SEG NOTÍCIAS – ANS propõe revisão de rol a cada seis meses

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Medicamentos. Foto: divulgação
Medicamentos. Foto: divulgação

Pela primeira vez na história, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) apresentou uma nova proposta sobre a atualização de seu rol de medicamentos e procedimentos, os quais são oferecidos pelos planos de saúde aos pacientes. Após atuação contínua de entidades médicas e da sociedade civil, o novo modelo propõe que as decisões de incorporação aconteçam semestralmente, com a possibilidade de submissões e suas respectivas análises técnicas serem realizadas de forma contínua.
Sempre engajada na busca pelo acesso mais rápido dos pacientes a tratamentos mais eficazes, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) é participante ativa nas discussões sobre melhorias. Para Renan Clara, diretor-executivo da SBOC, há dois grandes desafios a serem enfrentados. “O principal ponto, que tentamos mudar há muito tempo, é a longa espera de dois anos para a abertura de ciclos de submissão de novos pedidos de recomendação. Além disso, buscamos continuamente por mais clareza nos critérios utilizados para a avaliação e recomendação de novos medicamentos e tratamentos. Só assim conseguiremos construir uma oncologia efetiva no Brasil”.
A mudança já vinha sendo considerada no setor da saúde, mas pela primeira vez a sugestão parte da própria ANS. A equipe técnica da Agência afirma que o objetivo dessa nova proposta é reduzir o intervalo das recomendações sem que a qualidade técnica, a transparência na tomada de decisão e a ampla participação social sejam comprometidas. Nesse modelo proposto, serão contempladas semestralmente as submissões cujas análises técnicas tenham sido concluídas.
Outro ponto decisivo para a proposta foi a aprovação, pelo Senado, do Projeto de Lei 6.330/2019, que pretende acelerar o acesso dos pacientes a quimioterápicos orais pelos usuários de planos de saúde, sem que haja qualquer análise técnica de eficácia e impacto orçamentário. Para evitar que novos medicamentos fossem implementados sem a devida recomendação, a ANS, enfim, agiu na criação de um grupo de trabalho para discutir as mudanças nos processos de implementação.
No modelo atual, ocorre um período de consulta pública a cada dois anos, aberta à sociedade civil, onde todas as demandas são inseridas durante um período e são finalizadas ao mesmo tempo. No novo modelo proposto, o conceito de ciclo de atualização do Rol deixaria de existir, desta forma, as demandas serão analisadas de acordo com suas particularidades e terão tempo de decisão diferentes umas das outras. É esperado que a média para a resposta esteja entre 9 e 18 meses, incluindo análise e discussão técnica, consulta pública e aprovação da Diretoria Colegiada.
De acordo com Clarissa Mathia, presidente da SBOC, a mudança traz benefícios aos pacientes. “Ficamos felizes com a evolução da ANS. Isso auxiliará na fluidez e na simplicidade das análises técnicas, além de agilizar os processos de incorporação de novos tratamentos e medicamentos mais avançados, evitando que os pacientes esperem tanto tempo para terem acesso a opções mais eficazes e tecnológicas em suas jornadas de tratamento.”
Para que a mudança seja efetivada, a equipe interna da ANS discutirá sobre os novos processos, não só para oncologia, e preparará um documento formal que será encaminhado para a aprovação da Diretoria Colegiada. Após a aprovação, a resolução passará por uma consulta pública, onde receberá sugestões das entidades de saúde e da sociedade civil, que voltarão à Diretoria Colegiada para análise e adequações, caso necessário. “Ainda não há previsão de data ou cronograma de atividades, por isso, a SBOC e as demais sociedades estão engajadas no seguimento dessa proposta para que o novo modelo seja colocado em prática o quanto antes”, completa Renan.
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Em outubro, reservas da capitalização ultrapassaram R$ 32 bi
A Federação Nacional de Capitalização (FenaCap), divulgou informações sobre o desempenho do segmento entre os meses de janeiro e outubro. As reservas técnicas – valores acumulados pelos clientes com títulos de capitalização ativos – alcançaram R$ 32,2 bilhões, um avanço de 5,3% em relação ao mesmo período do ano passado, consolidando tendência de alta verificada ainda no primeiro semestre.
Os resgates realizados antecipadamente ou ao fim do prazo de vigência apresentaram queda de 3,9%, somando R$ 14,9 bilhões no período. “Esses dois indicadores traduzem um comportamento cauteloso dos consumidores diante das incertezas que ainda predominam na economia, mas a perspectiva de vacinação vem provocando uma melhora geral nas expectativas, o que nos traz otimismo “, diz Marcelo Farinha, presidente da federação, adiantando que o mercado projeta encerrar 2020 com crescimento de até 1,5%.
Os prêmios distribuídos a clientes sorteados de todo o país alcançaram R$ 852,1 milhões, o equivalente ao pagamento de R$ 4,1 milhões por dia útil do período. O faturamento global das 15 empresas autorizadas a comercializar títulos de capitalização no país, que teve forte recuperação no terceiro trimestre, atingiu R$ 18,9 bilhões, mas ainda apresenta, como já era esperado, um recuo de 3,4% em relação aos mesmos meses de 2019.
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Vacinação é atribuição exclusiva do poder público
Em coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira, pela Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (Cnseg), João Alceu Amoroso Lima, presidente da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), defendeu o Programa Nacional de Imunização, considerado paradigma mundial de sucesso nessa área. “No Brasil, Campanha Nacional de Vacinação é atribuição exclusiva do poder público e com a Covid não deve ser diferente. Deve ser feita como ação de governo. Já foi anunciado que não haverá venda de vacinas para o setor privado, pelo menos nesse momento”, afirmou.
Recentemente, o Ministério Público Federal pediu a incorporação da vacina no rol de procedimentos obrigatórios dos planos de saúde. De acordo com o presidente da FenaSaúde, no futuro, os laboratórios privados poderão oferecer a vacina e a inclusão no Rol da ANS deverá ser debatida tecnicamente, com coordenação da ANS: “A discussão agora é inoportuna e pode provocar desigualdade no acesso à vacina”.
Amoroso Lima também comentou sobre a suspensão dos reajustes e a importância da recomposição para manter a solvência das empresas e não prejudicar o consumidor no futuro. “As operadoras associadas à FenaSaúde vêm empreendendo seus melhores esforços para permitir que os beneficiários mantenham seus planos, tendo, inclusive, suspendido voluntariamente os reajustes por 90 dias entre maio e julho, suspensão mantida até dezembro, segundo determinação da ANS. A recomposição em 2021 é necessária para manter o equilíbrio dos contratos existentes e não comprometer a prestação dos serviços, o que penalizaria os consumidores.”
O presidente da FenaSaúde foi categórico ao responder sobre o surgimento de clubes de descontos como alternativa aos planos de saúde: “Não são planos de saúde porque não são regulados como planos de saúde. Defendemos que a ANS se posicione a respeito disso e permita que as operadoras de planos de saúde também possam oferecer produtos mais segmentados a preços mais acessíveis”, esclareceu.
Amoroso Lima foi pragmático em relação à sinistralidade do setor de saúde suplementar durante a pandemia. “Esperamos fechar o ano em torno de 80%. Em abril, no período mais crítico da pandemia, chegamos a 61% de sinistralidade. A preocupação agora é com a segunda onda e o refluxo de procedimentos que estavam represados. São fatores que podem sobrecarregar os hospitais. A pandemia nos ensinou que precisamos agir com cautela. O gestor da operadora de planos de saúde tem que olhar a médio e longo prazos”.
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Transporte de cargas se mostra otimista para 2021
Segundo monitoramento feito Associação Nacional do Transporte e Logística (NTC&Logística), a demanda por serviços do transporte rodoviário de cargas chegou a atingir um pico 45,2% de recuo, após um começo com queda de 26,1% de acordo com dados do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de São Paulo e Região (Setcesp).
Apesar de um ano desafiador com números alarmantes, os profissionais do setor ainda se mantêm positivos para o próximo ano. O membro do conselho administrativo da Transita Transportes e coordenador nacional da Comissão de Jovens Empresários e Executivos da NTC&Logística (Comjovem), Andre de Simone, acredita que a imagem do transporte de cargas assumindo caráter mais positivo perante a sociedade pode ajudá-lo a entrar em ritmo de retomada. “O transporte está ficando cada vez mais em evidência com a velocidade da informação. Todo mundo recebe os valores e ideais do transporte na palma da mão, principalmente quando a sociedade mais precisa como em um caso de pandemia que estamos vivendo ou em catástrofes e em casos de desabastecimento da cidade. A sociedade em geral está começando a dar um pouca mais de atenção para este que é um serviço essencial”.
O CEO da TransRuyz Transportes, Antonio Ruyz, ressalta que 2020 foi um ano de muito aprendizado para as empresas, preparando-as para futuros desafios. “Este foi um ano de muito aprendizado, tanto como pessoa quanto como profissional. Um ano de pandemia nenhuma formação em qualquer instituição poderia proporcionar. Nenhuma faculdade, MBA ou livro de gestão tem um tópico que aborde o comportamento e ações a serem adotadas em caso de pandemia. Saímos deste ano com uma musculatura muito mais robusta, com conhecimentos mais amplos e bem mais preparados para as próximas adversidades que podem surgir. Nós nos reinventamos nos nossos processos e nos adaptamos a uma realidade online”.
Apesar do otimismo, o COO da GVM Solutions Brasil, Felipe Medeiros, pensa no próximo com cautela, esperando uma melhora no setor e no país, mas não sem percalços. “Acredito que ainda será um ano de muitos desafios. Precisamos interpretar o cenário no início do ano para planejarmos os próximos passos pois o mercado ainda está muito sensível aos impactos da Covid-19. É necessário manter o pensamento positivo e fazer o que estiver em seu alcance para que se concretize. Seguiremos investindo em pessoas, tecnologia e frotas. Exatamente nessa ordem”.
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SEGURO CIDADÃO


Infiltração – No piso, no telhado e nas laterais da casa, as infiltrações são sinais de que algo está errado. Esse contratempo pode aparecer quando há uma passagem de água por meio de trincas na superfície da estrutura. Nesses casos, é crucial agir rapidamente para que os danos não se espalhem rapidamente.
“Além de evitar maiores danos causados pela exposição à umidade, resolver esse problema logo na fase inicial, pode gerar economia para o bolso”, explica André Amado, gerente da Rede de Prestadores da Allianz Assistance, empresa de assistência 24 horas. E para ajudar nessa missão e manter a estrutura do imóvel em dia, André respondeu as principais dúvidas sobre infiltrações.
Para quem está com suspeitas de infiltração de água, é preciso ficar atento a alguns sinais. O mais comum entre eles é o estufamento nas paredes e no teto. Para descobrir a origem, realize uma inspeção nas superfícies para detectar possíveis manchas, umidade, rachaduras e mofo. Também é possível investigar se há vazamento em algum equipamento hidráulico ou, se for uma casa, se o problema provém do telhado. Se não for identificada qualquer irregularidade, o próximo passo é contratar um serviço especializado para uma avaliação, que pode evoluir para um serviço de caça vazamentos.
A água é o segundo elemento natural mais ofensivo à moradia – logo depois do fogo. A infiltração pode acarretar diversas ameaças para a propriedade, ocasionando não apenas um dano estético, mas também prejuízos mais sérios.
Nos locais afetados, pode ocorrer o deslocamento do reboco na superfície da parede ou teto, descolamento dos pisos e revestimentos e curto-circuito caso a água atinja a parte elétrica. Além disso, a presença de mofo pode prejudicar a saúde dos moradores, pois eles são fungos que crescem em local úmido e se desprendem no ar, podendo causar irritação nos olhos, nariz e garganta.
Após a identificação do problema, os cuidados devem ser tomados imediatamente. Primeiro, afaste móveis ou objetos passíveis de danos e desligue a rede elétrica caso o dano seja em uma tomada. Se o proprietário tiver conhecimentos técnicos, ele poderá solucionar a situação. Caso contrário, é altamente recomendado contratar um profissional, que dependendo da condição, pode ir desde um serviço de encanador até um engenheiro civil. O especialista poderá validar sua preocupação ou acalmá-lo sobre o cenário da infiltração.
Para manter o bem-estar da propriedade, faça a manutenção preventiva anualmente, fora de épocas chuvosas. Certifique-se que as telhas estão em boas condições e colocadas corretamente e garanta que os ambientes tenham uma ventilação adequada. Prevenir sempre vai ser o melhor remédio.
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ENDOSSANDO


Novo CEO – A Sompo Seguros S.A. anunciou a indicação de Alfredo Lalia Neto, como novo CEO da companhia no Brasil. Alfredo Lalia Neto chega à Sompo Seguros após mais de 27 anos de experiência no setor de Seguros. Nesse período, ele ocupou diferentes cargos de liderança, entre os quais diretor de Gerenciamento de Riscos (CRO – Chief Risk Officer) e diretor de Subscrição (CUO – Chief Underwriting Officer); além de CEO em duas grandes seguradoras do Brasil. Lalia Neto iniciou sua carreira na Yasuda Seguros, uma das companhias que deram origem à marca Sompo no Brasil.
“É uma honra ter a oportunidade de contribuir com o futuro da Sompo Seguros. A reconhecida cultura de inovação da empresa e colaboradores engajados fazem da companhia uma organização única e bem posicionada no mercado brasileiro. Estou ansioso para iniciar o trabalho com a equipe da Sompo Seguros, para que possamos impulsionar um crescimento sustentável e lucrativo juntos”, ressalta Alfredo Lalia Neto.
“Gostaria de dar as boas-vindas a Alfredo por integrar nossa equipe e parabenizá-lo por seu novo cargo. Estou ansioso para trabalharmos juntos, enquanto continuamos a evoluir e expandir nossa operação brasileira”, conclui Mikio Okumura, CEO da Sompo International Holdings Ltd.

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