Bares e restaurantes tiveram janeiro ruim, mas Carnaval trouxe alívio

Já consumo de hambúrguer cresceu no país: brasileiros comem em média, mais de 174 mil por semana, cerca de 25 mil por dia

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Hambúrguer (Foto: divulgação)
Hambúrguer (Foto: divulgação)

Levantamento da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) sobre o desempenho econômico dos bares e restaurantes, realizado com mais 2 mil respondentes, indicou que o número de empresas que operaram em prejuízo foi de 29% em janeiro (em dezembro foi 18%). O resultado foi amenizado pelo Carnaval.

Segundo o estudo, o mês foi difícil especialmente para os estabelecimentos localizados em áreas com menor fluxo turístico. No primeiro mês do ano, 29% das empresas do setor relataram prejuízos, contra 18% que fecharam dezembro no vermelho, um aumento de cerca de 60% neste índice. Além disso, houve uma queda significativa no percentual de estabelecimentos que registraram lucro, passando de 48% em dezembro para 34% em janeiro. Foram ouvidos 2.128 empresários do setor em todos os estados do país, entre os dias 19 e 26 de fevereiro.

A pesquisa também indicou, ainda, que 59% dos bares e restaurantes tiveram um faturamento menor em janeiro do que no mês anterior. A queda no faturamento ajuda a explicar o mau desempenho.

“Janeiro é um mês um pouco atípico. O bom desempenho do setor em dezembro ajuda a criar um contraste com a baixa no primeiro mês do ano, em que muitas famílias estão em férias e fora dos grandes centros. Já sabemos que em fevereiro o Carnaval ajudou a compensar isso” explica Paulo Solmucci, presidente da Abrasel.

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A pesquisa confirmou estimativa da entidade, mostrando que no Carnaval, 76% ficaram de portas abertas durante a folia. Destas, 40% das empresas disseram ter tido um aumento no faturamento em relação ao Carnaval do ano passado – esse aumento, em média, foi de 14,92%. Outros 15% tiveram um desempenho igual ao de 2023 e 39% ficaram abaixo – 6% não existiam em 2023.

Outro desafio enfrentado pelo setor é a dificuldade em reajustar os preços dos cardápios. Cerca de 40% dos estabelecimentos não conseguiram aumentar os preços nos últimos 12 meses, enquanto 51% realizaram reajustes conforme ou abaixo da inflação. Apenas 9% dos bares e restaurantes têm conseguido aumentar seus preços acima da inflação. Além disso, 43% dos estabelecimentos relataram atrasos em seus pagamentos, evidenciando as dificuldades financeiras ainda enfrentadas por parte do setor.

Já quando o assunto é hambúrguer, segundo pesquisa da Kantar de 2023, os brasileiros consomem, em média, mais de 174 mil deles por semana – cerca de 25 mil por dia. Só no ano passado, o consumo aumentou em 62%, comparado a 2022.

Dentre as regiões de destaque, os paulistanos lideram a categoria e a cada 10 sanduíches consumidos no Brasil, dois são na Grande São Paulo, ultrapassando o consumo médio semanal de 34 mil hambúrgueres. O prato ainda se destaca entre o público de 18 a 24 anos de idade – ou seja, a geração Z continua movimentando os ponteiros de tendência de consumo no país.

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