Sem Venezuela, Roraima teve apagão nesta 5ª

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Geradores vão reforçar abastecimento de água no Amapá
Geradores vão reforçar abastecimento de água no Amapá

Todos os municípios de Roraima ficaram sem energia nesta quinta-feira. De acordo com a empresa responsável pelo serviço no estado, a Roraima Energia, a queda ocorreu a partir das 11h20, “afetando todo o estado”. Segundo a empresa, até as 16h, o fornecimento de energia ainda não havia voltado à normalidade.

Desde a privatização em 2018, quando deixou de pertencer à Eletrobras, a empresa é controlada pelo Consórcio Oliveira Energia e passou a se chamar Roraima Energia. Contatada pela Agência Brasil, a empresa disse que “até o momento não tinha informação sobre o motivo da queda”, mas que “o problema ocorreu na geradora de energia”.

Por não estar conectado ao Sistema Interligado Nacional (SIN), o estado de Roraima tem sua energia gerada quase na totalidade por usinas térmicas locais. Até março de 2019, a energia era parcialmente fornecida pela Venezuela, o que compensava eventuais problemas locais de geração.

Atualmente, a maior parte da energia no estado é gerada por termelétricas da própria Roraima Energia.

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Alto consumo

Em 2023, o Brasil consumiu 69.363 megawatts médios de energia elétrica, 3,7% a mais do que em 2022, segundo estudo da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). As ondas de calor que atravessaram o país no segundo semestre e o bom desempenho de alguns setores da economia foram os principais fatores para o aumento.

No mercado regulado, em que os consumidores compram sua energia diretamente das distribuidoras, a alta foi de 2,5%. O uso mais intenso de eletrodomésticos como ventiladores e ar-condicionado alavancou a demanda, especialmente nos últimos meses do ano, quando as temperaturas bateram recorde em boa parte do país. A migração de consumidores para o ambiente livre também impactou os resultados.

Por sua vez, o mercado livre, no qual é possível escolher o fornecedor de energia e negociar condições de contrato, o consumo avançou 5,9% no comparativo anual. O crescimento reflete uma combinação da maior atividade em alguns setores produtivos, a chegada de novos entrantes no segmento e o impacto do calor em ramos como Comércio e Serviços, que também usaram mais os equipamentos de refrigeração.

Para Alexandre Ramos, presidente do Conselho de Administração da CCEE: “os dados de 2023 mostram um expressivo crescimento no consumo brasileiro em relação a 2022, o aumento da geração de energia renovável no país, além de uma ampliação do mercado livre de energia.

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