Os dois segmentos da previdência complementar (aberto e fechado), que juntos têm patrimônio de cerca de R$ 2 trilhões, deram um passo histórico e inédito no sentido de atuar conjuntamente: as entidades que representam os dois lados – Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), pelo lado das abertas; e Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), representante das fechadas – acabam de assinar seu primeiro convênio de cooperação técnica.
A nova postura das duas instituições está em linha com a necessidade promover ações que contribuam para o fomento da poupança previdenciária, que se tornou ainda mais evidente com a reforma do Regime Geral e com mudanças demográficas no país. Abrapp e FenaPrevi mostram na prática que estão juntando forças tendo como base esse novo cenário, e levando em conta as sinergias que ajudarão a fortalecer a previdência privada.
Entre essas sinergias, destacam-se, entre outros pontos, debates de temas técnicos, que são objetos deste primeiro convênio entre FenaPrevi e Abrapp, e ações voltadas à educação previdenciária e financeira.
.
Resiliência da previdência – Levantamento realizado pela Icatu Seguros nos seis primeiros meses do ano mostrou que, apesar da crise e instabilidade econômica, a previdência privada segue resiliente no país.
A análise considerou 43 fundos de previdência de diversas estratégias – multimercados, ações, crédito privado e renda fixa – que somam mais de R$ 13,2 bilhões da carteira da seguradora em 30 de junho, e seus respectivos semelhantes do mercado aberto cujo patrimônio líquido no mesmo período foi acima de R$ 30 bilhões. Na comparação, o volume acumulado de resgates nos investimentos de fundos abertos foi seis vezes maior do que o observado nos fundos de previdência no auge da crise em março.
Nas duas modalidades, a concentração de resgates se deu entre a segunda semana de março e o final de abril, o que pode ser explicado pelo avanço do coronavírus no Brasil e no mundo e a consequente queda e volatilidade de preços dos ativos em diversos mercados. Ainda assim, durante todo o período, os fundos de previdência se mostraram mais sólidos quanto aos resgates do que os fundos abertos. O movimento acontece, principalmente, por conta do forte perfil de longo prazo da previdência, além das características de tributação que ocorrem sobre esses fundos.
"Escolhemos esses 43 fundos justamente por possuírem "espelhos" com estratégias semelhantes. Na análise, notamos que, após marginal aumento de resgates em meados de março e início de abril, os resgates nos fundos de previdência voltaram a se estabilizar. É importante reforçar também que houve um grande movimento de transferência de fundos dentro da própria indústria, ou seja, o participante buscou realocar sua carteira dado o novo cenário de juros. Uma das grandes vantagens de fundos de previdência em relação aos tradicionais é que a realocação dos recursos para outros fundos através de portabilidade não incide imposto e assim o participante pode buscar uma diversificação dinâmica de seu portfólio", explica Henrique Diniz, diretor de Produtos de Previdência Privada da Icatu Seguros.
Henrique afirma que o comportamento observado na carteira da Icatu retrata que a previdência é vista também como uma reserva de longo prazo e que as pessoas desejam manter mesmo em momentos de crise. Na própria indústria, segundo dados da Fenaprevi, foi possível observar que o número de participantes do mercado de previdência se manteve estável entre março e abril, os meses mais críticos. O executivo identifica ainda um amadurecimento do investidor, cada vez mais conectado a conteúdos de educação financeira, que vem buscando um portfólio eficiente de acordo com seu perfil, considerando também o prazo de seus objetivos.
.
Plano de saúde recusou realizar exames oncológicos por quatro vezes
O plano de saúde Unimed-BH terá que indenizar um de seus conveniados em R$ 15 mil, por danos morais, após não cumprir o combinado em contrato. A decisão é da 16ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. A decisão reforma em parte o entendimento de primeira instância.
O conveniado alegou que havia contratado o plano de saúde da Unimed com todos os benefícios incluídos. Disse ainda que necessitou fazer um exame que seria essencial para o tratamento de um câncer na próstata e obteve a recusa do plano. A negativa, segundo o paciente, lhe trouxe grande abalo psicológico e preocupação, uma vez que o seu estado de saúde poderia se agravar pela falta do tratamento.
Não houve acordo com o plano de saúde. Para o desembargador Pedro Aleixo, relator do acórdão, a recusa na aprovação do exame e os consequentes abalos sogridos pelo conveniado deve ser compensada com o pagamento de indenização.
"Tal recusa agravou a aflição psicológica e angústia, o que, evidentemente, supera o mero dissabor cotidiano. Diante disso, a condenação ao pagamento de indenização pelos danos morais sofridos é medida que se impõe", acrescentou o magistrado.
Os desembargadores Ramom Tácio e Marcos Henrique Caldeira Brant seguiram o voto do relator.
.
Seguro agrícola – Presidentes das Comissões de Agricultura da Câmara dos Deputados e do Senado da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai trocaram informações e experiências sobre seguros agrícolas, em reunião virtual convocada pela Frente Parlamentar da Agricultura (FPA) do Congresso Brasileiro e pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).
Na reunião, o secretário-geral da Associação Latino-Americana de Desenvolvimento Agrícola (Alasa), Marcelo Girardi, e o especialista internacional do IICA em seguros agrícolas, Fernando Vila, apresentaram conceitos e análises para a discussão em torno da formulação de propostas relativas ao seguro agrícola.
Girardi falou sobre a evolução do seguro em vários países, destacando o Brasil na América Latina como exemplo, devido à implementação do seguro como política de desenvolvimento agrícola do Estado, para que os pequenos agricultores possam exercer atividade produtiva em um quadro de estabilidade.
O especialista do IICA apresentou uma caracterização dos riscos, os aspectos relevantes ao conceber um sistema abrangente de seguros e os desafios para sua implementação, destacando estratégias em um sistema público-privado para a distribuição de responsabilidades diante dos impactos econômicos de diferentes tipos de riscos.
O fórum foi liderado pelo presidente da FPA, deputado Alceu Moreira (MDB-RS) e pelo diretor-geral do UCA, Manuel Otero.
Moreira referiu-se ao seguro como fator obrigatório e intrínseco na construção de uma planilha de custos de produção. "Não pode ser opcional, facultativo. Os responsáveis pelo financiamento devem ter o seguro obrigatório. A agricultura familiar precisa do apoio integral do Estado", expressou.
O deputado também pediu a formação de uma Frente Agrícola Parlamentar das Américas, a fim de institucionalizar o espaço de reuniões do bloco de parlamentares da região sul do continente e projetar uma estrutura reguladora no âmbito de um consórcio de nações.
O diretor-geral do IICA, entretanto, ressaltou a importância de cuidar dos agricultores familiares, que são os principais responsáveis pelo abastecimento dos mercados domésticos. "Ter seguro é essencial para a estabilidade da produção agrícola, é preciso vinculá-lo ao crédito e ter políticas estaduais para proteger as produções", disse Otero.
A agricultura do perímetro urbano e a gestão sustentável dos recursos hídricos foram alguns dos tópicos propostos pelos legisladores para futuras reuniões.
.
ENDOSSANDO
Sustentabilidade, Riscos e Compliance – Alinhado com os movimentos globais de maior preocupação com o meio ambiente, responsabilidade social, ética, transparência e governança corporativa, o Grupo NotreDame Intermédica (GNDI), maior operadora de saúde do Brasil, acaba de criar a Vice-Presidência de Sustentabilidade, Riscos e Compliance. A nova área irá concentrar todos os projetos relacionados à sustentabilidade, meio ambiente e responsabilidade social, e terá o desafio de implementar no Grupo as melhores práticas existentes no mercado. No mês de agosto, o Grupo apresentou seu primeiro Relatório Anual de Sustentabilidade, com as principais iniciativas da empresa em 2019, demostrando o seu cuidado com temas sensíveis à sociedade.
Com reporte ao presidente Irlau Machado Filho, o comando desta Vice-Presidência ficará a cargo de Anderlei Buzzeli. O executivo é graduado em Ciências Contábeis, com especialização em Administração de Empresas, e membro do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), já tendo atuado no GNDI como CFO, CEO da Green Line e Vice-presidente de Integrações. No seu lugar, assume o Dr. Massanori Shibata Jr., que deixa a diretoria Médica de Operações para assumir a Diretoria Executiva de Integrações, passando também a integrar o Comitê Executivo da Empresa.
"Este movimento deixa claro a nossa preocupação em ser uma empresa de capital aberto com processos transparentes e alinhados ao mercado onde estamos inseridos. O GNDI chega, agora, a um novo patamar de governança, que nos impulsionará a trabalhar ainda mais pela missão de tornar saúde de qualidade acessível a gerações de brasileiros", explica Irlau Machado.
.
Apoio a 100 mil MPMEs na América Latina – A Seguros Sura, uma das maiores seguradoras latino-americanas especializada na gestão de tendências e riscos, fortaleceu a sua iniciativa de capacitação de empreendedores por meio da plataforma regional Empresas Sura, disponível em nove países. Nos últimos três meses, mais de 30 mil empreendedores de Micro, Pequenas e Médias empresas receberam o apoio da Empresas Sura, entre elas algumas brasileiras. A meta para este ano é apoiar 100 mil empresários latino-americanos, como parte do compromisso da companhia em contribuir com a reativação econômica para continuar entregando bem-estar e competitividade sustentável.
"Durante a pandemia, observamos o aumento de 55% na procura pelos serviços da Empresas Sura em toda a América Latina, graças à rápida ativação dos canais digitais para continuar a entregar conhecimento e capacidades, fundamentais para a transformação e competitividade das MPMEs neste novo ambiente de negócios, afirma Juana Francisca Llano, presidente da Seguros Sura.
A partir do acompanhamento e apoio oferecido por mais de 40 especialistas com capacitação e conhecimento do mercado, foram identificados cinco pontos mais requisitados pelos empresários latino-americanos neste momento: garantir a liquidez para continuar operando, redesenhar e transformar o modelo de negócios para continuar oferecendo produtos e serviços, recuperar a confiança do consumidor nos padrões de produção "covid-free", e criar ou fortalecer os processos de marketing digital.
Diante disso, Thomas Batt, CEO da Seguros Sura no Brasil, explica que a iniciativa "ganhou força no País, principalmente porque conseguimos nos adaptar rapidamente à nova realidade e passamos a oferecer serviços e conteúdos também de forma digital". Batt explica que "o conhecimento do mercado e das necessidades das pessoas nos deu a oportunidade de entregar mais valor para as empresas também no sentido de realizar a adaptação do modelo de negócios para preparar esses empresários para os diferentes desafios derivados da conjuntura".
Durante o segundo semestre deste ano, Batt afirma que a Empresas Sura trabalhará no desenvolvimento de uma comunidade de empresários para fortalecer as relações comerciais, facilitar as oportunidades com fornecedores e fomentar alianças para desenvolver mercados.
Além disso, Thomas diz ter um formulário no site da Empresas Sura "para os empresários se conectarem com o nosso time e participar dessa comunidade de aliados para compartilhar conhecimento e gerar capacidades aos empreendedores".
Com a iniciativa, Batt explica que a Empresas Sura apoia um setor fundamental da economia, que são as MPMEs – responsáveis por mais de 90% do tecido empresarial e as maiores geradoras de emprego no País. "A iniciativa é uma das maneiras da Seguros Sura agregar valor à sociedade ao entregar conhecimento a esses empresários, sendo clientes ou não da seguradora, ajudando-os na gestão de riscos estratégicos de seus negócios", complementa Maria Elvira Fioratti, líder da iniciativa no Brasil.
"Neste momento, percebemos que os empresários estão precisando de orientações sobre como enfrentar a crise e se manter competitivo diante das grandes transformações do mundo e a Empresas Sura potencializa a nossa força para apoiá-los nessa nova jornada". Maria Elvira reforça que a iniciativa foi desenvolvida com base nas tendências do mundo digital e por isso hoje tem "o formato ideal para ajudar a construir os novos modelos de negócios adaptados às demandas do futuro".
.
Dia do Corretor – A Associação das Empresas de Assessoria e Consultoria de Seguros do Estado do Rio de Janeiro (Aconseg-RJ), por meio de suas 18 associadas, parabeniza aos corretores pelo Dia do Corretor de Seguros, a ser comemorado em 12 de outubro.
Joffre Nolasco, presidente da instituição, avalia como central o papel do corretor nas ações que busquem o desenvolvimento do setor. Além disso, reconhece o papel do profissional na manutenção e sustentabilidade dos serviços de colocação de riscos nas seguradoras garantidoras.
"Continuaremos, por meio da Aconseg-RJ, a auxiliar na transformação que o bom trabalho exercido pelas assessorias provoca no cotidiano dos corretores. A união entre iniciativa e entusiasmo dos profissionais de corretagem e a visão holística dos negócios, que é característica das assessorias, são fruto de orgulho e de sustentação por anos a fio", avalia Joffre.
Uma das principais ações voltadas diretamente ao corretor de seguros é a Universidade Aconseg. Ela foi criada a partir de uma parceria e seu intuito é apoiar a formação continuada de corretores e outros profissionais do setor de seguros a partir de preços acessíveis e educação de qualidade. O projeto disponibiliza cursos online, com temas relacionados ao setor.
Luiz Philipe Baeta, reitor da Universidade Aconseg e atual 1º tesoureiro da Aconseg-RJ, indica a importância da iniciativa para a atualização daqueles que atuam com seguros.
"Muitas corretoras já utilizam os conhecimentos adquiridos nos cursos da Universidade Aconseg para potencializar seus negócios e treinar funcionários, por meio de baixo custo e modelos de treinamento atuais e personalizados. Neste formato, são fortalecidas as trocas de experiências entre seguradoras, assessorias, corretoras e vendedores de seguros", pontua Baeta.