As negociações entre os Emirados Árabes Unidos e o Mercosul por um acordo de livre comércio estão em andamento, de acordo com informações do Ministério das Relações Exteriores enviadas à reportagem da ANBA. Na reunião de chanceleres do bloco, que ocorreu em Montevidéu, no Uruguai, na última segunda-feira, a negociação com o país árabe foi abordada “no quadro mais amplo da agenda extrarregional do Mercosul”, segundo o MRE.
“Na perspectiva brasileira, as negociações com os Emirados, que ocorrem com boa frequência desde que foram lançadas em abril, têm avançado de forma satisfatória entre os negociadores de ambos os lados”, informou a pasta, no entanto. No último mês de julho, os países do Mercosul e os Emirados acordaram os termos de referência do acordo, em reunião antes da Cúpula do Mercosul em Assunção, no Paraguai.
Na época, o governo brasileiro informou que foi realizada a primeira rodada de discussões e abordado o conteúdo que pode vir a ser o acordo, além de ter sido acertado que o tratado incluirá, entre outros temas, bens, serviços, regras de origem, barreiras técnicas, medidas fitossanitárias e sanitárias, além de propriedade intelectual. Há expectativa de que ele seja assinado no final do ano, na reunião do G20, no Rio.
Sobre o encontro de chanceleres, o MRE divulgou na sua conta na rede social Blue Sky que a Presidência pro tempore do Uruguai apresentou as prioridades para o semestre, incluindo propostas para fortalecer o bloco como plataforma efetiva de inserção internacional, e que foram discutidas ações para a promoção do comércio sustentável, bem como as negociações do Mercosul com parceiros extrarregionais. O ministério disse que foi a primeira reunião ministerial do bloco com a presença da Bolívia como novo Estado-parte. O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, participou.
Agência de Notícias Brasil-Árabe
Leia também:
Brasil e China celebram Festival da Primavera, o Ano Novo chinês
Espetáculo com dança, canções, ópera, malabarismo e acrobacias marcou comemoração do Festival da Primavera no Rio de Janeiro.
Trump assina tarifaço para importações de aço
País é o principal destino das exportações do produto brasileiro
O novo governo Trump e a guerra tarifária
Segundo Marcelo Calliari, os países estão diante de um novo cenário onde a política comercial vai ser usada como um instrumento de política externa.
Farelo de soja: política 45Z nos EUA aumenta oferta global e pressiona estratégias de compra
Mudança na política de biocombustíveis favorece esmagamento de soja nos EUA, enquanto seca severa na Argentina ameaça o abastecimento global
Número global de refugiados daria o 10º país mais populoso do mundo
Acnur contabilizou intensificação dos conflitos em 2024; segundo MSF, congelamento da ajuda externa dos EUA resultará em desastre humanitário
EUA: déficit comercial aumenta antes de ameaças tarifárias
Déficit de bens e serviços foi de US$ 98,4 bi em dezembro, alta de US$ 19,5 bi, ou 24,7% em relação a novembro