SEG – Mercado de seguros tem queda de 3,5% no ano devido à pandemia

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A arrecadação do mercado segurador brasileiro no primeiro semestre deste ano somou R$ 121,07 bilhões, queda de 3,5% em comparação ao mesmo período do ano passado. O número exclui o ramo de saúde e o seguro de danos pessoais causados por veículos automotores de via terrestre (Dpvat).
A redução não foi maior por causa dos planos de previdência privada VGBL, admitiu o presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (Cnseg), Marcio Coriolano. Com as taxas de juros baixa, os ativos têm volatilidade reduzida, o que torna os planos de previdência mais atrativos, em função de proteção de mais longo prazo que oferecem, indicou o executivo.
No ano passado, o setor fechou com aumento da receita de 12,2%. Apesar disso, a expectativa para 2020 era de expansão a taxas menores, mesmo antes da pandemia do novo coronavírus. Em janeiro, as médias de crescimento começaram a baixar mas, no primeiro trimestre, houve aumento de 7,8%, ainda sem o efeito da Covid-19, porque as medidas de isolamento social só foram decretadas a partir do fim de março.
Marcio Coriolano lembrou que abril foi o pior mês, durante a pandemia, para a economia como um todo, com retração de 21,4% em relação a março, para o mercado de seguros. "Teve um impacto muito forte para o setor segurador". No mês seguinte, entretanto, o mercado "deu uma reagida", também principalmente em função dos seguros de previdência VGBL, evoluindo 11,4%. Sem esses planos, teria ocorrido queda de 2,3% em maio.
Os números de junho revelam crescimento substancial de 32,9%, auxiliado pela expansão de 59,6% dos planos VGBL, sem os quais o aumento no mês teria sido reduzido para 18,3%. Na comparação com junho de 2019, a arrecadação foi de 6,7%. O desempenho de junho contribuiu para mitigar a queda experimentada pelo setor segurador no segundo trimestre do ano, de -13,8%. O destaque, em junho, foi para os segmentos de danos e responsabilidade, com alta de 18,5%, notando-se o início do movimento de recuperação no setor de automóveis, depois de longa paralisação.
Na comparação semestral, o que se percebeu foi uma tendência para "poupança por precaução", disse o presidente da Cnseg. "A pandemia despertou nas pessoas a necessidade de precaução, de aversão ao risco". Os seguros foram demandados de forma diferenciada no primeiro semestre de 2020, comparativamente aos primeiros seis meses do ano passado. Os dados da Cnseg mostram crescimento significativo de ramos de menor ponderação relativa, como o marítimo e aeronáutico (+28,4%), rural (+25,2%) e responsabilidade civil (+19,8%). Na análise dos últimos 12 meses encerrados em junho, foi registrada alta de 6,1%.
Marcio Coroliano afirmou que a expectativa para o segundo semestre é de que não haverá taxas de crescimento equivalentes às do ano passado, levando em conta que a circulação não vai voltar de forma plena. Por isso, as taxas daqui para a frente deverão ser menores, abrindo oportunidade para produtos "que cabem no bolso do consumidor". Ele acredita que o segundo semestre não será fácil. "Será um desafio para a economia como um todo e o setor de seguros não vai escapar desse desafio". Os seguros de pessoas vão continuar liderando.
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Planos de saúde vão cobrir exames para detecção do novo coronavírus
Os planos de saúde estão obrigados, a partir de hoje, a cobrir exames para detecção do novo coronavírus (SARS-CoV-2), que provoca a Covid-19. A decisão, tomada ontem pela diretoria colegiada da Agência Nacional de Saúde Suplementar, prevê a cobertura para a pesquisa de anticorpos IgC ou anticorpos totais e foi publicada hoje no Diário Oficial da União.
Os exames poderão ser feitos nos pacientes com síndrome gripal ou síndrome respiratória aguda grave (SRAG) a partir do oitavo dia do início dos sintomas e também para crianças ou adolescentes com quadro suspeito de síndrome multissistêmica inflamatória pós-infecção pelo novo coronavírus.
Os planos de saúde, no entanto, não estão obrigados a cobrir os testes nos seguintes casos: RT-PCR prévio positivo para Sars-Cov-2; pacientes que já tenham realizado o teste sorológico, com resultado positivo; pacientes que tenham realizado o teste sorológico, com resultado negativo, há menos de uma semana; para testes rápidos; pacientes cuja prescrição tem finalidade de screening, retorno ao trabalho, pré-operatório, controle de cura ou contato próximo/domiciliar com caso confirmado; e para verificação de imunidade pós vacinal.
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Emissão de ações ordinárias do IRB Brasil/Re capta R$ 2,08 bi em subscrições 
O IRB Brasil Re anunciou ontem que o processo de emissão de ações ordinárias para aumento de seu capital social alcançou R$ 2,08 bilhões. Foram subscritas 300.083.857 ações ordinárias, volume que corresponde a cerca de 99% da quantidade mínima estipulada e a 90,4% da quantidade máxima. A primeira rodada de oferta para exercício de preferência se encerrou na quarta, 12.
"É um resultado excepcional", comemora o diretor-presidente do IRB, Antonio Cassio dos Santos. "É uma demonstração inequívoca de que o mercado entendeu o propósito do trabalho desta administração, que está atuando sob um rigoroso projeto de governança e transparência", disse.
Cem mil acionistas do IRB Brasil Re aproximadamente exerceram o direito de preferência em adquirir ações. Cerca de 70% do valor obtido foi subscrito por acionistas institucionais e os demais 30% por acionistas individuais. "Isso mostra que o interesse veio de uma base pulverizada, é um sinal de que nossa marca segue forte depois do período desafiador pelo qual o IRB passou", pontuou Santos.
Em 8 de julho, o IRB Brasil Re anunciou que seu Conselho de Administração havia aprovado o aumento de capital social da companhia por meio de emissão de ações ordinárias. O valor anunciado para a emissão foi de no mínimo R$ 2,1 bilhões – que o ressegurador praticamente alcançou nesta primeira oferta – e no máximo de R$ 2,3 bilhões. Com a oferta das chamadas sobras – cujas regras de participação o IRB deve anunciar em breve ao mercado – o ressegurador deve alcançar o valor máximo. "Vamos chegar ao nosso objetivo de conseguir o total estipulado", assegura o diretor-presidente.
O resultado apurado nesta quarta, segundo informa o IRB no Fato Relevante, "reforça, os níveis de solvência da companhia e propiciam melhoria nos patamares de reenquadramento regulatório da 'cobertura' das Provisões Técnicas, bem como da margem adicional de liquidez, fortalecendo, portanto, a sustentabilidade da estratégia de negócios do IRB Brasil Re".
"Como dissemos antes, esta solução garante o futuro da companhia de forma equilibrada, no longo prazo, e este primeiro resultado mostra que fizemos a escolha certa, agora referendada pelo mercado", concluiu Antonio Cassio.
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Unimed terá que indenizar conveniado em R$ 8 mil
A cooperativa de saúde Unimed terá que indenizar em R$ 8 mil, por danos morais, um de seus conveniados que necessita de transplante de medula óssea. A decisão da 20ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais reforma em parte a sentença de primeira instância, que havia fixado o valor indenizatório em R$ 3 mil.
Segundo o paciente, o contrato com a Unimed previa cobertura total a qualquer tratamento de saúde de que ele necessitasse. Ao solicitar autorização para o transplante, no entanto, ele obteve uma negativa. A empresa alegou que não poderia cobrir o procedimento, devido ao seu alto custo.
O paciente disse ainda que, após a recusa da Unimed, teve sérios problemas psicológicos e preocupações com sua saúde. Alegou que já teria se curado, se o transplante tivesse sido feito antes da pandemia de Covid-19, e que agora terá que esperar a crise sanitária passar.
A Unimed disse, em sua defesa, que a aprovação do transplante levaria tempo, por isso não autorizou o procedimento no momento da solicitação.
Para o relator do acórdão, desembargador Fernando Lins, a recusa da Unimed para o transplante de seu conveniado é indevida, pois as partes haviam firmado um contrato que previa a cobertura de qualquer tratamento de saúde necessitado.
"No caso concreto, é certo que o implante de medula e seus insumos foram negados pela ré, o que, por certo, gerou natural angústia no paciente", disse o magistrado.
Os desembargadores Lílian Maciel e Fernando Caldeira Brant seguiram o voto do relator.
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ENDOSSANDO

Loja virtual para associados – O Live Connection recebeu a MAG Seguros nesta quarta-feira, 12 de agosto. O encontro virtual, promovido pelo Clube dos Corretores de Seguros do Rio de Janeiro (CCS-RJ) em parceria com a Educa Seguros, contou com a participação do vice-presidente do Conselho Consultivo da companhia, Marco Antônio Gonçalves, e do diretor de Mercado Alfeo Marchi.
O presidente do Clube, Fabio Izoton, destacou que a seguradora "é mais uma das apoiadoras do CCS-RJ Connection, nosso evento que será nos dias 1º e 2 de setembro e tem como objetivo estreitar relacionamentos e transmitir informações úteis aos corretores em um ambiente descontraído". Ele convocou a todos a acompanharem a divulgação desse grande encontro, todo reformulado para o virtual, a partir dos próximos dias – garantindo que o seu formato será inovador.
Também moderando a live, o diretor Luiz Mario Rutowitsch trouxe para debate diversas questões levantadas pelos associados sobre produtos e oportunidades, além de ressaltar a funcionalidade do site e da loja virtual da MAG, que permite a personalização pelo corretor, e a prática de sempre trazer esses parceiros para dentro da companhia, dando suporte bastante detalhado e dedicado quando é preciso ir além dos treinamentos.
O vice-presidente do Conselho da MAG, Marco Antônio Gonçalves, iniciou sua participação elogiando a iniciativa do CCS-RJ. "Eventos e ações voltados para fomento são algo que o mercado precisa muito. Acompanho a entidade desde a década de 90. O Clube sempre teve a característica de reunir profissionais realmente apaixonados pela profissão, que se esmeram cada vez mais para colocar a distribuição de seguros em lugar de destaque no mercado", afirmou.
O executivo falou sobre as mudanças da MAG durante a pandemia, de março até hoje. Para ele, a ótima adaptação foi resultado de um tripé: tecnologia, arrecadação e atendimento. "E tudo só foi possível porque investimos há mais de dez anos em cuidar das pessoas", acrescentou, pontuando que a companhia foi precursora na decisão de cobrir a pandemia, apesar de ser um risco excluído. "O mercado de Pessoas decresceu em torno 1,5% de janeiro a junho, e a MAG cresceu 13%, demonstrando que estamos no caminho certo em investir no apoio e suporte ao corretor", disse.
Sobre o pilar tecnologia, o diretor de Mercado Alfeo Marchi reforçou que a venda remota já era realidade por meio do SegVida, marketplace da companhia, e outras ferramentas. "Mais de 90% das vendas individuais são feitas de forma digital. Não foi a pandemia que nos impulsionou: poderíamos estar fazendo isso há muito mais tempo. A tecnologia que oferecemos é surpreendente", informou.
Ele ainda assumiu, ao vivo, o compromisso de lançar, durante o CCS-RJ Connection, a loja virtual do Clube, para que todos os associados tenham acesso ao portfólio da MAG. E falou sobre a continuidade no lançamento de produtos durante a pandemia, citando a linha Bem Estar. "É um produto de complementação para plano de saúde, importante para quem teve dificuldade de manter os planos nesse período, com indenização pra cirurgias, internações, descontos em farmácias, entre outros. Uma solução espetacular, que convido a todos a conhecerem", finalizou.
Diversos outros temas de interesse dos corretores foram ainda abordados na live, que está disponível no canal do CCS-RJ no YouTube, por meio do link: https://www.youtube.com/watch?v=djTUTYcvvbc.
A série Live Connection é uma programação especial de aquecimento para o grande evento a ser promovido pela entidade este ano: o CCS-RJ Connection, nos dias 1º e 2 de setembro. Anunciado no início de 2020, o encontro que seria presencial foi reformulado para o formato 100% virtual e gratuito. As inscrições também já estão abertas e podem ser realizadas em https://connection.ccsrj.com.br.
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Healthtech – A Amparo Saúde, healthtech especializada em atenção primária e medicina da família, acaba de anunciar nova rodada de investimento, no valor de R$ 25 milhões. O aporte foi liderado por um grande Family Office brasileiro, acompanhado pelos atuais investidores e nomes renomados no mercado de saúde como José Luiz Setúbal e Grupo Sabin. A startup iniciou suas operações em julho 2018 com três unidades presenciais e logo no primeiro ano já chamou a atenção do setor pelo modelo de negócio e assertividade, com um faturamento de R$ 10 milhões já em 2019, 20 vezes maior que no ano anterior. Atualmente, com 11 unidades e capacidade para 28 mil teleatendimentos por mês, a empresa saltou de 45 mil para 1 milhão de vidas nos últimos meses.
Com crescimento acelerado, em dois anos de funcionamento a Amparo Saúde chega ao valor de R$ 67 mi em investimentos recebidos – contando os R$ 25 mi dessa rodada – e pretende investir ainda mais no modelo in company já estabelecido em grandes empresas como Assefaz, além de apostar em telemedicina, que neste momento representa 85% dos atendimentos. "Somos uma empresa de tecnologia com foco em atenção primária, portanto todos os planos sempre foram voltados aos cuidados aliados à tecnologia. O momento que estamos vivendo acelerou uma mudança de comportamento do brasileiro e a cultura da telemedicina veio para ficar. Oferecemos toda a estrutura necessária para atender o mercado de saúde, seja operadoras, empresas de autogestão, médicos e pacientes, por isso crescemos tanto em tão pouco tempo" conta Emilio Puschmann, CEO da startup.
Criada por Emilio Puschmann – executivo com carreira consolidada em bancos de investimento e private equity internacionais, além de mercado brasileiro de tecnologia -, a empresa tem como objetivo mudar o cenário de saúde no Brasil já saturado dos altos custos, grandes desperdícios e atendimento insatisfatório. O modelo chamou atenção de grandes operadoras como Amil, Sul América, Omint, Seguros Unimed, CarePlus e empresas de autogestão como Assefaz e Petrobras. Além dos investidores, que enxergam o modelo como um ecossistema integral de cuidado com a saúde. "Esse novo aporte vem para reforçar a demanda do mercado por um serviço necessário, que realmente cuida de cada paciente e quer tornar o sistema de saúde mais sustentável", finaliza o CEO, que continua como sócio majoritário da startup.
Atualmente a healthtech conta com 190 funcionários, sendo que 70 deles foram contratados durante a pandemia. A expectativa é fechar esse ano com 260 colaboradores – entre corpo clínico e profissionais de tecnologia e administrativo.
O assessor jurídico da Amparo Saúde na negociação foi Eick Haber Grezzana Nascimento.

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