Setor bancário fecha ano com redução em 50% de assaltos a agências

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Itau Sao Paulo. Foto: Adrian Michael
Itau Sao Paulo. Foto: Adrian Michael

O número de assaltos e tentativas de assaltos a agências bancárias realizados em 2020 foi 52,26% menor do que o registrado no ano anterior: caindo de 119 para 58. O total de ataques a caixas eletrônicos também recuou na comparação entre os dois períodos, de 567 (2019) para 434 (2020), o que representa um recuo de 23,45%.  É o que aponta levantamento feito pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) com 17 instituições financeiras, que respondem por mais de 90% do mercado bancário.

“Essa queda é resultado direto dos investimentos maciços feitos pelo setor em tecnologia e capacitação de pessoal. Além da contínua interlocução e colaboração com as autoridades policiais de todo o Brasil”, diz o presidente da Febraban, Isaac Sidney, que complementa.

Segundo ele, “nos últimos 20 anos o número de assaltos a bancos mostra uma redução constante e acelerada no país. Em todo o ano passado, aconteceram 58 ataques a agências; há 20 anos atrás foram 1.903”

Em 2020, os assaltos se concentraram no primeiro trimestre, quando foram registradas 39,65% do total de ocorrências do ano.

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O setor investe cerca de R$ 9 bilhões ao ano em ações e equipamentos relacionados à segurança das agências. O triplo do que era gasto há 10 anos atrás. Além disso, os bancos atuam em estreita parceria com o poder público, compartilhando as informações necessárias à prevenção e repressão de ocorrências relacionadas ao sistema financeiro.

Como forma de combater a ação dos assaltantes, as agências e postos de atendimento contam com ampla infraestrutura física e tecnológica. Fazem parte desse aparato sistemas de capturas de imagens, câmeras de visão noturna, sistemas de reconhecimento facial e sensores que identificam situações fora do comum que possam indicar a ação de bandidos, como aumento repentino de temperatura na agência ou movimentação dos caixas eletrônicos.

Os grandes bancos também possuem centrais que monitoram as agências em tempo real, no esquema 24/7 (24 horas por dia, 7 dias da semana). No caso de alguma ocorrência, as polícias são acionadas.

Além disso, as instituições financeiras contam com cerca de 60 mil vigilantes profissionais, uma média de três profissionais por agência bancária. Os serviços de segurança são fornecidos por empresas especializadas com autorização de funcionamento expedida pelo Departamento de Polícia Federal, em conformidade com a Lei 7.102/83.

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