Serviços crescem mais que esperado e puxam PIB para cima

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Salão de beleza (Foto: divulgação)
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A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) avançou fortemente em março, a despeito do recrudescimento da pandemia. Para a Ativa Investimentos, apesar da base de referência estar muito deprimida, algo que deve ser levado em conta, a mediana das expectativas estava em 2,3%, comparado ao mesmo mês do ano passado, e o resultado efetivo foi 4,5%.

A projeção da Ativa Investimentos estava mais pessimista esse mês, com projeção de -2,7%. Com o resultado a corretora elevou a perspectiva para o setor no trimestre e consequentemente para o PIB do período e do ano.

“Esperávamos que o PIB 1T21 exibisse variação de 0,0%, comparado ao primeiro trimestre do ano passado, mas ao incorporarmos o resultado atual, a projeção passou para 0,3%”, diz Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos.

Sobre as aberturas, o economista ressalta que além do protagonismo pontual de algum setor, notou-se uma elevação difundida entre os demais setores de serviços, o que torna o resulta ainda mais positivo. Com isso, o PIB de 2021 projetado pela Ativa, que recentemente subiu de 2,7% para 2,9%, passa agora para 3,1%.

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Já para Felipe Sichel, estrategista-chefe do Banco Digital Modalmais, lembra que o PIB do primeiro trimestre de 2020 será divulgado pelo IBGE no dia 1º de junho. Números divergentes sobre a atividade econômica ampliam a discussão sobre seu valor. Os modelos variam amplamente, com projeções indicando de queda até um forte crescimento.

“Entre os diversos modelos estimados, a maior queda indicaria uma variação de -1,6%. Já o maior crescimento seria de 2,2% para o primeiro trimestre de 2020, Vale ressaltar que cada um dos modelos tem um bom fit para determinadas épocas. Aqueles que projetam uma variação negativa dão um peso maior para a indústria e vão de acordo com a leitura da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), que variou negativamente no primeiro trimestre do ano (-0,41% em relação ao trimestre anterior).”

Por outro lado, a projeção mais forte está baseada nos dados do IBC-Br.

“Este indicador registrou um crescimento de 2,3% no primeiro trimestre e estaria associado a um crescimento de 2,2% do PIB. Destaca-se que o indicador projeta uma sólida recuperação da economia e teve dois ajustes para cima em sua leitura para os meses de janeiro e fevereiro.”

A leitura da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) vai em linha com o IBC-Br, registrando um crescimento de 2,79% no trimestre. Já a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) revela variações negativas no comércio varejista de 4,28% e 3,89% para os índices de volume de vendas nos conceitos restrito e ampliado, respectivamente.

“Tendo em mãos os valores trimestrais da PMS e da PIM, projetamos o PIB Industrial em -0,3% e o PIB de Serviços em 1%. Estes valores se juntam à nossa projeção de 0,8% para o PIB da Agropecuária. Nota-se evidentemente que os diferentes setores da economia tiveram leituras divergentes no primeiro trimestre a partir das pesquisas mensais do IBGE. Os modelos que ponderam os crescimentos da indústria, dos serviços e do comércio estão associados a uma alta mais contida do PIB, entre 0,4% e 1%. Assim, ante o desafio inerente na projeção deste período, nossa melhor estimativa encontra-se justamente no meio dos modelos que refletem os indicadores de atividade, mostrando avanço de 0,7% do PIB no primeiro trimestre de 2021. Com isso, projetamos o crescimento do PIB de 2021 em 4,1%.”

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