O mercado de motocicletas vem apresentando crescimento constante nos anos pós-pandemia. A informação é do diretor do Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (Simefre), Hilario Kobayashi. A previsão é que a produção supere 1.700 mil unidades, segundo projeção da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo).
A expectativa das entidades para 2025 é positiva, visto que o mercado segue apresentando um viés de crescimento.
“A motocicleta é uma alternativa de transporte econômica, além de oferecer agilidade no tráfego pesado dos grandes centros urbanos. Essas vantagens fazem com que cada vez mais pessoas optem pela motocicleta como meio de locomoção”, comenta.
Outro aspecto que merece destaque, segundo o executivo, é que a motocicleta se tornou uma ferramenta de trabalho para milhões de brasileiros que atuam no mercado de delivery.
“A expansão desse mercado deverá ser outro fator relevante no aumento da demanda por motocicletas e consequente crescimento de mercado.”
Buscando aproveitar essa tendência, os fabricantes têm sido fundamentais na oferta de crédito.
“Por ora a questão do crédito não impactou os resultados do setor. As fabricantes têm estratégias robustas para mitigar os impactos do crédito, muitas delas, inclusive, têm suas próprias instituições financeiras, que atuam nesse sentido.”
Outro segmento que se destaca em crescimento é o de média cilindrada. Consequentemente, o mercado também começa a sentir a recuperação dos empregos, que têm se mantido constante no pós-pandemia.
No campo das exportações, no entanto, os resultados não acompanham o mesmo ritmo da produção. Kobayashi explica que o decréscimo está relacionado às dificuldades econômicas enfrentadas em alguns dos principais mercados para onde o país exporta.
“Um desses tradicionais parceiros é a Argentina, que, no passado, já foi o principal destino das exportações brasileiras de motocicletas.”
Quanto às importações, historicamente os números são muito reduzidos, visto que as motocicletas fabricadas no Polo Industrial de Manaus representam próximo da totalidade dos veículos comercializados no Brasil.
Já segundo levantamento da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), o mês de novembro foi de retração nas transações de veículos usados. A queda foi de 12,2% em relação a outubro. Na comparação com o mesmo mês de 2023, no entanto, houve crescimento de 5,2% e, no acumulado dos 11 meses do ano, a alta foi de 9,5%.
“A retração em novembro, na comparação com outubro, foi provocada pelo menor número de dias úteis (23 dias em outubro, ante 19 em novembro) e não por qualquer mudança de cenário no mercado de usados, que pode registrar o maior volume anual de transações da história neste ano de 2024”, afirma Andreta Jr., presidente da Fenabrave.
No segmento de motocicletas, apesar da queda diante de outubro (-13,1%), os resultados seguem positivos na comparação com novembro de 2023 (5,9%) e no acumulado dos 11 meses do ano (10,3%).
Já os segmentos de automóveis e comerciais leves tiveram retração de 11,8% em relação a outubro, mas fecharam com altas de 5,5% sobre novembro de 2023 e de 9,7% no acumulado do ano. Os modelos usados, com até 3 anos de fabricação, representaram 13,8% do total negociado no mês. No ano, esses veículos respondem por 11,8% das transações.
As vendas de caminhões usados caíram 16,5% sobre outubro e 1,6% ante novembro de 2023. No acumulado do ano, houve crescimento de 3,5%.
Os implementos rodoviários usados comercializados também registraram queda na comparação mensal (-13,1%) e sobre o mesmo mês de 2023 (-7,9%). Já no acumulado dos 11 meses de 2024, o resultado ficou 1,8% positivo.
As transações de ônibus usados se mantêm negativas em 2024, em razão da recuperação dos novos. Houve queda de 6,8% no acumulado de janeiro a novembro e, na comparação entre novembro e outubro, a retração foi de 8%. Se comparadas às vendas de ônibus usados, realizadas em novembro de 2023, a queda foi de 13,8%.
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