENDOSSANDO

Oscar di Bilancio – A Generali ganhou o “Oscar di Bilancio” 2020 (o prêmio acadêmico por declarações financeiras), um prêmio de prestígio apresentado pela Federação Italiana de Relações Públicas (Ferpi), na categoria empresas financeiras listadas. O prêmio “Oscar di Bilancio” é dado todo ano às organizações que se destacam pela maior divulgação de suas atividades através dos relatórios anuais, ao mesmo tempo em que demonstram boa vontade de compartilhar seus resultados com seus acionistas.
O júri premiou o Relatório Anual Integrado do Grupo Generali de 2019 baseado em sua clareza, rigorosa metodologia e transparência, assim como pela inovação e abordagem compreensiva em uma “integração não financeira em formação (declaração não financeira) no relatório anual, fazendo com que os documentos sejam de fácil leitura, com um perfeito equilíbrio entre os detalhes necessários e concisão. O Relatório Anual Integrado de 2019 destacou os pontos chaves do NFS, referindo-se aos documentos específicos ou outras seções do próprio relatório para detalhes adicionais, com uma abordagem efetiva de ‘Core and More’.”
O CFO do Grupo Generali, Cristiano Borean, comentou: “Nós estamos muito orgulhosos de termos ganhado esse prêmio, o qual confirma nosso comprometimento em relatar a criação de valor da sustentabilidade do Grupo com uma visão integrada que traz o desempenho financeiro e não financeiro juntos. Nosso Relatório Anual Integrado também é uma ferramenta essencial para demonstrar, com transparência, para todos os nossos acionistas, o progresso no plano estratégico da Generali 2021, assim com o papel como Parceiros para Toda a Vida de nossos clientes”.
Agora, na 56ª edição, o “Oscar di Bilancio” é um evento há muito tempo estabelecido e promovido pela Ferpi com a Borsa Italiana e com a Universidade Bocconi, com o objetivo de promover e disseminar uma cultura de negócio que é capaz de ligar o desempenho financeiro e a estratégia com o social e com o contexto ambiental no qual a empresa atua. Os ganhadores de várias categorias foram anunciados durante uma cerimônia de premiação que foi virtual.

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