Senado pode votar na quarta projeto que amplia número de deputados federais

Casa pode ganhar mais 18 cadeiras; reação da Câmara veio após determinação do STF que alertou sobre a necessidade de atualizar a distribuição de vagas por estado

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Congresso Nacional (Foto: Marcello Casal Jr./ABr)
Congresso Nacional (Foto: Marcello Casal Jr./ABr)

O Projeto de Lei Complementar que amplia de 513 para 531 o número de cadeiras na Câmara dos Deputados (PLP 177/2023) é um dos cinco itens pautados para a sessão deliberativa de quarta-feira. A matéria, da deputada Dani Cunha (União-RJ), é relatada pelo senador Marcelo Castro (MDB-PI), mas o parecer ainda não foi divulgado. A sessão começa às 14h.

O PLP 177/2023 entrou na pauta do Senado após aprovação, na semana passada, do requerimento para análise em regime de urgência. O projeto, aprovado na Câmara dos Deputados no início de maio, aumenta o número de vagas na Casa em razão do crescimento populacional de alguns estados. O texto mantém o tamanho das bancadas que perderiam representantes.

O relator da matéria na Câmara, deputado Damião Feliciano (União-PB), argumentou em seu voto que, se adotado o cálculo diretamente proporcional previsto na Constituição, alguns estados acabariam tendo suas bancadas reduzidas, o que acarretaria perda de recursos e prejuízo à população. A Carta Magna ainda estabelece que nenhuma unidade da Federação pode ter menos de oito representantes e que o estado mais populoso (São Paulo, atualmente) deverá ter, no máximo, 70 cadeiras.

Pelo texto aprovado pelos deputados, nenhum estado vai perder deputados, e nove deles ganharão entre uma e quatro cadeiras: Amazonas: mais dois deputados; Ceará: mais um deputado; Goiás: mais um deputado; Minas Gerais: mais um deputado; Mato Grosso: mais dois deputados; Pará: mais quatro deputados; Paraná: mais um deputado; Rio Grande do Norte: mais dois deputados; Santa Catarina: mais quatro deputados

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A reação da Câmara veio após determinação do Supremo Tribunal Federal que, em 2023, alertou a Casa sobre a necessidade de atualizar a distribuição de vagas por estado, de forma que sejam proporcionais à população de cada um. Essa atualização não é feita desde 1994, quando foi considerado o Censo de 1985.

O prazo concedido pelo STF acaba em 30 de junho, por isso o Congresso tenta acelerar a análise. Segundo o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, a inclusão desse item na pauta do Plenário do Senado atende a um pedido do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta.

Agência Senado

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