Setor de beleza teve mais de 524 novos negócios abertos por dia em 2023

De janeiro a setembro, foram registrados mais de 143 mil novos CNPJs do ramo em todo o país; confiança do setor de serviços cai e bate menor nível desde março

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Salão de cabeleireiro (Foto: Fernando Frazão/ABr)
Salão de cabeleireiro (Foto: Fernando Frazão/ABr)

O setor formado por cabeleireiros, barbeiros, manicures, pedicures e outras atividades ligadas à beleza permanece em alta. De janeiro a setembro deste ano, 143.306 microempreendedores individuais (MEI) do ramo foram abertos em todo o país – uma média de 524 novos estabelecimentos por dia. É o que mostra um levamento realizado pelo Sebrae com base nos dados do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) da Receita Federal. Esses empreendedores representam mais de 5% dos 2,9 milhões microempreendedores individuais (MEI) e micro e pequenas empresas que iniciaram suas atividades em 2023.

O grande número de empresas de beleza criadas segue a tendência de crescimento dos últimos anos. Em 2022, após a pandemia, foram registrados 186 mil novos negócios. Entre o universo de 15,4 milhões de microempreendedores individuais (MEI) existentes no país, os profissionais da beleza também se destacam: são mais de 1 milhão de MEI em atividade no setor.

De acordo com o Instututo Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice de Confiança de Serviços (ICS) caiu 2,4 pontos em dezembro, para 92,0 pontos, menor nível desde março de 2023 (91,7 pontos). Em médias móveis trimestrais, o índice recuou 1,6 ponto em relação ao mês imediatamente anterior.

O resultado de ICS de dezembro refletiu principalmente a piora das perspectivas dos empresários do setor sobre o futuro. O Índice de Expectativas (IE-S) caiu 4,8 pontos, para 87,2 pontos, menor nível desde janeiro de 2023 (85,5 pontos). O Índice de Situação Atual (ISA-S) após queda de 2,2 pontos no mês passado, acomodou ao variar -0,2 ponto, para 96,9 pontos.

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A queda do ISA-S foi influenciada pelo indicador de situação atual dos negócios que recuou 0,6 ponto, para 97,6 pontos. No sentido oposto, o indicador que mede o volume da demanda atual subiu 0,3 ponto, para 96,2 pontos. Em relação às expectativas, ambos os componentes do (IE-S) caíram: o que mede a demanda prevista nos próximos três meses retrocedeu 6,2 pontos, para 86,0 pontos, sendo o indicador que mais influenciou na queda do índice, enquanto o indicador de tendência dos negócios nos próximos seis meses recuou 3,1 pontos, para 88,6 pontos.

O resultado de dezembro reforça a perda de fôlego do setor de serviços nos últimos meses do ano. O quarto trimestre terminou com queda de 3,5 pontos na confiança em relação ao anterior. A queda trimestral ocorreu tanto no ISA-S quanto no IE-S, ratificando a sinalização de desaceleração do setor após um terceiro trimestre positivo.

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