O primeiro vírus que infectou computadores – o Brain (cérebro em inglês) – foi descoberto há 25 anos, em fevereiro de 1986. Foi criado pelos irmãos paquistaneses Amjad Farooq Alvi e Basit Farooq Alvi, que colocaram no código do programa os contatos para serem encontrados. Hoje, são prósperos empresários: possuem um provedor de internet bem sucedido no país, chamado Brain Telecommunication.
A seco
A tentativa de invasão da Líbia é uma evolução na tática das grandes potências na região. Desta vez não será preciso nem inventar armas de destruição em massa.
Lado de lá
A ação das potências ocidentais na Líbia não tem nenhuma relação com direitos humanos, a presença de um ditador sem legitimidade no poder, ou ainda a de bombardeios contra civis. Tudo isto acontece no Afeganistão, perpetrado exatamente pelos “paladinos” que se apiedaram do povo líbio: os EUA e a Otan.
Sabor do vento
A França de Sarkozy, que resolveu falar grosso com Kadafi, não se furtava em participar, até há poucos dias, do programa de reatores nucleares da Líbia (projeto da francesa Areva) ou da exploração de petróleo, com a Total.
Refis na web
O Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis (Sescon-RJ) realiza via web, no próximo dia 15, a palestra “Consolidação dos débitos do novo Refis”. Leis, opções de parcelamento e instruções normativas serão alguns dos temas abordados. Os interessados devem se inscrever no site www.sescon-rj.org.br
Manual prático
A Fitch Ratings publicou a tradução para o português do guia para investidores sobre processos de investimento em gestão de recursos, “antecipando-se à necessidade de processos de investimento e controles mais fortes nos países latino-americanos, dada a incerteza econômica prevalecente e a recente volatilidade do mercado”. Se o guia incorporar uma autocrítica à participação da agência na crise de 2008, pode ser útil. Quem quiser conferir pode consegui-lo em www. fitchratings.com.br
Rei morto, rei posto
Aberto em 1953 e fechado no final do ano passado, o tradicional Hotel Ca”d”Oro, na Rua Augusta, não resistiu à decadência do Centro velho de São Paulo e ficará apenas na memória e nas fotografias. O Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico autorizou a demolição do prédio de 15 andares. A Brookfield Incorporações planeja erguer no local uma torre de 28 andares, com 549 salas comerciais e 143 flats.
Opções
Um bom exemplo da marcha batida do Brasil para uma nova República Velha vem do minério de ferro. Um dos principais pilares do saldo que ainda persiste na balança comercial, apesar do real valorizado, sua exportação rendeu cerca de US$ 28 bilhões ao país, em 2010. O principal mercado exportador foi a China que pagou, em média, US$ 130 para importar ferro bruto. O mesmo Brasil que prioriza a exportação de matéria-prima publicou recentemente edital internacional para comprar 244,6 mil toneladas de trilhos, ao preço médio de US$ 864 a tonelada, quase sete vezes o valor do minério bruto embarcado. O principal vendedor? Basicamente, a China, que deixará alguns nacos para países da Europa Oriental.
Descarrilhamento nacional
Segundo especialistas, para viabilizar economicamente a fabricação própria, um país precisa ter demanda de 500 mil toneladas de trilhos por ano. Ano passado, o Brasil consumiu 496 mil toneladas. A demanda, porém, deve dar um salto exponencial, caso o Plano Nacional de Logística e Transportes (PNLT) saia do papel. A expansão prevista de 20 mil km de malha até 2025 representaria o maior investimento ferroviário do país nos últimos 40 anos. A prevalecer o modelo atual, de priorizar a exportação de commodities e a importação de mercadorias de maior valor agregado, o Brasil estará condenado, não apenas a ser o chão da fábrica da China, como a ser um dos vagões da locomotiva do gigante asiático rumo ao papel de potência.