Desde 1998, ano em que foram normatizadas as regras para a venda de planos de saúde com a criação da Lei 9656, o segmento conta com a atualização constante de coberturas de procedimentos estabelecidos pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). De tempos em tempos, as regras são modernizadas para melhor atender a necessidade da população. Com a pandemia da Covid-19, foram incluídos novos exames no rol de procedimentos dos planos de saúde privados. Um estudo inédito da Funcional Health Tech, através da Prospera, sua unidade de negócios voltada para consultoria atuarial e regulatória, mostra que as novas coberturas terão um impacto financeiro de 6,09% nos custos dos planos de saúde.
De acordo com a Funcional Health Tech – líder em inteligência de dados e serviços de gestão no setor de saúde – sete novos meios de diagnosticar o coronavírus são responsáveis pelo aumento: o teste rápido de sorologia, diagnóstico por IgA, IgG e IgM, é o que registra mais acréscimo, de 4,55%. Os demais são: pesquisa e/ou dosagem de Procalcitonina, com 0,48%; pesquisa rápida para Influenza A e B, com 0,44%; PCR em tempo real para os vírus para Influenza A e B, com 0,40%; pesquisa rápida para vírus sincicial respiratório, com 0,017%; PCR em tempo real para vírus sincicial, com 0,009%; e pesquisa de Dímero D, com 0,19%.
A companhia ressalta ainda que por se tratar de uma pandemia que ainda está em crescimento exponencial no Brasil e que existem oscilações de incidência do vírus na população brasileira, o impacto desses custos deve ser considerado no melhor e no pior cenário da doença no Brasil.
Segundo a companhia, as projeções de infectados pela Covid-19 possuem o pior cenário no estado de Mato Grosso do Sul, em que 38% da sua população seria infectada. Já o estado brasileiro com o cenário mais otimista seria o estado do Pernambuco, em que apenas 9% da população seria infectada. "Estimamos que o impacto do novo Rol de procedimentos relacionados à Covid-19 a partir de 26/06/2020 deve ser de no máximo 15,87% de aumento sobre as despesas assistenciais das Operadoras e no mínimo de 1,86%. No entanto, o impacto do novo Rol poderá ser diferente para cada Operadora, de acordo com as variáveis ‘frequência de utilização’ e ‘valor dos procedimentos’, explica Raquel Marimon, Diretora Executiva da Funcional.
O estudo mostra ainda o impacto do Rol de procedimentos dos novos exames por estado como: São Paulo (5,09%), Rio de Janeiro (6,70%), Minas Gerais (5,90%), Rio Grande do Sul (5,76%), Bahia (5,08%), Goiás (7,00%), Pará (4,85%) e Distrito Federal (6,99%).
Para a apuração do custo estatístico dos procedimentos foi necessário, inicialmente, estimar a frequência de utilização anual esperada dos procedimentos em questão na base da Funcional Health Tech, acrescido da estimativa de novos expostos da Covid-19 no Brasil e o valor médio de cada procedimento. A estimativa de novos expostos da Covid-19 refere-se aos infectados projetados a partir de 22 de junho, que foram calculados através da aplicação de um modelo matemático de epidemiologia.
.
Covid – A ANS divulgou hoje a terceira edição do Boletim Covid-19, com dados que mostram o monitoramento dos planos de saúde durante a pandemia. A publicação apresenta informações assistenciais e econômico-financeiras coletadas até junho junto a uma amostra relevante de operadoras, permitindo uma análise do impacto do coronavírus no setor.
As informações assistenciais contemplam dados encaminhados por 51 operadoras que possuem hospitais próprios. Já os dados econômico-financeiros registram as informações enviadas por 107 operadoras de grande porte que, juntas, compreendem 74% dos consumidores de planos de saúde médico-hospitalares. A maior parte das informações resulta de dados enviados pelas operadoras de planos de saúde em atendimento a Requisições de Informações da Agência e extraídos do Documento de Informações Periódicas (Diops) enviados trimestralmente pelas operadoras, bem como dados de envio obrigatório aos sistemas de informação da ANS. O boletim também inclui uma análise das demandas dos consumidores registradas pelos canais de atendimento da ANS, com dados extraídos do Sistema de Informações de Fiscalização (SIF).
De maneira geral, os números de junho reforçam a tendência de retomada das consultas em pronto-socorro não relacionadas à Covid-19 e no número de exames e terapias realizados fora do ambiente hospitalar. Nos dois casos, contudo, a retomada acontece de forma gradativa, e os dados continuam inferiores ao período anterior à pandemia e no comparativo com o mesmo período do ano passado. Observou-se que a taxa de ocupação geral de leitos (comum e de UTI) por procedimentos relacionados ou não à Covid-19 permaneceu abaixo dos patamares de ocupação observados em 2019, mantendo assim o padrão verificado desde março. Em relação aos dados econômico-financeiros, o setor manteve tendência de redução da sinistralidade medida pelo fluxo de caixa (percentual das mensalidades usado para pagamento de custos médicos) no mês de maio. Quanto à inadimplência, os dados de junho mostram leve queda em relação ao mês anterior, retornando para mais próximo do nível histórico, após elevação do indicador em maio.
Os dados mostram que em junho a taxa de ocupação geral de leitos manteve-se estável em relação a maio deste ano (62%, ante 61% em maio) e abaixo da taxa verificada no mesmo período do ano passado (75%). Os dados de junho mostram, pela primeira vez, leve queda na taxa de ocupação dos leitos alocados para Covid-19: 59%, ante 61% no mês anterior. A taxa de ocupação de leitos de UTI para Covid-19 se manteve em 65% entre maio e junho, porém a alocação de leitos de UTI para internações relacionadas à Covid-19 apresentou queda de 59% em maio para 51% em junho.
A quantidade de consultas em pronto-socorro que não geraram internações, que apresentou queda no início da pandemia, apresenta retomada gradativa a partir de maio, com aumento de 20% em junho. Da mesma forma, a busca por atendimentos de Serviços de Apoio Diagnóstico Terapêutico (SADT) – ou seja, exames e terapias realizados fora do ambiente hospitalar – também indica uma retomada gradual, apresentando quedas menores em maio e junho comparado aos mesmos meses de 2019. Os custos por diária em internações com ou sem UTI mantiveram-se estáveis em relação a maio. A duração de uma internação por Covid-19 permanece mais longa que os outros tipos de internação.
.
Perdas no transporte marítimo – As grandes perdas na navegação estão em seu nível mais baixo, tendo caído mais de 20% em relação ao ano anterior, segundo o estudo da Allianz Global Corporate & Specialty (AGCS), Safety & Shipping Review 2020. No entanto, a crise do coronavírus pode comprometer melhorias de segurança feitas no setor em 2020 e além, pois condições operacionais difíceis e uma forte desaceleração econômica apresentam um conjunto único de desafios.
"O coronavírus atingiu o segmento do transporte marítimo em um momento difícil já que busca reduzir suas emissões, há ainda questões como mudança climática, riscos políticos, pirataria e é um setor que lida com problemas constantes como incêndios nas embarcações", diz Baptiste Ossena, líder global de seguros de casco AGCS. "Agora, o setor também enfrenta a tarefa de operar em um mundo muito diferente, com as incertas implicações econômicas e de saúde pública da pandemia."
O estudo anual da AGCS analisa perdas acima de 100 toneladas brutas (GT) e também identifica 10 desafios da crise do coronavírus para o setor da navegação que podem afetar a segurança e o gerenciamento de riscos. Em 2019, foram relatadas 41 perdas totais de navios em todo o mundo versus 53 no ano anterior. Isso representa um declínio aproximado de 70% em 10 anos e é resultado de esforços sustentados nas áreas de regulação, treinamento e avanço tecnológico, entre outros. Mais de 950 perdas foram relatadas desde o início de 2010.
"Proprietários de navios também enfrentam pressões de custo adicionais devido a uma desaceleração da economia e do comércio", diz o capitão Rahul Khanna, diretor global de consultoria de risco em Marine AGCS. "Sabemos, por crises já ocorridas no passado, que os orçamentos para tripulação e manutenção estão entre as primeiras áreas que podem ser cortadas e isso pode afetar a operação segura de embarcações e máquinas, potencialmente causando danos ou avarias, o que, por sua vez, levaria a encalhamento ou colisões. É crucial que os padrões de segurança e manutenção não sejam afetados por nenhuma crise."
De acordo com o relatório, a região do Sul da China, Indochina, Indonésia e Filipinas continua sendo o principal local de perdas, com 12 embarcações em 2019 e 228 na última década – uma em cada quatro perdas globais. Alto volume de comércio, rotas de navegação movimentadas, frotas mais antigas, exposição a tufões e questões de segurança em algumas rotas domésticas de balsa são fatores que contribuem para esses números. No entanto, em 2019, as perdas diminuíram pelo segundo ano consecutivo. O Golfo do México (4) e a Costa Oeste da África (3) estão em segundo e terceiro lugares.
.
Isenção de custas – A Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho rejeitou a pretensão da Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar, de Santos (SP), de isenção do pagamento das custas processuais para interpor recurso em disputa judicial com um médico. A entidade alegava que, por ser entidade filantrópica, teria direito ao benefício. Mas, segundo o colegiado, seria necessário comprovar a insuficiência financeira.
O interesse da entidade era a reforma da decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP), que havia considerado o recurso deserto pelo não recolhimento das custas, um dos requisitos para a admissão do apelo. O hospital sustentava que as entidades filantrópicas têm direito aos benefícios da justiça gratuita e que a situação de hipossuficiência financeira poderia ser constatada por pesquisa no Serasa, "que aponta a existência de centenas de pendências comerciais".
O entendimento do TRT foi mantido pela Turma. O relator do recurso, ministro Alexandre Agra Belmonte, relator do recurso, explicou que, de acordo com o artigo 899 da CLT, com a redação introduzida pela Reforma Trabalhista (Lei 13.467/2017), as entidades filantrópicas, as empresas em recuperação judicial e os beneficiários da justiça gratuita estão isentos do depósito recursal. Em relação às custas, o parágrafo 4º do artigo 790, também incluído pela Reforma, passou a admitir a concessão da justiça gratuita "à parte que comprovar insuficiência de recursos para o pagamento das custas". Segundo o relator, embora se estenda às pessoas jurídicas, com ou sem fins lucrativos, o benefício pressupõe comprovação cabal da insuficiência econômica, o que não ocorreu no caso.
Ao manter a deserção do recurso, o ministro observou que, em casos semelhantes, o TST entende que a juntada de pesquisa no Serasa revela apenas a existência de pendências financeiras e não se presta a demonstrar, de forma inequívoca, a alegada fragilidade econômica da entidade.
A decisão foi unânime, mas a entidade informou que já interpôs Recurso Extraordinário contra a decisão, visando a levar o caso ao Supremo Tribunal Federal (STF).
.
Live – Artes marciais, disciplina e empreendedorismo na pandemia serão os temas da próxima D'Or Talks, série de lives promovida pela D’Or Consultoria, nesta quarta-feira, 22 de julho, às 17h30. O convidado da live é o mestre em Jiu-Jitsu Murilo Bustamante, reconhecido mundialmente por seus inúmeros títulos na modalidade.
Além do sucesso como lutador, ele atua também como treinador, e foi um dos fundadores da Brazilian Top Team, equipe de treinamento de artes marciais e esportes de combate.
Com moderação do diretor-executivo da D'Or Soluções, Guilherme Malaquias, a transmissão será realizada no canal da D'Or Consultoria no YouTube (https://youtube.com/dorconsultoria).
A D'Or Talks foi criada pela D'Or Consultoria durante o período de pandemia do coronavírus para compartilhar conteúdos e informações que possam ajudar a todos a passarem por este momento delicado da melhor maneira possível. Para não perder nenhuma novidade da programação, inscreva-se e ative o sininho.
.
Contratação – A Amparo Saúde, healthtech especializada em atenção primária e medicina da família, acaba de anunciar a contratação de Nathália Torres para o cargo de Chief Growth Officer. Ela ficará à frente do marketing, CRM, Customer Experience e Pessoa Física para liderar iniciativas que vão gerar ainda mais inovação para o setor em uma posição que tem crescido entre as startups que buscam transformar mercados de maneira eficiente e com melhor alocação de recursos.
"A Amparo Saúde vive um momento de crescimento acelerado em meio ao cenário de mudança de comportamento dos brasileiros por conta da pandemia. Estamos em uma fase importante de amadurecimento do negócio e expansão do nosso modelo de telemedicina, e a Nathália Torres chega para contribuir com esse crescimento", diz Emílio Puschmann, CEO da startup.
O profissional que atua como Chief Growth Officer traz uma evolução da área de marketing e uma visão estratégica que alinha branding, jornada do consumidor, crescimento, geração de receita e a construção clara do propósito da marca. É uma das posições que tem ganhado grande visibilidade entre startups e grandes empresas que perceberam o valor de unir inovação, adaptabilidade, liderança e o olhar global do negócio.
"Quero agregar com novas práticas de Marketing e CRM para a Amparo, juntos vamos atuar de forma transversal e combinar branding, performance, personalização e muitos dados – meu foco será em oferecer a melhor experiência para os nossos clientes, garantindo um crescimento sustentável para a marca e negócio", comenta Nathália. "Fazer parte desse time é uma honra e quero poder levar o propósito da empresa para milhares de pessoas", completa a executiva.
Nathália construiu uma carreira de mais de uma década na área de marketing estratégico em empresas do setor de saúde, loyalty, comunicação e serviços. Nos últimos anos, trabalhou na Smiles, programa de fidelidade da GOL, onde liderou o time de Marketing e Customer Experience da empresa. Antes, trabalhou na OdontoPrev, Grupo RBS, Index Comunicação e na multinacional Novelis. Torres é graduada em Relações Públicas pela Universidade Metodista de São Paulo, com MBA pela Fundação Getúlio Vargas.
.
Francis Bacon