Serviços residenciais lideram uso em consórcios de serviços

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O levantamento concluído em fevereiro pela assessoria econômica da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac) junto às administradoras que atuam no setor de serviços, mostrou que o uso dos créditos concedidos a consorciados contemplados registrou liderança dos serviços eesidenciais com 41,8%, com destaque para as pequenas reformas.
Na análise, o setor de saúde e estética, formado na maioria por consorciados que utilizaram os valores de suas contemplações em cirurgias, ficou em segundo lugar com 29,9%. A seguir vieram festas e eventos com 13%, serviços odontológicos com 4,4%, turismo com 3,6%, serviços oftalmológicos com 2,7%, serviços educacionais com 2,2% e outros com 2,4%.
Na consulta anterior, realizada em outubro de 2015, a preferência também era para os residenciais com 32,6%. O crescimento de 10,3 pontos porcentuais no intervalo de quatro meses sinalizou o planejamento como razão de os consorciados objetivarem a realização de manutenção e/ou pequenas reformas de seus imóveis da forma mais econômica, com custos mais baixos.
Em saúde e estética, segunda colocada, observou-se estabilidade com viés de alta. A presença este ano de 29,9%, com predominância de cirurgias bariátricas e partos, foi pouco superior à passada que atingiu 29,8%.
Na terceira posição, o setor de festas e eventos apresentou crescimento de 121,7%, saltando de 6% em outubro de 2015 para 13% no atual. O aumento pode ser considerado como comprovação de que eventos festivos importantes como formaturas, aniversários, comemorações de 15 anos, casamentos, entre outros, são passíveis de programação com custeio por meio de créditos de consórcios.
Já no item outros, os créditos, ao longo de sua história de pouco mais de sete anos, foram destinados para serviços variados como advocatícios, assessoria financeira, aulas particulares, criação de identificação visual em comunicação, corte e dobra de chapas, curso de autoescola, desenvolvimento de sistemas, estofamento, fotografia, informática, locação de veículos, mecânica, mudanças, pintura de veículo, segurança, telecomunicações, treinamento, terraplanagem, aração de solo etc.
Com características próprias, como custos menores e livre escolha do prestador de serviço, seja empresa constituída seja profissional liberal ou técnico, o consórcio de serviços é um mecanismo de autofinanciamento que tem levado muitos consumidores a optar pela realização de objetivos pessoais, familiares ou empresariais.
De acordo com a assessoria econômica da Abac, notou-se também a maior presença de homens com 56,8%, enquanto as mulheres atingiram 40,6%, além de 2,6% de pessoas jurídicas entre os mais de 34 mil consorciados participantes.
Em outra pesquisa, feita pela Quorum Brasil a pedido da Abac, revelou-se que, do total de participantes ativos dos consórcios de serviços consultados, 57% estão entre os 30 e 49 anos, sendo que 65% são casados e 45% têm filhos menores de 19 anos.
Para reforçar o conceito de planejamento, uma das características do Sistema de Consórcios, ao responder à questão “Planejou a compra do consórcio?”, na média setorial 69% dos consultados afirmaram que sim. Ao detalhar por setor, a variação positiva foi de 57% nos consórcios de serviços.
Para o presidente executivo da Abac, Paulo Roberto Rossi, “com o passar dos anos, os consumidores, ao conhecerem cada vez mais as peculiaridades, vantagens e ampla liberdade e flexibilidade para utilização dos créditos após a contemplação, têm procurado gradativamente aderir ao Sistema de Consórcios para solucionar várias situações ou necessidades”.
Do levantamento feito com administradoras associadas que atuam nesse setor, verificou-se ainda que, nas novas cotas comercializadas dos grupos constituídos, o prazo médio esteve em 43 meses, com crédito médio de R$ 6.300, variando de R$ 5 mil a R$ 50 mil. A taxa média de administração foi de 0,484% ao mês, praticada nos últimos meses.
O Sistema de Consórcios fechou o primeiro mês do ano enfrentando a continuidade do cenário de crise econômica do país. As vendas de novas cotas cresceram 1,3%, subindo de 199 mil (janeiro de 2015) para 201,5 mil (janeiro de 2016), e o total de participantes também apresentou alta, 1,1%, ao atingir 7,18 milhões contra 7,10 milhões, nos mesmos meses.
As contemplações, momento em que os consorciados podem concretizar seus objetivos de adquirir veículos automotores, imóveis, eletroeletrônicos ou contratar serviços, apontaram estabilidade, ficando pouco acima das 118 mil.
O volume de créditos comercializados decorrentes da entrada de novos consorciados registrou crescimento de 9,7%, com R$ 7,66 bilhões em janeiro de 2016 sobre R$ 6,98 bilhões no mesmo período do ano passado. A relação evidenciou aumento de 8,3% na média dos tíquetes de todos os setores, que saltou de R$ 35,1 mil para R$ 38 mil.
Também nos créditos disponibilizados, houve alta de 2% ao chegar a R$ 3,53 bilhões (janeiro de 2016) sobre R$ 3,46 bilhões (janeiro de 2015).

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