A decisão do Governo do Estado do Rio de Janeiro de parcelar os vencimentos dos servidores ativos, inativos e pensionistas referentes ao mês de maio, pode desencadear uma greve geral unificada de todo o funcionalismo estadual.
O alerta foi feito pela secretária do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, Trabalho e Previdência Social do Estado do Rio de Janeiro (Sindsprev-RJ), Christiane Gerardo, para quem a crise sobre a qual o governo se refere é “seletiva e inexistente”.
“A crise alardeada pelo governador em exercício Francisco Dornelles, assim como já era na época de Luiz Fernando Pezão, é algo completamente seletivo. A gente ouve a todo instante eles lamen-tando a falta de dinheiro. Porém, não falta verba para reformas suntuosas no Palácio Guanabara (sede do governo do estado) e para isenções fiscais concedidas às empreiteiras. Ele (Dornelles) quer nos enrolar com medidas como essa de hoje, achando que isso significa algo. Está muito errado”, afirmou Christiane.
O governo estadual esclareceu que todos os servidores ativos, inativos e pensionistas receberiam, nesta terça-feira, R$ 1 mil mais 50% da diferença entre o valor líquido do vencimento e a parcela de R$ 1 mil. Com isso, o estado desembolsará R$ 1,1 bilhão, o correspondente a 70% da folha de pagamento de maio (R$ 1,568 bilhão).
Apenas os servidores ativos da Secretaria de Educação receberiam integralmente, pois são pagos com recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), que somente podem ser destinados aos servidores da ativa. O governo informou que está concentrando esforços para quitar a parcela restante ainda no fim de junho.