SEG NOTÍCIAS – Comissão da OAB-SP toma posse com foco em grandes questões de seguros

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Prestigiada por grande parte das lideranças do setor de seguros, a posse de Debora Schalch na Presidência da Comissão de Direito Securitário da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção São Paulo (OAB-SP), no dia 12 de agosto, pontuou as grandes questões da área. As mudanças no seguro garantia, por exemplo, foram mencionadas pela própria presidente empossada como uma das prioridades de estudo da comissão. Para ela, a assunção de riscos do garantia de forma ampla, como se pretende, deve ser pensada com cautela. “Será uma revolução para as seguradoras que operam no ramo, porque nem todas estão aparatadas para assumir essa gama de responsabilidade”, disse.
Além dos estudos do seguro garantia, – “missão importantíssima”, na visão de Debora Schalch -, a comissão também dará continuidade ao seu trabalho de democratização do seguro. Para a advogada, o desconhecimento sobre o funcionamento da instituição seguro é um dos motivos do aumento da judicialização e, principalmente, um entrave ao desenvolvimento do setor. “O seguro tem grande potencial, mas muitas pessoas deixam de contratá-lo por desconhecimento”, disse. O presidente da OAB-SP, Marcos da Costa, lembrou a importância do seguro em momentos de crise econômica. “Certamente, o seguro terá especial função na retomada do crescimento”, disse.
Representando a Superintendência de Seguros Privados (Susep), José Inácio Ribeiro Lima de Oliveira, chefe da Divisão de Fiscalização Prudencial 1 em São Paulo, observou que não faltarão temas de estudo para a comissão. Ele citou a atuação irregular de empresas que oferecem coberturas de seguros para veículos e pessoas, mas não são constituídas como seguradoras, além de outras questões que requerem estudo, como os impactos do novo Código de Processo Civil no seguro e os diversos projetos de lei em trâmite, que propõem alterações na atividade e até a mudança do marco regulatório. “A comissão poderá colaborar muito para esclarecer estas e outras questões e difundir o conhecimento securitário”, disse.
A disposição da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) em colaborar com a comissão da OAB-SP na disseminação do conhecimento do seguro foi anunciada por seu vice-presidente Marco Barros, que também é presidente da Federação Nacional de Capitalização (FenaCap). Ele comentou que a CNseg fez o pré-lançamento do Programa de Educação em Seguros, em apoio aos novos consumidores e, ainda, para atingir os formadores de opinião, incluindo os operadores do direito. “O intuito é dar mais transparência e fazer a sociedade entender para que o seguro serve, sua destinação e atributos e sobre como pode apoiar o país nessa transição de crise”, disse.
O presidente da Escola Nacional de Seguros e vice-presidente da Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor), Robert Bittar, reforçou o valor da comissão da OAB-SP. “Temos de reconhecer iniciativas como esta, que promovem o debate e vigiam as tentativas de alterações legais do seguro, para o bem ou para o mal. Nesse sentido, a comissão cumpre de forma exemplar o seu papel”, afirmou. Em seu pronunciamento, o dirigente elencou questões que preocupam o setor, como as propostas mudanças no seguro DPVAT, que sugerem a operação individual de seguradoras, em vez de consórcio. “O desenho atual, sem competição entre seguradoras, é o ideal para a proteção plena dos cidadãos”, disse.
Encerrando a cerimônia de posse, o vice-presidente da OAB-SP e responsável pelas comissões do órgão, Fábio Canton, elogiou a atuação da presidente Debora Schalch nas últimas gestões. “Ela é um dos casos gloriosos de repetência pela competência”, disse, acrescentando que a Comissão de Direito Securitário é uma das mais importantes entre as 149 comissões da OAB-SP. “Os operadores do direito precisam ter mais proximidade com o tema seguro”.
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Como a crise econômica vem afetando o mercado de seguros
Ao longo dos últimos anos, o mercado segurador brasileiro experimentou um crescimento notável, muito acima dos índices mais otimistas. “Hoje, o mercado segurador representa 6,5% do PIB e ainda é o mais importante mecanismo de proteção existente no mundo”, afirma Adevaldo Calegari, diretor da Progetto Corretora e mentor do Clube dos Corretores de Seguros de São Paulo. Na avaliação do especialista, porém, a crise política, social e econômica que vive o país trouxe consequências sensíveis para este mercado. Na carteira de automóveis, por exemplo, famílias diminuíram o número de veiculos por residência, passando de quatro para três veiculos, ou de três para dois e até um veiculo por família. “Observamos também a busca por preços menores na hora da contratação ou renovação, optando inclusive por redução de coberturas e serviços para os automóveis segurados. Apesar disto, a carteira de automóvel cresceu algo como 2% nos últimos meses. Ou seja: tem mais gente fazendo seguro para o veículo, mas estes consumidores estão gastando menos por apólice”, afirma Calegari.
De acordo com ele, é importante também observar outros produtos massificados, como o seguro residencial, que sofreram com a queda da renda familiar, mas mantêm o nível de renovação das apólices, embora também com redução de valores e coberturas. O aumento do desemprego afetou diretamente dois segmentos do mercado: seguro de vida e acidentes pessoais e, sobretudo, seguro saúde, que são mantidos como benefícios pelas empresas. “Com o desemprego na casa dos 15 milhões, pelo menos um terço destas pessoas não conta mais com estas coberturas. Preocupados com a falta de renda, essas pessoas não buscam contratar apólices particulares para vida e saúde”, diz o executivo.
Para o especialista, a crise no país deverá contribuir para alavancar as vendas dos micro seguros, lançados em 2014 no mercado nacional, mas que até agora não decolaram. “A proposta deste serviço era beneficiar mais de 100 milhões de brasileiros com renda de até dois salários mínimos mensais, oferecendo, por exemplo, seguro de vida e seguro funeral por um custo de até R$ 10 mensais”, lembra o diretor da Progetto. “Com o atual estágio da economia, no qual ainda se destaca a preocupação com a manutenção do básico da família e com a visão de futuro comprometida, ainda não conseguimos desenvolver adequadamente essa nova modalidade, que apresenta para o futuro uma excelente perspectiva de negócios, aliada à inclusão social”, conclui Calegari.
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Quase 700 mil bicicletas de alto valor não têm seguro
Apesar da retração em 2015, a produção de bicicletas deverá crescer 9% neste ano. Apenas um dos fabricantes colocará no mercado quase 4 milhões de unidades. Neste volume estão as bicicletas de alto valor, cujo preço varia entre R$ 3 mil e R$ 60 mil. Um mercado composto por cerca de 700 mil bicicletas, das quais menos de 10% estão seguradas.
“Existem mais de 600 mil bicicletas no país para serem prospectadas pelos corretores”, disse Janete Tani, gerente de Riscos Patrimoniais da Argo Seguros, durante sua participação em palestra da Associação Paulista dos Técnicos de Seguro (APTS), no dia 11 de agosto, no auditório do Sincor-SP. Ela e Rafael Fragnan, gerente de Sinistros P&C, apresentaram o tema “O promissor mercado de seguros para bicicletas”.
De acordo com Janete, o prêmio médio de seguro para bicicleta é de R$ 800 e o potencial do mercado é de R$ 560 milhões em prêmios por ano. Na Argo, que tem uma carteira com 6 mil bicicletas e espera fechar o ano com 10 mil, as coberturas oferecidas são para roubo e furto qualificado, acidentes e danos causados a terceiros (Responsabilidade Civil).
Um dos diferenciais do Protector Bike, segundo ela, é a abrangência das coberturas, que alcançam todo o território nacional. Mas os sinistros da carteira não são apenas por roubo. Segundo Rafael Fragnan, na Argo, 53% são por roubo e 47% por acidentes. “No início, nossa preocupação era com roubo, mas nesses três anos de operação do produto vimos que também ocorrem muitos sinistros de acidentes em treinos”, disse.
Para os corretores, Janete apresentou outra oportunidade de ganho com os seguros para bikeshops. Segundo levantamento da Argo, apenas em São Paulo e Minas Gerais existem cerca de 1,7 mil bikeshops, com três funcionários. Considerando o prêmio médio de R$ 1,5 mil, a seguradora estima o potencial de R$ 2,5 milhões em prêmios por ano. A gerente da Argo destacou que o diferencial desse produto é a cobertura para bens de terceiros.
Outra facilidade Bike Protector é o aplicativo para celular que permite ao segurado a contratação 100% online. “Basta que o segurado envie a foto da bicicleta, do número de série, do grupo (câmbio dianteiro, traseiro e pedivela) e da nota fiscal. Se não tiver nota, o sistema irá gerar um voucher”, disse.
Mais da metade do evento foi dedicado aos questionamentos da plateia, que foram muitos. “Se o usuário gastar, por exemplo, R$ 3 mil em peças para incrementar uma bicicleta avaliada em R$ 3 mil, poderá fazer o seguro de R$ 6 mil?”, questionou um corretor. “Sim, ele pode enviar as notas fiscais das peças alteradas e se a nossa avaliação confirmar a valorização, o valor de sua bike será alterado”, respondeu Janete.
O presidente da APTS, Osmar Bertacini, que atuou no evento como mediador, elogiou a participação da plateia. “Pela quantidade de perguntas, vejo que acertamos no tema. O seguro para bicicletas é pouco conhecido, mas muito promissor e rentável”, concluiu.
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Seguro para festas Em 2015, o mercado de festas, que vem crescendo em um ritmo médio de 30% ao ano no país, movimentou cerca de R$ 16,8 bilhões. Acompanhando essa tendência, a Liberty Seguros lança o Liberty Festas, que garante tranquilidade para pessoas físicas que realizam eventos, desde pequenas comemorações em família até casamentos.
O produto assegura o valor pago pelo aluguel do espaço e contratação de bufê em caso de contratempos que impeçam a realização da festa no dia e local firmado em contrato. As coberturas protegem contra incêndio no local da festa, fenômenos climáticos (vendaval, chuva de granizo ou alagamento) ou colisão de veículos que impeçam o acesso ao local.
Um dos diferenciais da cobertura básica do Liberty Festas é o reembolso do valor pago pelo contratante do evento (noivos, formandos, debutantes, aniversariantes e familiares) nos casos de falência da empresa principal contratada.
“Esta é uma cobertura muito importante para garantir a tranquilidade do segurado”, diz Rosy Herzka, diretora da Liberty Seguros. “Especialmente em um ano em que observamos, apenas no primeiro semestre, um aumento de 26% de empresas de diversos setores que pediram falência em relação ao mesmo período de 2015”, explica.
O cliente também pode contratar uma série de coberturas adicionais que garantem o pagamento de gastos como a utilização de gerador de energia, o aluguel ou compra de roupa de gala em caso de falência do fornecedor escolhido originalmente, roubo de bens do segurado durante o evento e despesas com cerimonialista ou assessoria de eventos para o planejamento e organização de um novo evento.
“O Liberty Festas é um produto que reforça o nosso compromisso em oferecer soluções que atendam às necessidades do nosso público”, diz a executiva. “Nosso objetivo é garantir que o segurado possa aproveitar seu momento especial, seja um casamento, uma formatura ou o aniversário de um filho, sabendo que está protegido”, finaliza.
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Seguro viagem para quem vai assistir a última semana dos Jogos Olímpicos no Rio
Esse mês, o Rio de Janeiro é palco do maior espetáculo esportivo do mundo. Sede das Olimpíadas, o estado é destino de milhares de brasileiros que irão acompanhar os jogos de perto. Para conjugar diversão com segurança, optar por um seguro viagem é garantia para os passageiros aproveitarem melhor a experiência e evitar imprevistos indesejados.
Escolher um seguro viagem é fácil e barato. A PAN Seguros, em parceria com a B2C Seguros, lançou, recentemente, o único do mercado com contratação totalmente online e feita em apenas em dois minutos. A comodidade vale tanto para viagens rodoviárias quanto aéreas e garante a cobertura em caso de imprevistos no embarque, permanência e retorno dos viajantes.
Por apenas R$ 4,99, é possível contratar o Seguro Rodoviário, válido para uma viagem de até cinco dias. Ele cobre despesas médicas, hospitalares e odontológicas em viagem nacional. Em caso de morte acidental, invalidez permanente ou parcial durante o percurso, a indenização é de R$ 10 mil. Para cobertura de R$ 20 mil, o valor do seguro é de R$ 7,49. A contratação desse seguro, independente do plano, conta ainda com um título de capitalização.
Quem optar pelo Seguro Aéreo, o valor da contratação vai depender do tempo de viagem, do destino e do plano contratado. O plano é a partir de R$ 30 e no máximo R$ 999. Entre os benefícios estão a assistência de um concierge, localização de bagagens, assessoria em caso de perda de documentos e entrega de remédios em caso de emergência.
“As Olímpiadas são um acontecimento único no país. Desejamos que todos tenham uma ótima experiência com o evento. Ter segurança na viagem é fundamental para a diversão. Além disso, comodidade e rapidez devem fazer parte dos nossos serviços oferecidos. Contratar um seguro viagem precisa ser algo natural, fácil e barato”, ressalta José Carlos Macedo, CEO da PAN Seguros.
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DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL


Bradesco Seguros patrocina o Conarh 2016
O Grupo Bradesco Seguros patrocina o maior evento de Gestão de Pessoas da América Latina e segundo maior do mundo, o Conarh ABRH, que acontece de 15 a 18 de agosto, no Transamérica Expo Center, em São Paulo. Promovido pela Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-Brasil), a 42ª edição terá como tema “Gestão que inspira pessoas que conquistam…”.
A novidade deste ano é o Espaço Corners, em que pela primeira vez serão apresentadas quatro palestras simultaneamente no mesmo auditório, sem divisórias ou isolamento acústico.
urante os quatro dias de congresso, os participantes poderão assistir palestras, talk shows e painéis, com especialistas do Brasil e do exterior, que analisarão cenários, abordarão as principais tendências em capital humano e provocarão reflexões sobre os temas mais atuais em gestão de pessoas.
Paralelo ao Congresso será realizada a Expo ABRH, maior e mais completa exposição de produtos e serviços para a gestão de pessoas do mercado, que contará com um estande da Bradesco Seguros.
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SEGURO CIDADÃO


Projeto Escola O grupo de profissionais da Saúde Especializada lança o Projeto Escola, desenvolvido para fomentar a cultura da qualidade de vida entre estudantes, familiares e corpo docente em todas as áreas que envolvem o emocional e o físico da família acadêmica.
Trabalhando em cima do tema prevenção nas diversas áreas da saúde, incluindo odontologia, nutrição, neurologia, psicologia, pedagogia, odontopediatria, entre outros, o projeto é apresentado no formato de palestras ou eventos de qualificação.
Composto por profissionais da área da saúde, o grupo Saúde Especializada é uma iniciativa que já vem sendo formatada há alguns meses e lança-se no mercado com o trabalho realizado pelo Painel WH Comunicação. Colocando-se à disposição para o agendamento de consultas e disseminação de conhecimento, o grupo visa tornar-se formador de opinião, gerar conteúdo de qualidade ao segmento da saúde e fornecer informações confiáveis à imprensa e ao público leigo.
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ENDOSSANDO


Chubb se diferencia no setor de PME
A Chubb busca cada vez mais se diferenciar no Brasil em seguros para pequenas e médias empresas. “A seguradora, que é a maior companhia de capital aberto do mundo em seguros de propriedade e responsabilidade civil (P&C), pretende assim se firmar como a melhor opção do mercado brasileiro em proteções para empresas de todos os portes”, diz Antonio Trindade, presidente da Chubb no Brasil.
Sobre Grandes Riscos, Trindade destaca que a seguradora está atuando no setor com maior desenvoltura ao aproveitar a sinergia que se formou com a fusão das equipes da antiga Chubb e ACE. Ao exemplificar, o executivo cita o fato de que a companhia agora conta com o dobro de engenheiros responsáveis pela análise de riscos no segmento. “São especialistas já reconhecidos pela excelência na regulação de sinistros e que acumulam muitos anos de experiência. Antes de subscreverem o risco, eles vão ao site e realizam uma ampla avaliação, proporcionando não apenas informações consistentes para a seguradora, mas também preciosas recomendações para o cliente. Com isso, o nosso processo de subscrição no segmento ganhou em qualidade e rapidez”, ressalta.
A Chubb hoje ocupa a liderança de praticamente todos os setores corporativos do mercado brasileiro de Grandes Riscos tais como automobilístico, alimentos, geração de energia, petróleo, mineração, infraestrutura, logística, comércio, grandes edifícios comerciais e outros. “Para obter este desempenho, a companhia conta com expertise em produtos, presença global que abrange 54 países, especialização em setores específicos da economia e distribuição focada nos corretores de seguros e parceiros de negócios”, conta.
Com relação ao segmento de pequenas e médias empresas, o presidente da Chubb informa que, em junho, a seguradora concedeu a todos os seus corretores e parceiros o acesso a um portal que proporciona maior agilidade nos negócios. “Por esse portal, o parceiro pode ofertar de modo online a melhor cobertura de seguro entre várias alternativas, além de emitir a apólice, concluindo o acordo. O instrumento também possibilita a realização e a administração de endossos, pagamentos, cobranças, sinistros, comissões e outros”, prossegue. De acordo com o executivo, este recurso já era acessado pelos parceiros e corretores que atuavam com a antiga Chubb e está sendo oferecido pela primeira vez aos que trabalhavam com a ACE.
Antonio Trindade diz que a Chubb hoje se diferencia no mercado de pequenas e médias empresas porque proporciona as melhores ferramentas de alta tecnologia para que seus parceiros produzam em larga escala, se relacionando com um grande número de clientes ativos e potenciais. “A produção em larga escala é fundamental neste setor”, salienta, lembrando que o portal também facilita as negociações dos parceiros que se encontram fora dos grandes centros – “basta que tenham acesso à internet”. Por outro lado, ele afirma que a seguradora está ajudando os corretores e parceiros a comercializarem novas proteções como D&O e Responsabilidade Civil Profissional com a mesma desenvoltura com que já ofertam coberturas tradicionais como incêndio, raio e explosão.
Ao concluir, Trindade ressalta que uma parte significativa do atual know-how da Chubb em seguros corporativos se deve ao fato de que os profissionais da empresa estiveram envolvidos com a regulação dos principais sinistros no Brasil ao longo das duas últimas décadas. “Este conhecimento está sendo aplicado a todos os clientes corporativos, da grande à pequena empresa, tanto na prevenção de prejuízos quanto no atendimento a sinistros – que representa o momento em que o cliente mais necessita da seguradora”, finaliza.
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Mapfre Investimentos analisa as principais movimentações econômicas de julho
O resultado do plebiscito sobre a saída da Grã-Bretanha da União Europeia, o “Brexit”, surpreendeu os mercados financeiros e favoreceu ainda mais o risco de acomodação das economias centrais. A reação inicial dos mercados financeiros foi acentuada, com aumento substancial da incerteza e do risco, em especial entre bancos europeus. Essa incerteza deverá enfraquecer a confiança dos consumidores e das empresas em diferentes países desenvolvidos.
As previsões do FMI para o crescimento global foram revistas mais uma vez para baixo, com destaque para as economias avançadas da Europa. O cenário do FMI contempla a hipótese benigna de que a incerteza será reduzida gradualmente e que os acordos comerciais entre a União Europeia e a Grã-Bretanha conseguirão evitar um aumento significativo das barreiras econômicas, sem grandes perturbações nos mercados financeiros e com consequências políticas limitadas. No entanto, é possível que essa hipótese se mostre excessivamente otimista.
Na China, as perspectivas de curto prazo melhoraram por conta de políticas monetárias e fiscais expansionistas ao longo dos últimos meses, além de gastos em infraestrutura. Na Índia, a atividade econômica permanece vigorosa, a despeito da desaceleração do investimento no primeiro semestre do ano. Na Rússia, o aumento dos preços do petróleo favorece a recuperação econômica. Por outro lado, a combinação de fatores como gargalos estruturais, baixa produtividade e reduzido investimento não contribui para o crescimento sustentado da economia russa no longo prazo.
No Brasil, há sinais de melhoria, com a recuperação da confiança dos consumidores e das empresas. Os estoques das companhias começam a se ajustar, ainda que em razão da diminuição da produção e não do maior consumo. A recessão de 2016 deverá ser levemente menos grave do que se projetava e em 2017 haverá ligeiro crescimento. No entanto, persistem incertezas sobre a política econômica, em especial sobre a concretização de reformas que revertam a tendência de endividamento público.
No mês de julho, o Ibovespa registrou alta de 11,22%, que foi acompanhada de uma entrada de fluxo de investidores estrangeiros de R$ 4,6 bilhões. No acumulado de 2016, o superávit acumulado é de R$ 17,255 bilhões, um saldo considerável tendo em vista o momento econômico do país. No mercado de câmbio, o real se desvalorizou cerca de 1,11% frente ao dólar, acumulando uma valorização de 17,97% no ano.
Após a reunião do Copom realizada em 20 de julho e posterior divulgação de sua ata, a curva de juros demonstrou leve alta. Mas nos vencimentos 2017 e 2018, onde há maior concentração de risco, o resultado foi mais significativo. A interpretação da Mapfre Investimentos está em linha com o cenário macroeconômico, com previsão de manutenção da Selic ao longo de 2016 devido à persistência inflacionária. Na visão do Banco Central, a inflação segue persistente e, com isso, não há espaço para um afrouxamento monetário.
“Não tivemos alteração em nossas posições, mas está no nosso radar de oportunidades aumentar nossa posição comprada nos vencimentos mais longos da curva de juros, tendo como cenário base a deterioração do quadro fiscal. Nossa visão é de que pode haver um ajuste na ponta longa da curva caso haja alguma frustração relacionada à melhora fiscal”, diz Eliseo Viciana, vice-presidente da Mapfre Investimentos. Em renda fixa internacional, o executivo complementa que não houve alteração de posicionamento no Treasury de 10 anos, via BM&F. “No mercado de câmbio, aguardamos o melhor momento para novamente nos posicionarmos para um movimento de desvalorização do real frente ao dólar”, comenta Viciana.
No book de renda variável, a única grande mudança foi a substituição de CCR por Fibria, motivada pela boa performance de CCR nos últimos meses. Ao mesmo tempo, Fibria caiu cerca 60% em 2016 e opera com fortes descontos com relação aos múltiplos setoriais dos últimos anos. Apesar do fluxo de dólar pesando contra, o desconto de Fibria e o dólar estão em patamares atraentes.
A Mapfre Investimento destaca a performance de diferentes papeis de sua carteira em um mês no qual o Ibovespa subiu 11,2%: Banco do Brasil (22,5%), Banrisul (26,2%), Gerdau (31,6%), Hering (24,7%), Natura (30,6%), Petrobras (26,0%). Na ponta negativa, Embraer (-15,3%) e Suzano (-12,4%) foram as que mais sofreram, uma vez que as suas cotações seguiram a desvalorização do dólar ante o real. A gestora zerou sua posição tática de Pão de Açúcar, aberta no mês anterior, com ganhos de 13% em menos de um mês.

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