SEG – Entidade quer cobertura de avanços ao parto adequado por plano

405
Recém nascido. Foto: divulgação
Recém nascido. Foto: divulgação

A Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (Sogesp) firmou posição durante a Consulta Pública 79 promovida pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) sobre boas práticas em parto adequado no Brasil.
O processo, visando a coletar sugestões de instituições médicas, dos demais atores da saúde e da sociedade em geral para adequação da Resolução Normativa n° 440, de 2018, incluiu em seu bojo o Programa de Certificação de Boas Práticas em Atenção à Saúde na rede complementar.
Aspecto relevante da CP é a incorporação de dois anexos à resolução: o Manual de Certificação em Parto Adequado e o Glossário de Boas Práticas em Parto Adequado. Além disso, prevê avaliação de Nota Técnica referente ao impacto regulatório da Certificação de Boas Práticas em Atenção ao Parto e Nascimento.
A Sogesp, com foco na qualificação contínua da assistência pré-natal às gestantes de planos de saúde apresentou contribuições ao aprimoramento da dos serviços, além de outras para remuneração adequada aos obstetras.
Em relação ao Manual de Certificação de Boas Práticas em Parto Adequado, Sogesp recomenda a alteração do item I da seção III.3 (página 10), substituindo a obrigatoriedade de apenas um médico obstetra na equipe multiprofissional mínima de plantão para três.
Isso por ser de fundamental importância a presença de pelo menos dois obstetras para o caso da realização de uma cesárea, conforme regula o Conselho Federal de Medicina (CFM), além de outro especialista para assistir à triagem e às possíveis intercorrências. Qualquer quantidade menor do que essa pode colocar em risco o atendimento às gestantes.
Já no que diz respeito às consultas de pré-natal, abrangidas na seção IX.3 (página 109) do Manual, a Sogesp sugere a ampliação da periodicidade. Até então, o documento contemplava número mínimo de seis consultas: uma no primeiro trimestre da gravidez, duas no segundo e três no último.
A avaliação é a de que, às gestantes de baixo risco, o ideal seriam consultas mensais até a 32° semana de gestação, quinzenais até a 36° e semanais até o momento do parto.
Às pacientes de alto risco, o atendimento deve ser mensal até a 24ª semana, quinzenal até a 32° e semanal até o nascimento. Em caso de intercorrências que exijam novas avaliações, o plano de saúde também deverá cobrir novos atendimentos.
Segundo Maria Rita de Souza Mesquita, diretora de Defesa Profissional da Sogesp, é comum que obstetras sofram com a recusa do pagamento das operadoras de saúde ou glosa de consulta de pré-natal, principalmente no final da gestação, quando a periodicidade de atendimentos é maior. Tal conduta, além de prejudicar o profissional de saúde, ainda coloca em risco a assistência obstétrica das pacientes beneficiárias da rede suplementar.
Para o Glossário de Boas Prática em Parto Adequado, Maria Rita chama a atenção para o uso do termo “distócia emocional”, utilizado como uma das classificações da distócia, isto é, qualquer perturbação no bom andamento do parto que influencie a contratilidade uterina, o objeto ou o trajeto.
Ela destaca que o termo não aparece na literatura científica e tem como referência um blog denominado “Cientista que virou mãe”, composto por depoimentos pessoais e desprovido de qualquer embasamento médico.
Tendo em vista o papel essencial do Glossário da ANS na orientação de obstetras em todo o país, a entidade considera urgente a exclusão do termo na seção D (página 5) do documento.
.
Hospitais privados recorrem ao STF para manter isenção de ICMS
Em meio à pandemia de Covid-19, o governo do estado de São Paulo revogou a isenção de ICMS para produtos de diversos setores, dentre eles, os médico-hospitalares. Com a decisão, o setor de saúde como um todo será impactado. Apenas entre os membros da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), estima-se que o ICMS de 18% aumentará os custos em cerca de R$ 1,3 bilhão.
Para evitar que as instituições sofram mais um revés em um período de crise, a Anahp, como entidade representativa, apresentou um mandado de segurança coletivo, solicitando que os Decretos 65.254/2020 e 65.255/2020 não fossem revogados. Além da medida local, seguiu com uma ação direta de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF).
O consultor tributário da Associação, Eduardo Muniz, explica que a decisão é de relevância pública. “Sob o prisma da igualdade, o tratamento diferenciado injustificado, empreendido na legislação impugnada, privilegiando determinados prestadores de serviço em desfavor de outros, não percebe a participação complementar de instituições privadas no Sistema Único de Saúde, nem o grau de tutela conferido à saúde na Constituição Federal, que prevê acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”.
De acordo com o presidente do Conselho Administrativo da Anahp, Eduardo Amaro, a mudança onera as instituições hospitalares privadas, especialmente em equipamentos, insumos e medicamentos. “A decisão não considera as severas dificuldades enfrentadas pelo setor e não se atenta às orientações internacionais relacionadas ao combate à pandemia, que recomendam benefícios para a preservação da atividade econômica e valorização do setor da saúde, e não a elevação de sua oneração em um contexto de crise”, ressalta.
.
Aplicativos e serviços são opções para cuidar da saúde em 2021
Os planos de saúde terão reajuste de 8,14% neste início de ano. O aumento, inclusive, já foi autorizado pela ANS e deve surpreender muitos usuários nas próximas semanas.
Em contrapartida, muitas alternativas têm surgido nos últimos meses para auxiliar o consumidor que não possui condições de pagar pelos altos valores cobrados pelos tradicionais convênios. São aplicativos e serviços que oferecem opções para quem procura por atendimento clínico ou apoio de especialistas.
Listamos abaixo algumas dicas que podem ajudar quem está precisando cuidar da saúde e economizar em 2021.
Segundo pesquisa da FIA Employee Experience (FEEx), divulgada em outubro, 47% dos trabalhadores brasileiros possuem algum tipo de problema para dormir, por conta dos altos níveis de estresse. O aplicativo Meditopia, busca solucionar esses e outros distúrbios, oferecendo aulas de meditação e histórias narradas que auxiliam no tratamento.
A Cuida Mais é uma startup que oferece assistência médica por um custo acessível. No plano empresarial, por exemplo, as companhias pagam um valor por funcionário e têm à disposição um médico para atendimento presencial, que participa do cotidiano de cada setor e acompanha regularmente as condições de saúde de cada trabalhador. Além disso, cada funcionário pode se consultar com especialistas e realizar exames, por meio de uma rede credenciada. Também é possível optar por um plano individual.
O Google Fit é ideal para auxiliar quem necessita realizar exercícios físicos. O aplicativo monitora quanto um usuário correu, caminhou ou pedalou durante o dia, por meio de um GPS. Desta forma, o usuário pode acompanhar seu desempenho semanal e criar metas, que podem ser elaboradas com base no peso, idade e altura de cada um.
O NutraBem foi criado por um grupo de nutricionistas brasileiros e oferece dicas que auxiliam na reeducação alimentar do usuário. O aplicativo ajuda a controlar o número de calorias ingeridas e traz dicas de refeições balanceadas para uma melhor qualidade de vida. Também é possível calcular o Índice de Massa Corporal (IMC) e descobrir se é necessário perder peso.
A partir do peso do usuário, o aplicativo Water your body indica quantos litros de água ele precisa consumir durante o dia. Além disso, é possível verificar quanto ainda falta para atingir a meta diária. A somatória do que foi ingerido pode ser calculada em litros, copos ou garrafas.
.
Seguro fiança – Com o foco em compreender melhor quem são os brasileiros que buscam por um seguro fiança no momento de alugar um imóvel, a Porto Seguro realizou um levantamento detalhado sobre o perfil daqueles que tiveram seus cadastros analisados pela companhia no seguro fiança.
De acordo com o estudo, de janeiro ao final do terceiro trimestre deste ano, os solteiros representavam 66,1% de clientes com interesse em contratar um seguro fiança através do Porto Seguro Aluguel. Este índice é 18% maior que o registrado em 2013, no primeiro ano da série histórica.
“O resultado mostra que os brasileiros, além de buscar cada vez mais o crescimento pessoal e tomar atitudes mais independentes, também procuram soluções rápidas e acessíveis para locação, seja ao deixar a casa dos pais, morar numa outra cidade para estudar ou procurar uma nova residência. Com o seguro fiança, o cliente tem a análise cadastral totalmente online e sem a necessidade de apresentação de documentação, fiador ou caução, deixando o processo mais ágil e assertivo”, destaca Nelson Aguiar, superintendente de Riscos Financeiros e Capitalização da Porto Seguro.
O estudo ainda destaca que pessoas entre 26 e 35 anos são as que mais representam esse ecossistema de seguro fiança, que é feito a partir do interesse do cidadão em alugar um imóvel sem utilizar a figura de um fiador ou ainda realizar depósitos antecipados. Segundo o levantamento, esta faixa etária corresponde a 32,96%. E quando este índice é somado ao grupo anterior (18 a 25 anos), equivale a 47% de interessados nesta modalidade de seguro.
“Esse recorte reforça a importância de criarmos soluções cada vez mais ágeis e simplificadas para todos os públicos, especialmente para o público jovem que busca, cada vez mais, por soluções ágeis. A simplicidade e o digital não podem mais ser deixados para segundo plano quando estamos desenhando um novo produto ou serviço. Temos a preocupação em proporcionar experiências personalizadas para nosso cliente”, ressalta Nelson.
.

ENDOSSANDO


Seguro garantia estendida – A Mapfre anunciou ter registrado aumento de 28% no volume de prêmios de seguro Garantia Estendida no comparativo de 1º a 30 de novembro deste ano com o mesmo período de 2019, atingindo o montante de cerca de R$ 15,7 milhões. Os números compreendem a época das vendas da Black Friday.
Na liderança dos produtos mais segurados no período ficaram os celulares (+13%), seguidos por fones de ouvido (+8%), liquidificadores (+7%), grills e sanduicheiras, televisores, cortadores de cabelos e aparadores de pelos, fritadeiras (todos com aumento de 4%), tablets, ventiladores e circuladores (+3% cada) e brinquedos (+2%).
Patricia Siequeroli, diretora de Seguros Gerais da Mapfre, avalia que os números revelam um cenário de retomada do consumo pelos brasileiros. “Nossos resultados também comprovam que houve uma retomada significativa de consumo de produtos eletroeletrônicos pela população em decorrência da Black Friday, mesmo após o impacto financeiro causado pela pandemia da Covid-19”, comenta. “Para se ter uma ideia, quando fizemos um recorte da última quinzena de novembro comparada ao mesmo período de outubro, constamos um aumento de prêmios de 74% em Seguro Garantia Estendida”, aponta.
A executiva observa que o panorama mostra também a conscientização dos consumidores sobre a importância do produto garantia estendida. “Com uma grande parcela de pessoas trabalhando em suas residências em decorrência da quarentena, a utilização de eletrônicos ou eletrodomésticos aumentou, gerando mais desgastes dos componentes”, comenta. “O consumidor que não possuía garantia estendida no período teve que arcar com os reparos de eventuais defeitos do próprio bolso, enquanto o cliente que possuía coberturas contratadas evitou despesas indesejadas que não estavam planejadas, sem impacto em seus orçamentos domésticos. De qualquer forma, em ambos os casos ficou evidente que houve aumento na percepção sobre a necessidade da contratação do seguro garantia estendida no ato da compra de um novo produto eletroeletrônico”, conclui.
.
Conclusão de acordo – A Caixa Seguridade, subsidiária integral da Caixa, e a CNP Assurances concluíram no último dia 30 a implementação do acordo de R$ 7,8 bilhões que trata de nova parceria e estrutura societária para exploração, com exclusividade e pelo prazo de 25 anos, dos ramos de seguros de vida e prestamista e dos produtos de previdência na rede de distribuição da Caixa.
Seguindo os termos do contrato de distribuição, a CNP Assurances efetuou o pagamento da quantia inicial de R$ 7 bilhões (Upfront) à Caixa. O acordo contempla ainda mecanismo de incentivo atrelado ao desempenho e lucratividade (Earn-out) limitado ao valor de R$ 800 milhões, corrigido pela Selic, a partir de 31 de dezembro de 2020, a ser pago em duas parcelas, em 2024 e 2026.
Todas as condições para o fechamento da operação foram cumpridas, incluindo as aprovações regulatórias necessárias, além da constituição de nova holding de seguros e de nova seguradora. A Caixa Seguridade terá 60% de participação no capital total da nova holding e será proprietária de 49% das ações ordinárias da nova companhia. A CNP Assurances terá 40% de participação no capital e 51% de ações ordinárias.
A parceria da Caixa Seguridade com a CNP Assurances para o ramo de consórcios, divulgada em 13 de agosto deste ano, teve prazo para fechamento da operação prorrogado para até 30 de março de 2021.

Leia mais:

SEG NOTÍCIAS – ANS faz retrospectiva 2020 na saúde suplementar

Espaço Publicitáriocnseg

SEG NOTÍCIAS – ANS divulga nova edição do Boletim Covid-19

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui