Sete em 10 já sentem o impacto negativo do isolamento em seus ganhos

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Pesquisa da Hibou conjunta com a Indico aponta que 88,4% dos brasileiros têm planos de diminuir a compra por impulso em tempos de pandemia e isolamento social. Tudo isso frente a nova realidade de trabalho e consumo de produtos e serviços, levando em consideração a facilidade de aquisição e a comodidade de recebê-los dentro de casa, em segurança, com seus familiares.

Segundo o levantamento, esses são hábitos que vieram para ficar e fazem parte do "novo normal" da rotina no país. Ou seja, com essa nova forma de convivência em sociedade, imposta pela Covid-19, incluindo desafios e dificuldades, a população está mais consciente em relação à sua sustentabilidade financeira. Mais de 3 mil pessoas foram ouvidas, entre os dias 17 e 18 de abril, o que mostra essa grande revolução que o consumo exagerado está sentindo e irá sentir após a pandemia.

A conta já aparece para a maioria dos brasileiros, em que 64,8% dos entrevistados já sentiram o impacto negativo do isolamento em seus ganhos financeiros. Outros 32,5%, permaneceram os mesmos ganhos. E, para uma minoria de 2,7%, os impactos desse novo momento foram muito positivos.

Mais da metade dos brasileiros, 53,7%, têm evitado qualquer tipo de compras desnecessárias, enquanto 34,7% têm medido melhor a necessidade de uma compra. Uma minoria (5,6%) está apenas aguardando para retomar seus hábitos de compra e, para outros 6,2%, nada mudou.

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Após o isolamento, 88,4% dos brasileiros pretendem comprar menos por impulso, pensando mais no que irão gastar. Isso vale também para marcas famosas e queridinhas dos consumidores, pois 72,2% dos entrevistados afirmam que estão menos dispostos a pagarem mais caro por um produto só por ser de uma marca famosa que gostam.

Em contrapartida, o consumo local ganha espaço na visão dos entrevistados e 61,5% deles estão mais dispostos do que antes a pagar um pouco mais caro por um produto que ajude a sua região ou cidade.

Para 31,9% dos brasileiros, até o dia 15 de março, o shopping era o local preferido para as compras. Agora, considerando o cenário pós-isolamento, ainda sem data definida, 40% das pessoas optam por uma nova rotina que misture um pouco de tudo e outros 31,2% querem valorizar mais o comércio de seus bairros. Para 17,7% a compra pelo digital será sua definitiva primeira opção.

O brasileiro acredita que as marcas têm importante papel nessa mudança, além de seus produtos e serviços, e espera delas atitudes. Terão mais valor as que são conscientes, de acordo com 95,9% dos entrevistados. As marcas precisam ter atitude consciente, olhando todas as suas redes de operação, apoio e consumo trazendo o melhor para a sociedade em que atuam. Uma boa parte, 74,62% dos que participaram da pesquisa, notaram alguma grande marca tomando atitudes relevantes neste momento de pandemia. As mais citadas foram: Ambev, Itaú, Magalu, Boticário, Ypê, Americanas, Seara, Natura e Bradesco.

Quase metade dos brasileiros (45,3%) diz pretender gastar menos com o carro depois do fim do isolamento. Já os gastos com viagem devem crescer para 29,1% dos entrevistados. Dos 15 segmentos analisados, o mercado Pet se mostra o menos afetado por cortes no futuro: apenas 10,7% pretendem reduzir seus gastos com bichinhos em relação a antes da pandemia.

O confinamento também mudou a importância das coisas na vida das pessoas. Manter a casa um espaço confortável e fazer viagens são os focos do investimento do brasileiro após a quarentena. As viagens ficaram em primeiro lugar, com 29,1% dos brasileiros afirmando que devem aumentar seus gastos nessa área, 39,1% revelaram que vão manter os gastos. Na área de entretenimento, 55% dos entrevistados descobriu na live uma forma de se divertir. Desse total, 57,6% pretendem continuar acompanhando se forem continuadas pelos artistas. Por outro lado, desconsiderando a parcela que já não frequentava shows e eventos, 24,9% estão dispostos a desembolsar o valor de um ticket apenas durante o isolamento e 19,9% não pagariam para ver um show de casa. Estar no local é parte da experiência, apenas 1,3% pagaria o valor integral de um show para assisti-lo no conforto do lar.

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