O Produto Interno Bruto do país cresceu 1,2% no primeiro trimestre de 2021, na comparação com os três meses imediatamente anteriores, segundo divulgou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O PIB totalizou R$ 2,048 trilhões. A economia brasileira iniciou o ano em expansão, mas com desaceleração no ritmo de recuperação, após avanço de 3,2% no quarto trimestre de 2020.
O resultado do PIB do primeiro com avanço de 1,2%, comparado ao 1T20, divulgado pelo IBGE, surpreendeu explica Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos, que esperava alta de 0,5% e a mediana do mercado era de 0,9%.
“Dentro da nossa projeção a principal surpresa foi em serviços, com destaque especial para transportes, que não chegou a recuar na margem e avançou 3,6% QoQ. Naturalmente essa surpresa já encomenda um viés altista para recém alterada projeção de 3,5% do PIB para esse ano. Vale pontuar que a ‘insensibilidade’ às restrições de mobilidade nesse trimestre removem marginalmente o otimismo com relação a recuperação no segundo semestre, mas nada que seja suficiente para reverter a grande surpresa observada”, explica.
Sanchez avalia, preliminarmente, que o PIB do ano deverá ser revisto muito em breve para algo ao redor de 4,0%. Consequentemente, a inflação também deverá ser revisada, a partir do atual patamar (de 3,4% para 2022), além da projeção da Selic.
Já para a economista e professora do Coppead/UFRJ, Margarida Gutierrez, “o resultado foi muito acima do esperado. Mostra uma recuperação baseada nos gastos privados, o que é muito bom. No primeiro trimestre de 2021, não houve estímulos fiscais e alguns analistas diziam que teríamos uma brutal queda do PIB. Isso não aconteceu, mas é óbvio que tinha que ser um crescimento menor que o do quarto trimestre de 2020, pois ali os estímulos fiscais e monetários foram enormes. A economia em 2020 foi movida a estímulos fiscais e monetários. O resultado do primeiro trimestre eleva as projeções para o PIB de 2021 para algo em torno de 5% e não mais 3,5%. Se o ritmo de vacinação avançar, pode dar mais.”
De acordo com Paulo Skaf, presidente da Federação (Fiesp) e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), diz esperar “continuidade do processo de crescimento, com fechamento da variação do PIB no ano de 2021 em 5,7%. Surpresas positivas, como por exemplo a aceleração do processo de vacinação, melhoria no desempenho das exportações e na confiança do consumidor, poderão elevar o crescimento do ano a 6%.”
Já o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o resultado aponta para um crescimento forte da economia este ano.
“A economia veio forte. Quero manifestar que a economia cresceu no trimestre 1,2% na margem e 1% em relação ao primeiro trimestre do ano passado, só no trimestre. O que sinaliza um crescimento bastante forte da economia esse ano”, afirmou Paulo Guedes, durante audiência pública na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados para tratar de cortes orçamentários das universidades públicas.”
Com informações da Agência Brasil
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