Redes sociais: 67% reduziram uso em busca de bem-estar

Quase metade percebeu melhora na saúde mental e mais tempo para lazer; consumidores gostam de propaganda nas redes sociais, desde que não pareça

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Smartphone (Foto: Marcello Casal Jr./ABr)
Smartphone (Foto: Marcello Casal Jr./ABr)

Pesquisa recente da Pluxee revela uma tendência crescente entre os brasileiros: a desconexão intencional das redes sociais. O estudo, que ouviu mais de 2.900 consumidores, aponta que 67% dos respondentes já reduziram o tempo de uso ou desativaram suas contas – motivados principalmente pela percepção de perda de tempo (68,6%) e pela sensação de ansiedade e estresse provocada pelo conteúdo online (20,8%). Essa mudança de comportamento tem sido especialmente adotada por pessoas entre 35 e 44 anos – faixa etária que representa a maior parte da amostra (32%) -, seguidas por adultos de 25 a 34 anos e de 45 a 54 anos, ambos com 24%. O uso mais consciente das plataformas reflete uma valorização crescente do bem-estar e da saúde psicológica: 43% dos participantes relatam que passaram a ter mais tempo para hobbies e lazer, enquanto 37% afirmam melhora na saúde mental e emocional após a redução do uso das redes.

Os dados também destacam que essa desconexão não significa um isolamento, mas sim uma busca por reconexões reais. Após reduzirem o tempo nas redes sociais, os participantes passaram a investir mais em atividades offline, como a prática de exercícios físicos (46,6%), passeios e viagens curtas (30,8%) e encontros com amigos (23,4%). Esses novos hábitos representam uma oportunidade para que as empresas repensem seus pacotes de benefícios, oferecendo soluções alinhadas ao estilo de vida que as pessoas estão buscando: com mais qualidade de vida, bem-estar e experiências presenciais.

A análise revela que a desconexão das redes sociais não é apenas uma tendência passageira, mas sim um comportamento que está se consolidando entre os brasileiros. Com 82% dos respondentes passando no máximo duas horas por dia nas redes sociais, e mais da metade (56%) limitando esse tempo a até uma hora, fica evidente a busca por equilíbrio entre o mundo digital e o mundo real. Redes como Facebook, Instagram e TikTok são as mais citadas entre as que vêm sendo reduzidas ou desativadas, indicando uma mudança de prioridades rumo a atividades offline mais significativas.

Mais da metade dos participantes (56%) pretende reduzir ainda mais o tempo de uso ou até deixar as redes sociais no futuro.

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Já levantamento da Rakuten Advertising apontou que 84% dos entrevistados deixam de acompanhar um influenciador assim que percebem falta de criatividade. Ou seja, quando aquele conteúdo parece ser uma propaganda.

A pesquisa, realizada em seis países, mostra que esses três critérios são fundamentais para decidir quem seguir nas redes sociais e com quem engajar. Entre os países analisados, o Brasil se destaca com 64% dos usuários de mídias sociais valorizando a originalidade dos criadores de conteúdo e 60% dando grande importância à sinceridade sobre as relações comerciais com marcas. Em outros mercados, como Alemanha e Reino Unido, esses índices também são elevados, chegando a 64% para autenticidade e até 61% para clareza.

A pesquisa ainda mostra que influenciadores que mantêm uma postura autêntica e deixam claro quando há parcerias comerciais tendem a gerar maior engajamento e lealdade de seus seguidores, tornando seus endossos mais eficazes e impactantes.

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