Semana em Revista – Agência CMA

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Na semana que passou – Na quarta-feira o Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA), manteve os juros referenciais do país entre 0,25% e 0,50%. A decisão não surpreendeu os investidores, que descartaram a possibilidade de aumento nas taxas após os dados de maio sobre o mercado de trabalho norte-americano mostrarem uma situação muito mais fraca do que a prevista. A instituição, no entanto, fez alterações importantes em suas previsões para a economia e a política monetária.
A mudança mais significativa diz respeito à trajetória que os membros do Fed consideram adequada para a taxa de juros dos EUA. A projeção para este ano foi mantida em 0,9% – o que corresponderia a dois aumentos até dezembro se a instituição elevar os juros em 0,25 ponto percentual por vez. Para os anos seguintes, porém, houve redução nas estimativas, sugerindo que o aperto monetário no país deve acontecer de forma mais lenta.
A previsão do Fed para a taxa de juros ideal ao fim de 2017 caiu para 1,6%, enquanto para 2018 houve declínio para 2,4%. Antes, as projeções eram respectivamente de 1,9% e 3,0%. Se a magnitude da alta dos juros for mantida constante, isso significaria cerca de um aumento de juros a menos em cada ano.
O Fed também fez leves reduções nas estimativas para o crescimento dos EUA e passou a prever um declínio mais lento na taxa de desemprego entre este ano e 2018, sugerindo que a instituição está menos segura de que o país conseguirá atravessar com segurança o período de fraqueza na economia mundial.
Os investidores devem ficar atentos aos próximos passos do Banco Central norte-americano, pois uma eventual confirmação de que os juros ficarão baixos por mais tempo nos EUA pode levar a uma retomada da busca por retorno em ativos de maior risco – o que seria benéfico a países emergentes, como o Brasil.

Destaques –

Nesta semana – No exterior, o destaque serão as audiências da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, com senadores e deputados dos EUA, na terça e na quarta-feira.
No Brasil, os olhos seguem voltados para o Congresso.
No Senado, a comissão que discute o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff continuará colhendo depoimentos de testemunhas, entre elas a ex-ministra do Planejamento, Miriam Belchior.
Na Câmara, a semana será mais curta por causa das festas juninas no Nordeste e a pauta está trancada por uma Medida Provisória que aumenta a participação que estrangeiros podem deter em empresas aéreas nacionais de 20% para 49%. A votação do texto pode acontecer na segunda ou na terça-feira.
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Agência CMA

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