As seguradoras fecharam 2023 com alta de 9,5% no faturamento em relação a 2022, o que representa R$ 16,3 bilhões a mais em prêmios emitidos, totalizando R$ 188,4 bilhões. É o maior volume registrado pela série histórica e representa alta de 117% em relação ao apurado em 2014, primeiro ano do levantamento. Os destaques ficam por conta dos segmentos Vida, que teve a participação mais expressiva na arrecadação com R$ 4,8 bilhões a mais; e Crédito e Garantia, com a maior variação nominal: +17,3%.
As informações, divulgadas hoje (15/03), fazem parte da 39ª edição do Boletim IRB+Mercado, que considera a última atualização da base de dados da Susep, órgão que regula o setor, em 04/03. A análise mostra avanço, ano a ano, do mercado de seguros, ainda que a expansão registrada em 2023 indique desaceleração ante os 21,3% verificados em 2022, e os 14,6%, em 2021. Em relação ao lucro líquido das seguradoras, a variação positiva na base anual é de 64,5%, totalizando R$ 37,4 bilhões.
O relatório mensal, elaborado pela plataforma IRB+Inteligência, aponta também que o repasse de prêmios das seguradoras para as resseguradoras alcançou a marca de R$ 25,2 bilhões no ano passado. O valor é 8,9% superior ao registrado um ano antes. Já a sinistralidade geral registrou queda de 7,9 pontos percentuais (p.p.), fechando em 41,5%. A recuperação foi impulsionada, principalmente, pela queda no índice de sinistros dos segmentos Rural (-57,6 p.p.) e Automóvel (-11,5 p.p.).
Vida tem 33,4% do mercado
O segmento Vida segue na liderança do mercado com 33,4% dos prêmios emitidos no ano passado. Em 2023, foram arrecadados R$62,9 bilhões, alta de 8,3%. A sinistralidade fechou em 29,6%, recuou 1,5 p.p. ante 2022. Automóvel, que responde por 29,7% do mercado, faturou R$ 55,9 bilhões, registrando variação positiva de 9,1%. Já a sinistralidade de 58% é 11,5 p.p. menor que a verificada um ano antes.
Em 2023, Corporativo de Danos e Responsabilidades, que representa 18,2% dos prêmios emitidos, ampliou em 11,5% o faturamento: R$ 34,3 bilhões. A sinistralidade do segmento ficou praticamente estável em 37,1%. Já Individual contra Danos cresceu 13,9% na comparação anual, chegando a R$ 14,9 bilhões. O segmento responde por 7,9% do mercado, e fechou o ano com sinistralidade de 35,4%, 1,6 p.p. abaixo da apurada em 2022.
Rural, que terminou 2023 com 7,4% do mercado, avançou 3,7% no ano passado e fechou com R$ 14 bilhões em arrecadação. A sinistralidade registrada foi a menor desde o início da série histórica, em 2014: 34,6%. Menor segmento (3,4% do faturamento total), Crédito e Garantia registrou a maior variação positiva e fechou o ano passado com R$ 6,5 bilhões em prêmios emitidos. A sinistralidade foi a única a subir e chegou a 47,2%, alta de 8,7 p.p.