SEG – Desempenho da economia impacta os seguros de modo diverso

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Acidente com moto (foto de Italo Ricardo, Secom Governo RO)
Acidente com moto (foto de Italo Ricardo, Secom Governo RO)

Análise de desempenho do setor segurador realizada pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) mostra que a arrecadação de prêmios totalizou R$ 242,9 bilhões no acumulado do ano até novembro, decréscimo de 0,2% comparando-se com o mesmo período de 2019. Nessa comparação, as apólices de Danos e Responsabilidades puxaram o mercado para cima, com avanço de 5,7%. O viés de baixa setorial prevaleceu em virtude da retração do segmento de Cobertura de Pessoas (-2,3%) e dos Títulos de Capitalização (-3,5%). Já na análise de 12 meses móveis fechados em novembro, a arrecadação foi de R$ 269,6 bilhões, alta de 0,8%, em relação ao último período equivalente encerrado em novembro de 2019. No mês de novembro último, a receita total foi de R$ 22,9 bilhões, evolução de 0,2% sobre o mesmo mês de 2019, e de 2,8% na margem (sobre outubro).

“Confirmando o histórico desde 2018, a crise recessiva impacta de modo diverso os diferentes ramos de seguros, eles mesmos caudatários do comportamento da produção, da renda e do emprego nos segmentos da economia demandantes de seguros, de previdência privada e de capitalização”, analisa o Presidente da CNseg, Marcio Coriolano, em editorial da edição nº 36 da Conjuntura CNseg, publicada pela confederação.

Carro-chefe do segmento de Danos e Responsabilidades, o seguro de Automóveis apresentou alta de 3,9% em novembro sobre o mesmo mês do ano passado, totalizando R$ 3 bilhões em prêmios. Contribuiu de forma significativa para a produção mensal de prêmios nesse segmento, que alcançou R$ 6,6 bilhões em novembro – salto de 11,5% sobre o mesmo mês do ano anterior. Mesmo assim, a carteira de Automóveis teve perda no acumulado do ano, de 3%, em relação à igual período de 2019. E de 2,5% na média de 12 meses encerrados em novembro, quando comparado ao período equivalente encerrado em novembro do ano passado. De janeiro a novembro de 2020, a receita do seguro Automóveis alcançou R$ 31,7 bilhões e, o segmento de Danos e Responsabilidades como um todo, R$ 71,1 bilhões.

Algumas modalidades apresentaram um comportamento extraordinário em termos de arrecadação no acumulado do ano. Entre os exemplos, Marítimos e Aeronáuticos, com alta de 45,5%; Rural, 31,1%; Responsabilidade Civil, 20,8%; Crédito e Garantia, 15,6%; Patrimonial, 10,3%; e Habitacional, 7,8%.

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No segmento de Cobertura de Pessoas, embora tenha crescido 8,9% comparativamente ao mês anterior, perdeu arrecadação equivalente a 3,8% contra o mesmo mês de novembro do ano passado, acabando então por apresentar taxa negativa de 2,3% no acumulado de janeiro a novembro.

Dada a participação de mercado, R$ 151 bilhões no acumulado do ano (mais do que o dobro da de Danos e Responsabilidades), o desempenho das apólices de Pessoas afeta o resultado geral. Se no conjunto de Planos de Risco (Vida, Prestamista, Viagem, entre outros), a taxa acumulada positiva, agora de 4,4%, os Planos de Acumulação (VGBL e PGBL) acumularam perda de 4,5% no ano.

Já o segmento de Capitalização, com arrecadação até novembro de R$ 20,9 bilhões, houve avanço nas receitas no mês, de 4,4%, mas perdas nominais líquidas de 3,8% comparado com idêntico mês de 2019 e de 3,5% no período acumulado de janeiro a novembro.

“No acumulado do ano contra o do ano anterior então a tendência também deverá ser de estabilidade e caso haja crescimento incremental de 2% de dezembro contra dezembro de 2019, o ano fechará no mesmo patamar nominal de arrecadação”, avalia Marcio Coriolano.

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Empregado sem fonte de renda e desamparado por plano será reintegrado

A Subseção II Especializada em Dissídios Individuais (SDI-2) do Tribunal Superior do Trabalho deferiu a tutela de urgência pedida por um operador de veículos para determinar a sua reintegração ao emprego e o restabelecimento do plano de saúde. Após ser dispensado, ele discute na Justiça o direito à estabilidade em decorrência de doença profissional, e o colegiado concluiu que há risco na espera pela decisão definitiva do caso, diante da precariedade de seu estado de saúde e da ausência de assistência médica.

Na reclamação trabalhista, o empregado alegou que foi dispensado quando estava em tratamento de doença ocupacional. Segundo ele, os problemas no joelho e na coluna tinham origem no esforço excessivo e nas posições antiergonômicas praticados nos 11 anos em que havia trabalhado na empresa em atividades como operação de veículos industriais e manutenção, limpeza e movimentação de bunkers (grandes recipientes para armazenagem de líquidos inflamáveis que pesam centenas de quilos).

Juntamente com a ação, ele impetrou mandado de segurança, visando à reintegração e ao restabelecimento do plano. O pedido, porém, foi indeferido pelo Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, que entendeu que o empregado não havia sequer demonstrado que estava doente na época da dispensa.

A relatora do recurso ordinário do operador, ministra Maria Helena Mallmann, explicou que, para o deferimento da tutela, é necessária a prova do risco de dano irreparável e da plausibilidade da pretensão do autor. No caso, a ministra considerou evidente o preenchimento do primeiro requisito, considerando que o empregado se encontrava em estado de doença precário, desamparado pelo plano de saúde e sem sua fonte principal de sustento. Além disso, a prova anexada na inicial indica a existência de doença possivelmente relacionada à atividade desenvolvida na empresa e causadora da inaptidão parcial para o trabalho.

Os atestados apresentados permitem concluir que, desde 2016, ele vem sofrendo de patologias relacionadas à coluna vertebral. A dispensa ocorreu quatro dias após o retorno do benefício previdenciário concedido em razão de cirurgia para tratar hérnia de disco. “A descrição das atividades, por si, já indica que o trabalho executado era manual, exigindo a utilização de força”, assinalou a relatora.

De acordo com a ministra, há, ainda, nexo técnico epidemiológico previdenciário entre a atividade de fabricação de pneus e as doenças do sistema osteomuscular enfrentadas pelo empregado. Ela lembrou que a Súmula 378, item II, do TST reconhece a estabilidade quando constatada, após a despedida, doença profissional que guarde relação de causalidade com a execução do contrato de emprego. A decisão foi unânime.

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Ocupação de UTIs ultrapassa 71% em hospitais privados de São Paulo

A taxa de ocupação de leitos em unidades intensivas de tratamento (UTIs) destinados a pacientes com Covid-19 está acima de 71% em 72% dos hospitais particulares do estado de São Paulo. O dado faz parte de um levantamento do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp). Segundo a pesquisa, em 20% dos hospitais a ocupação das vagas de UTI está acima de 90%.

O levantamento foi feito entre os dias 11 e 13 de janeiro, ouvindo 76 hospitais em todo o estado (20% do total). Os estabelecimentos pesquisados têm um total de 1.986 leitos de UTI e 4.628 leitos clínicos.

A grande maioria (86%) dos hospitais informou que nos dez primeiros dias de janeiro registraram um aumento do número de internações por covid-19. Segundo a pesquisa, 28% dos hospitais aumentaram o número de leitos clínicos destinados a pacientes com o novo coronavírus e 26% ampliaram a capacidade de UTI para atender as pessoas infectadas pela doença.

Em relação aos leitos clínicos, a ocupação estava em até 40% para 23% dos hospitais, e entre 91% e 100% em 36% dos estabelecimentos de saúde.

Estão preparados para aumentar o número de leitos para cuidar dos pacientes com coronavírus, 63% dos hospitais.

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SEGURO CIDADÃO

Cuidados para aumentar a vida útil do chuveiro

A hora do banho pode fazer parte dos pequenos prazeres da vida. É um ótimo momento para esquecer todo o estresse e preocupações do dia. No entanto, tudo isso pode ir por água abaixo se o chuveiro estiver com baixa pressão ou com gotejo. Para que isso não aconteça e seja recorrente, alguns cuidados devem ser levados em conta.

“Existem algumas atitudes que se deve ter com o chuveiro. Desde a escolha do dispositivo até limpeza periódica podem influenciar na vida útil do aparelho. Na hora da compra, verifique se o chuveiro desejado é compatível com a fiação existente e capacidade dos disjuntores. Outro ponto de atenção é verificar a pressão de água no local que será instalado”, explica André Amado, gerente da Rede de Prestadores da Allianz Assistance, empresa de assistência 24 horas.

Com o passar do tempo, eles podem ficar bloqueados com sujeiras e o fluxo de água diminuir. “O primeiro sinal do entupimento é diminuição da força e a mudança de direção do jato. Nesse caso, é necessário abrir o chuveiro e limpar com uma escova de dentes ou uma escova própria para unhas”, explica o especialista.

A mangueira também merece uma atenção especial, se tiver uma dobra ou torção, pode acabar impedindo o fluxo comum. Outra atitude simples é em relação a diversos eletrodomésticos estarem conectados no mesmo circuito elétrico. “Nesse caso, se todos estiverem operando ao mesmo tempo, pode prejudicar no desempenho do chuveiro. Além disso, evite ligar equipamentos que exigem o abastecimento de água, como a máquina de lavar-louças, isso pode reduzir o fluxo que chega ao banheiro”.

Uma dúvida comum é sobre a mudança de temperatura. “Para chuveiros convencionais, sempre feche o registro. Apenas no chuveiro eletrônico o ajuste pode ser feito em funcionamento. Ainda sobre a questão de temperatura, o ideal é não tomar banhos muito quentes. Além de ser prejudicial para pele, a água muito quente exige uma alta potência, que pode sobrecarregar e danificar a resistência”, alerta Amado.

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ENDOSSANDO

Seguros agrícolas – A adoção de tecnologias digitais está transformando as fazendas. Com a análise de imagens de satélite, uso de drones, estações meteorológicas, sensores de solo, aplicativos para celular, sistemas com inteligência artificial e muitas outras ferramentas, o agricultor consegue monitorar as operações de campo, melhorar o manejo e a gestão da propriedade rural.

De acordo com uma pesquisa da Embrapa que traçou o panorama da agricultura digital no Brasil, 84% dos agricultores brasileiros já utilizam ao menos uma tecnologia digital como ferramenta de apoio na produção agrícola. O estudo revelou que 30,2% dos produtores usam tecnologias para prever riscos climáticos e 32,7% buscam mapear e planejar o uso da terra. Também chama a atenção o potencial de expansão da agricultura digital, já que 95% dos produtores registraram na pesquisa que desejam mais informações sobre essas tecnologias.

Esse processo de modernização impacta em vários segmentos do agronegócio e o seguro rural não fica de fora desse movimento. “A Fairfax foi a primeira seguradora a ter contato direto com tecnologia para análise de subscrição. Estamos abertos para desenvolver parcerias com empresas de tecnologia agrícola, acreditamos que a colaboração entre os elos da cadeia embasa o crescimento sustentável da agricultura”, afirma Diego Caputo, gerente comercial de Agronegócios da Fairfax Brasil.

Um exemplo disso foi a parceria firmada entre a Fairfax Brasil e a plataforma inteligente Farmers Edge. Desde janeiro, a parceria visa a criar um seguro agrícola personalizado com base em dados coletados na fazenda do cliente. O trabalho conecta uma plataforma de gerenciamento de riscos com seguros premium, trazendo inovações tanto para os produtores quanto para a seguradora. “O foco é desenvolver produtos baseados nos dados do produtor. Olhar para os dados nos permite tomar decisões mais assertivas para a criação de produto. Conseguimos avaliar a lavoura inteira, saber se está suscetível a uma quebra de safra e antecipar riscos”, explica Caputo.

As possibilidades de parcerias vão muito além do interesse tecnológico. A Fairfax tem mapeado oportunidades para a evolução do seguro rural, levando em consideração necessidades de manejo e as demandas por sustentabilidade. Um retrato disso é o case de sucesso em parceria com a cooperativa paranaense Cocamar. Um projeto da cooperativa auxilia agricultores em melhorias de manejo, com destaque para a renovação de áreas de canaviais com o cultivo de soja.

O projeto de reforma de canaviais, que teve início em 2017, é pautado pela sustentabilidade e inovação, incentivando boas práticas de manejo. “Temos parcerias com as usinas para reforma das áreas de canavial renovando a área com soja. A Cocamar seleciona produtores mais ‘tecnificados’ para essa parceria e a premissa do projeto foi que a área tivesse seguro”, conta André Barberá, gerente de Seguros da Corretora Cocamar.

A iniciativa da Cocamar precisava também de um seguro inovador, por isso, foi firmada uma parceria estratégica com a Fairfax. Tradicionalmente, a área de plantio pós-cana era excluída da apólice de seguro. Com a demanda da Cocamar, a Fairfax desenvolveu um seguro agrícola desenhado especialmente para atender essa iniciativa, passando a assegurar a safra de soja focada em renovação de cana.

O projeto passou a contar com o seguro da Fairfax em 2019. No ano passado, em fase piloto, foram assegurados 5 mil hectares. A parceria deu certo e a área assegurada já deu um salto expressivo. “Para a safra de verão 2020/21, estamos com 20 mil hectares assegurados com esse produto que foi customizado. O principal ponto de destaque é a customização dos produtos conforme as necessidades dos nossos cooperados”, conta Barberá. A Fairfax Brasil também desenvolveu um seguro personalizado para assegurar as máquinas agrícolas da Cocamar disponíveis para demonstração de campo, ou seja, máquinas de revenda da cooperativa que são testadas por agricultores interessados em comprar equipamentos.

A seguradora mantém parcerias com cooperativas, instituições financeiras, agroindústria e revendas, com o objetivo de inovar no mercado de seguros. “A parceria funciona como uma conversa direta para o entendimento da necessidade do cliente. O resultado é a criação de produtos aderentes às necessidades e levar tecnologia para o produtor”, afirma Caputo. Entre os diferenciais, a Fairfax Brasil se posiciona de forma ágil e flexível, com recursos globais e decisões locais, sempre apta a atender parceiros estratégicos. “Buscamos estar mais próximos do produtor, trazendo a importância da comunicação correta sobre o produto seguro”, diz Caputo.

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