Setor atacadista distribuidor cresceu 7,1% e faturou R$ 308,4% em 2021

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Contêineres (Foto: Markus Distelrath/Pixabay)
Contêineres (Foto: Markus Distelrath/Pixabay)

O estudo do Ranking Abad/NielsenIQ 2022, ano base 2021, realizado pela Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad), em parceria com a consultoria NielsenIQ, registra para o setor atacadista e distribuidor brasileiro crescimento de 7,1% em 2021, em termos nominais, com faturamento de R$ 308,4 bilhões, a preço de varejo, o que garantiu ao setor a participação de 51,3% no mercado mercearil nacional, avaliado pela NielsenIQ em R$ 601,6 bilhões no ano passado.

Os números apontam que as 669 empresas participantes do estudo faturaram R$ 186,6 bilhões (incluído o Atacadão) ou R$ 127,7 bilhões (excetuando-se o gigante de autosserviço), apresentando, em 2021, crescimento médio de 17,7% na comparação com 2020. Dessa forma, o conjunto das empresas respondentes do ranking compõem uma robusta amostra, que neste ano corresponde a 51,7% do setor (correspondia a 49,2% em 2020).  O estudo leva em conta preços praticados em 1.067.484 estabelecimentos de todo o Brasil.

Os respondentes da pesquisa estão assim distribuídos: 121 do Centro-Oeste (correspondendo a faturamento de R$ 20,3 bilhões), 247 do Nordeste (R$ 31,3 bilhões), 101 do Norte (R$ 79,5 bilhões), 82 do Sudeste (R$ 79,5 bilhões) e 118 do Sul do País (R$ 26 bilhões).

Mais da metade dos atacadistas pesquisados (367) operam em apenas um estado, mas respondem por 21% (R$ 39 bilhões) das vendas globais da amostragem, enquanto 5% atuam em 10 ou mais estados e representam 45,2% (R$ 84 bilhões) das vendas totais. Somente 12 atacadistas (2% da amostragem) oferecem cobertura nacional e contribuem com R$ 68 bilhões para o resultado (equivalente a 36,5% do faturamento).

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O atacado de autosserviço representa a maior fatia do faturamento da pesquisa (37,6%) e cresce 13,8%, de 61,6 bi em 2020 para 70,1 bi em 2021. Já a modalidade distribuidor com entrega (29,3% do faturamento) é destaque com 19,6% de crescimento, passando de R$ 45,7 bi em 2020 para R$ 54,6 bi em 2021. Por sua vez, o atacado generalista de entrega (29,2% do faturamento) cresceu 16,6%, de R$ 46,7 bi em 2020 para R$ 54,4 bi em 2021. As demais modalidades, embora com crescimento expressivo, têm pouca participação no volume total movimentado pelo setor: o atacado de balcão (3,4% do faturamento) cresce 20,2%, de R$ 5,3 bi em 2020 para R$ 6,4 bi em 2021 e agente de serviço (0,5% do faturamento) cresce 16,1%, de R$ 1 bi em 2020 para R$ 1,1 bi em 2021.

Em relação à cobertura do atacado distribuidor em relação aos canais de varejo, a NielsenIQ aponta que ela é de 95% nos varejos tradicionais (armazém, mercadinho e outros com atendimento de balcão), 85% nos bares e restaurantes, 68% nos pequenos supermercados (pontos de venda independentes, de até quatro checkouts e mil metros quadrados), 45% no segmento de farmacosméticos e 40% nos supermercados grandes.

Em relação às categorias trabalhadas, o grupo dos alimentos é a de maior representatividade no faturamento das empresas pesquisadas: responde por 40,6% do total comercializado. Na segunda posição, artigos de higiene e beleza participam do bolo com 17%, seguidos pelas bebidas (8%), itens de limpeza (7,9%), materiais de construção (7,2%) e bazar (6,4%).

Dentre as empresas participantes do ranking, as perspectivas de investimentos se concentram nas áreas de tecnologia e logística. O aumento do investimento em e-commerce é pretendido por 36,8% das empresas, tecnologia de gestão deve receber mais aportes para 33,1% dos respondentes e investimento em sistemas de informação devem crescer em 28% dos estabelecimentos. Também foram reportadas intenções de elevação nos aportes em área de armazenagem (35,4% das empresas) e em frota própria (32,6%).

O setor como um todo se apresenta otimista com o ano de 2022, de modo que 73,5% dos pesquisados acreditam em expansão da base de clientes, 82% esperam aumento no faturamento e 72% acreditam em elevação no volume de vendas. Ainda indicando perspectiva de crescimento, com otimismo mais moderado, 57,6% dos participantes da pesquisa veem aumento da rentabilidade e 47,1% esperam atuar com maior número de fornecedores.

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