O volume de serviços no país variou 0,3% em julho de 2025, sexto resultado positivo em sequência. Com isto, o setor acumula ganho de 2,4% desde fevereiro e renova, neste mês,o ponto mais alto de sua série. No ano, o setor acumula alta de 2,6%, e o acumulado em 12 meses (2,9%) reduziu o ritmo de crescimento frente ao observado em junho de 2025 (3%). Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada hoje pelo IBGE.
A alta no mês se deve ao crescimento de três das cinco atividades investigadas, com destaque para informação e comunicação, que expandiu 1%. Segundo o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, o crescimento se deveu “ao comportamento positivo nos dois principais segmentos do setor: tanto telecomunicações (0,7%) quanto os serviços de tecnologia da informação (1,2%) assinalaram taxas positivas neste mês. Dentro do último segmento, destaque para as empresas que atuam com “portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na internet”.
Entre os demais setores, destacam-se os avanços dos profissionais, administrativos e complementares (0,4%) e dos serviços prestados às famílias (0,3%). Em contrapartida, os transportes (-0,6%) exerceram a principal retração, seguidos pelos outros serviços (-0,2%).
“O revés do setor de transportes foi explicado pela menor receita apurada no transporte dutoviário e no transporte aéreo de passageiros. A queda do volume transporte aéreo em julho está relacionada tanto com o aumento dos preços das passagens, como também com a base de comparação mais elevada dos últimos meses, já que o transporte aéreo vinha de cinco meses seguidos de crescimento, com ganho acumulado de 22,1%. De maneira que a queda deste mês (-4%) elimina apenas uma pequena parte do avanço alcançado entre fevereiro e junho de 2025”, conclui Lobo.
O crescimento nacional foi acompanhado por 12 das 27 unidades da Federação, com os maiores impactos positivos vindo de São Paulo (1,7%), Paraná (1,7%), Mato Grosso do Sul (5,7%), Santa Catarina (0,9%) e Rondônia (10,9%).
No acumulado de janeiro a julho deste ano, o volume de serviços teve expansão de 2,6% em relação ao mesmo período de 2024. A maior contribuição positiva ficou com o ramo de informação e comunicação (6%), puxado pelo aumento das receitas das empresas que atuam nos segmentos de portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na internet; desenvolvimento e licenciamento de softwares; tratamentos de dados, provedores de serviços de aplicação e serviços de hospedagem na internet; consultoria em tecnologia da informação; e suporte técnico, manutenção e outros serviços em tecnologia da informação.
Os demais avanços vieram do setor de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (2,1%) e dos profissionais, administrativos e complementares (2,3%); e dos prestados às famílias (1,3%). Regionalmente, o crescimento do volume de serviços foi acompanhado por 19 das 27 UFs, com destaque para São Paulo (4,3%).
Atividades turísticas recuaram 0,7% no mês
Em julho de 2025, o índice de atividades turísticas recuou 0,7% frente ao mês imediatamente anterior, terceiro resultado negativo seguido, período em que acumulou uma perda de 2,3%. Com esse desempenho, o setor de turismo se encontra 10,3% acima do patamar de fevereiro de 2020 e 3% abaixo do ápice da sua série histórica, alcançado em dezembro de 2024. O gerente da pesquisa explica que a queda “está diretamente relacionada com o recuo do transporte aéreo neste mês”.
Regionalmente, 10 dos 17 locais pesquisados acompanharam este movimento de queda verificado na atividade turística nacional (-0,7%). A influência negativa mais relevante ficou com Rio de Janeiro (-2,5%), seguido por Bahia (-2,1%) e Amazonas (-5,9%). Em sentido oposto, São Paulo (0,6%) liderou os ganhos do turismo neste mês, seguido por Paraná (2%) e Minas Gerais (1,1%).
Na comparação de julho de 2025 contra julho de 2024, o índice de volume de atividades turísticas no Brasil apresentou expansão de 3,3%, 14º resultado positivo seguido, impulsionado, principalmente, pelo aumento na receita de empresas que atuam nos ramos de transporte aéreo de passageiros, serviços de bufê e serviços de reservas relacionados a hospedagens.
Das 17 UFs em que o indicador é investigado, 11 mostraram avanço nos serviços voltados ao turismo ante julho de 2024, com destaque para São Paulo (4,9%), seguido por Rio de Janeiro (4,7%) e Rio Grande do Sul (18,6%). Em contrapartida, Minas Gerais (-8,1%) exerceu o principal impacto negativo do mês.
Com informações da Agência de Notícias IBGE
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