Serviços cresceram 0,9% em maio, mas varejo teve queda de 4,2% em junho

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Shopping vazio (Foto: ABr/arquivo)
Shopping vazio (Foto: ABr/arquivo)

O setor de serviços apresentou crescimento de 0,9% em maio, na comparação com abril. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em abril, o resultado tinha sido uma queda de 1,5%.

No ano, o setor, que reúne atividades como comércio varejista, transporte, imobiliárias, turismo e alimentação, apresenta alta de 4,8%. Em 12 meses, o saldo positivo é de 6,4%. Apesar da retomada em maio, o segmento está 2% abaixo do ponto mais alto da série histórica do IBGE, alcançado em dezembro de 2022.

O setor de transportes, com alta de 2,2%, foi o que mais ajudou a puxar para cima o resultado mensal.

Esse desempenho foi um reflexo da atividade agropecuária, que tem se mostrado um dos principais motores da economia brasileira.

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Outro fator que deu força ao segmento de transportes foi um legado iniciado durante a pandemia: o uso da internet para fazer compras, que movimenta serviços de frete.

A força do agronegócio ficou ressaltada também na análise por regiões. O estado do Mato Grosso teve expansão de 22,5% no setor de serviços em maio.

Depois de transportes, o segmento que mais influenciou a alta no país foi o de serviços prestados às famílias, que cresceu 1,1% em maio. Também positivo, porém com menor peso no índice geral, o ramo de atividades turísticas se expandiu 4% em maio. É o segundo resultado positivo consecutivo. O setor está 5,6% acima do patamar de fevereiro de 2020, antes de começar a pandemia.

Para se ter uma ideia da importância do setor de serviços para a economia – com geração de emprego e renda – o último levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego e que faz uma radiografia do mercado de trabalho formal – aponta que, do saldo positivo de 865.365 vagas com carteira assinada criadas entre janeiro e maio deste ano, 521.540 estão no setor de serviços.

Já de acordo com a sexta edição do Índice de Atividade Econômica Stone Varejo, divulgado também hoje pela Stone, em parceria com o Instituto Propague, apesar de o primeiro semestre de 2023 registrar queda de 3,4%, em comparação com o mesmo período de 2022, os dados mais recentes apontam para uma estabilização do cenário. Em junho, embora o varejo tenha registrado uma redução de 4,2% do volume de vendas na comparação anual, o comparativo mensal sazonalmente ajustado apresentou queda de apenas 0,1%, o que indica estabilidade.

Segundo o levantamento, nos resultados registrados no sexto mês do ano, todos os setores investigados apresentaram queda no volume de vendas: hipermercados e supermercados (14,5%), tecidos, vestuários e calçados (3,9%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,4%), material de construção (2,2%), móveis e eletrodomésticos (1,9%), artigos farmacêuticos (1,8%) e livros, jornais, revistas e papelaria (0,6%).

Cinco estados registraram alta na comparação ano contra ano: Rondônia (9,8%), Santa Catarina (4,9%), Acre (2,8%), Espírito Santo (1,2%) e Mato Grosso do Sul (0,8%). O índice reportou queda significativa nas economias de todas as regiões do País. Nas regiões Norte e Nordeste, os estados mais afetados foram Ceará (11,4%), Tocantins (8,2%), Roraima (7,2%) e Rio Grande do Norte (6,9%). No Centro-Oeste, Sudeste e Sul, a maior queda foi no estado do Goiás (9,5%), Mato Grosso (4,3%), Rio de Janeiro (3,1%) e Rio Grande do Sul (3,0%).

 

Com informações da Agência Brasil

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